O prisioneiro

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Boa leitura!


– Me solta! – Draco se debatia nos braços de Dolohov, que o arrastava pelos corredores escuros da casa onde eles aparataram.

Dolohov ignorou os protestos do ômega e o arrastou para um dos quartos, atirando-o na cama.

– Você achou que podia fugir de mim... O que eu te avisei naquele dia na casa dos seus pais? O que eu disse que ia acontecer com você se encontrasse com Ronald Weasley ou qualquer alfa ou beta longe da minha presença? – ele perguntou em tom ameaçador.

– Me deixa sair daqui! – Draco ignorou a pergunta. Ele se lembrava bem daquele dia. Foi ali que decidiu que precisava fugir daquele compromisso firmado pelo seu pai.

Ele se levantou da cama desesperado para sair daquele lugar e foi empurrado novamente com violência.

– Você não só se encontrou com Weasley... como eu vi o que vocês andaram fazendo... – Dolohov disse, sentando-se na cama, sua varinha apontada para o peito de Draco. – eu vi você no banho com ele, nojentos os dois juntos...

Draco engoliu seco. Como Dolohov poderia saber disso?

– Do que está falando?

– Que eu usei um artefato de rastreamento e vi você com ele... Você pelo visto não levou a sério o que te falei sobre quebrar as suas duas pernas... – Dolohov disse, deslizando a sua varinha para o pescoço de Draco.

– Me deixa em paz! Não tenho mais como ser seu ômega... – Draco disse, sentindo a leve pressão da varinha no pescoço.

– Porque você deixou Ronald Weasley te marcar... Talvez tenha achado que assim se livrava do compromisso comigo... – Dolohov disse com um sorriso estranho. – Mas eu vou matar o seu alfa e fazer desaparecer essa marca. Mas antes eu vou fazer você sofrer um pouco.

Draco franziu a testa, olhando para Dolohov com horror, enquanto o alfa se reclinava sobre ele.



A Toca


Após tanto discutirem, Arthur e Molly já se encontravam mais calmos.

Arthur parecia, contudo, ainda muito relutante em aceitar o relacionamento do filho, ao contrário de Molly, que tentava compreender a situação.

– É um fato que ele é meu ômega e nada pode mudar isso... – Rony declarou.

– Eu sei disso... – Arthur disse com um suspiro.

– Eu entendo que estejam bravos por eu ter aparecido com ele aqui de forma tão repentina após já estar marcado – Rony suspirou. – Também sei que por ser um Malfoy ele já é naturalmente alguém que o desagrada. Mas eu gosto muito dele... Não quero que o rejeitem ou magoem... Ele está marcado e é da família agora.

– Você gosta mesmo dele? – Molly questionou.

– Já disse que sim... Não quero que o destratem. Quando fazem isso, eu me sinto destratado também...

– Ainda acho que você cometeu um grande erro... – Arthur disse. – Mas não tenho voz nisso. Você já o marcou... Espero que saiba o que está fazendo, meu filho. Não sei se você consegue compreender o tamanho do compromisso que assumiu.

– Eu sei o que estou fazendo... – Rony garantiu. – Só peço que o aceitem... vocês são meus pais, não quero me afastar de vocês.

Arthur e Molly trocaram olhares. Sabiam que não havia mais nada a dizer ou fazer.

– Não vamos destratá-lo... Como você disse, ele é família agora – Molly abraçou o filho.

Arthur se aproximou e os abraçou também.

– Também não queremos que você se afaste...

– Chegamos a um acordo de paz? – Rony perguntou aliviado.

Arthur assentiu.

– Chegamos. Chame o seu ômega, vamos abrir uma garrafa de cerveja amanteigada pra comemorar... – Arthur disse suavizando o tom de voz.

Rony assentiu e foi procurar Draco do lado de fora. Estava aliviado que no final as coisas tivessem se acertado. Ele amava seus pais e não queria ter de se afastar deles. Se fosse necessário, faria isso, mas não queria chegar a tanto.

Menos mal.

Ao olhar em volta e não ver Draco, o ruivo franziu a testa. O loiro tinha dito que precisava de um pouco de ar, mas não estava ao redor da casa.

Rony andou em volta d'A Toca, primeiramente apenas estranhando o fato de o ômega não estar em seu campo de visão.

Mas logo começou a se sentir angustiado.

Talvez Draco tivesse voltado para casa, mas achava improvável. O loiro teria dito a ele, não fazia sentido largá-lo ali.

– Querido? O que houve? – ouviu a voz suave da mãe.

– Draco não está aqui... – Rony murmurou.

Água marinhaWhere stories live. Discover now