O salvador

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Olá, essa fic não é uma one. Como ela já está completa, só vou revisando e postando.

AVISO: o par aqui é Ronald e Draco.

Boa leitura!


– Melhor? – Rony perguntou, oferecendo um copo de café a Draco, que estava deitado em sua cama.

Enrubescido, o loiro se ajeitou e pegou o copo de café entre as duas mãos. Por Merlin, era muito embaraçoso que estivesse ali n'A Toca sendo cuidado por ninguém mais ninguém menos do que um dos irmãos Weasley.

– Sim... – Draco murmurou, visivelmente envergonhado.

– Sabe, você não precisa ficar todo vermelho, essas coisas acontecem – Rony deu de ombros. Encontrou Draco num beco, recostado numa parede, suando e respirando de forma ofegante.

Porém, foi o cheiro que chamou a atenção de Rony e o fez desviar de seu caminho e amparar o loiro. Draco era um ômega e o ruivo sabia que ele chamaria a atenção de qualquer outro alfa que passasse pela rua.

O ruivo pegou o ômega de forma protetora nos braços, imaginando o motivo de ele não estar sob o efeito de poções supressoras, e o levou para sua casa, onde poderia lhe dar a tal poção e fazê-lo se acalmar.

– Não, não acontece com todo mundo... – Draco bebeu um gole de café e fez uma careta. Gostava de café com muito, muito açúcar, sem o que acabava achando a bebida amarga.

– Pouco açúcar? – Rony perguntou com um sorriso, como que adivinhando o motivo da careta, e Draco assentiu, balbuciando um "me desculpe" bem fraquinho.

Draco passou o copo para a mão do ruivo e só ali notou o curativo no braço de Rony.

– Me desculpa... Isso foi culpa minha – o loiro balbuciou, ruborizando ainda mais.

Recordou-se que não se sentia no controle de seu corpo e queria um alfa para si. E, enquanto o ruivo tentava buscar uma poção supressora para lhe ajudar, ele pulou no pescoço dele, dizendo coisas para atrair o alfa, liberando seu cheiro para inebriar o ruivo.

Por Merlin, ele havia se agarrado a Rony Weasley, oferecendo seu pescoço para o alfa, que acabou mordendo o próprio braço para aplacar o desejo de mordê-lo ali.

Um gesto de cavalheirismo alfa que Draco sabia ser praticamente uma exclusividade do ruivo. Qualquer outro no lugar dele provavelmente o teria mordido e feito dele um ômega submisso.

– Ah, isso? Não esquenta, vou ficar bem... – Rony disse com simplicidade. – Você precisa se cuidar daqui pra frente, Malfoy. Sei que você se apresentou como ômega tardiamente, mas ainda assim é um ômega. Alguns alfas podem ser bem cruéis e não sei o que poderia ter te acontecido se não fosse eu a te encontrar, você estava... exalando um cheiro muito forte, foi difícil manter o controle.

– Eu me esqueci de tomar a poção supressora... Não vai voltar a acontecer... – Draco abaixou a cabeça.

– Não estou te repreendendo, só aconselhando... Seu pai logo estará aqui pra te buscar, você precisa de mais alguma coisa? – Rony perguntou com preocupação. Imaginava que a vida de um ômega não deveria ser fácil, ainda mais para um tão orgulhoso como Draco Malfoy, cujo pai era cheio de preconceitos.

– Você avisou meu pai... – não era uma pergunta e Rony franziu a testa ao ver o medo nos olhos do loiro.

Será que havia cometido um erro?

– Achei melhor avisá-lo, pra ele vir te buscar... Algum problema?

– Não, você fez bem... – Draco mentiu e forçou um sorriso para o ruivo.



Notas finais:

Espero que tenham gostado!

Até o próximo capítulo!


Água marinhaWhere stories live. Discover now