Capítulo 12 - Park

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O dia estava bonito e eu, bem disposta, então aproveitei a oportunidade para ir à escola de bicicleta e apreciar meu percurso ao som da playlist que eu e Lee compartilhávamos. O que me fez lembrar do dia anterior e também dos boatos que já haviam sido desmentidos em uma nota oficial divulgada por sua agência na quinta passada, que resultou em mais repercussão. Fãs que comemoraram a solteirice do seu grande ídolo; que não acreditaram no anúncio; que criticaram a ambos por não assumirem a "relação" ...

Mas afinal, quem tem o direito de opinar na vida pessoal das celebridades além delas mesmas?!

Pensei também no quão surreal era o fato de eu realmente ser amiga de alguém famoso, mesmo sendo e preferindo permanecer no anonimato. De fato, são pessoas normais que podem ser mais incríveis do que imaginamos e, apesar de todo enaltecimento que recebem, são vítimas de calúnias, assédios e pressão por todos os lados, provando que, independente de todas as vantagens de sua popularidade, também possuem problemas.

Errei em julgar sem conhecer, contudo, tive a oportunidade de mudar meu pensamento ao acompanhar mais de perto a vida do Min Ho. Me sinto constrangida pelo modo que o interpretei a princípio, mas fico feliz porque tudo isso me proporcionou um crescimento pessoal.

 Me sinto constrangida pelo modo que o interpretei a princípio, mas fico feliz porque tudo isso me proporcionou um crescimento pessoal

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Ha Jun me convenceu a ir um pouco mais cedo para a escola e nem se deu ao trabalho de encontrar uma justificativa. Ambos sabíamos que ele só queria um tempo extra para jogar conversa fora.

O encontrei em um dos corredores que levavam à nossa classe, conversando com uma adolescente que, aparentemente, eu nunca havia visto.

— Quem é a garota nova? — perguntei quando o vi ficar sozinho.

— Aigoo... — ele fechou seus olhos e suspirou parecendo desapontado — eu esqueci o nome dela — o desapontamento era consigo mesmo — A conheci na semana passada através de uns colegas do primeiro ano que temos em comum.

— Ah, entendi! Agora que as veteranas já te conhecem, o jeito é apelar para as calouras — de vez em quando eu também podia curtir com a cara do meu melhor amigo — Deixe as crianças em paz! — conclui no mesmo tom brincalhão, mas sabíamos que havia uma verdade velada em minhas palavras.

— Aish, não é como se eu as iludisse. Você sabe...

— Elas que se iludem sozinhas — revirei os olhos ante seu sorriso zombeteiro — Sério, quando você vai sossegar? — indaguei, apoiando-me na parede.

— Não sei... depois da faculdade ou do exército.

— É, ainda tem muita coisa para rolar, mas você precisa amadurecer e começar a pensar com mais seriedade no seu futuro.  

Após um suspiro pesado ele falou:

— Acho que não posso mais fugir das responsabilidades, não é? — balancei a cabeça em confirmação. — O que você sugere?

A Garota Que Recusou Meu Guarda-ChuvaWhere stories live. Discover now