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Em poucos minutos chegamos no shopping, descemos do carro e fomos o mais rápido possível para o cinema.

Anne: até que enfim.

Avani: a próxima vez que se atrasarem eu vou socar os dois - a morena nos cumprimenta.

— ok desculpa, acabamos dormindo um pouco de mais, só isso - vou cumprimentar os outros.

Bryce: sei - ele ri alto junto com Felt.

Anthony: podemos ir comprar logo as pipocas, o filme já vai começar, deve estar nos trailers - ele diz tedioso.

— tudo bem já estamos indo, coisa chata - digo fazendo o pessoal rir.

Cumprimentei todos faltando apenas tonny, que estava de costas para o pessoal conversando com outro garoto, suponho ser seu irmão.

— tonny - toco seu ombro com o indicador.

Tonny: ah, oi s/n - ele me abraça.

Paraliso ao ver a pessoa no qual tonny estava conversando, meu coração congelou, uma onda de raiva e ódio me atingiu em cheio. Me desvencilhiei do abraço de tonny e me afastei.

Parecia que eu havia levado um soco na boca do estômago, uma falta de ar tomou meu corpo, acho que o ódio estava estampado em meu olhar.

Payton: ei, tudo bem?? - ele veio até mim, segurou minha cintura e abaixou seu rosto à altura do meu.

Minha respiração estava ofegante, entrecortada, falhada, meu peito subia e decia conforme preenchia meus pulmões com aquele ar recheado de ódio que se condensava assim que eu soltasse pela boca.

Apenas um toque de payton foi o suficiente para me trazer de volta a realidade.

Bryce: está tudo bem s/n?, parece que viu um fantasma.

De fato, eu estava vendo um fantasma, mas era um fantasma do meu passado que eu preferia que estivesse enterrado a sete palmos do chão. Um fantasma que me atormentou durante um longo tempo e agora estava aqui, na minha frente.

Anne: tem alguma coisa errada amiga? - ela pergunta mas logo trava ao ver do que se tratava - ondreaz?

Mas meus olhos estavam fixados em ondreaz, se eu pudesse e tivesse recursos eu o matava bem aqui.

— estou bem - forcei um sorriso, mas sei que o ódio em meu olhar permanecia ali - estou bem, vamos? - não poderia estragar a nossa noite, hoje não, não com o pessoal, a morte de ondreaz pode esperar.

Payton: está bem mesmo? - assenti, olhando no fundo do olhos dele para que eu pudesse me acalmar.

— sim, foi só uma lembrança do passado, mas não vai demorar muito para ela ser enterrada. - fiz questão de olhar para ondreaz ao cuspir cada palavra com os olhos e a garganta queimando contendo o choro.

Tonny: o que houve?

— não foi nada tonny, eu e o payton vamos comprar as pipocas e os refrigerantes.

Payton passou o braço por meu pescoço e me acompanhou até o local para comprar as pipocas e os refrigerantes.

Entramos todos na sala do cinema e nos acomodamos em nossas devidas cadeiras. Fiquei extremamente incomodada de ondreaz sentar na fileira de cima com apenas três cadeiras de distância da minha.

(...)

O filme começou faz quinze minutos, e a todo momento sinto o olhar de ondreaz queimar sobre mim, porco nojento.

Me remexi na cadeira me acomodando nos braços de payton enquanto assistimos, mas não estou aguentando mais, não consigo me concentrar, só de estar no mesmo espaço que ondreaz, de estar a poucos metros dele, de estar respirando o mesmo ar que o dele, só de mencionar esse maldito nome me causa ânsia.

O filho do meu padrasto (Payton Moormeier) Onde histórias criam vida. Descubra agora