Rendido

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Aviso: capítulo +18

Boa leitura!


– O que está fazendo? – Rony perguntou com uma voz séria, enquanto sentia o corpo de Draco prensando contra o dele.

– O que você acha? – o loiro virou o rosto para ele, permanecendo de costas.

Rony pegou Draco pela cintura e o afastou de seu corpo, apenas para trazê-lo de volta segundos depois num movimento forte, beijando o pescoço  do loiro.

– Espero que saiba o que está fazendo... – ele disse com voz rouca.

– Eu sei... não se preocupe... Draco disse com voz suave e Rony o virou de frente, beijando-o com suavidade.

– Vamos subir, então... – o ruivo sussurrou em seu ouvido.

Draco assentiu, uma ponta de receio percorrendo seus pensamentos.

Apesar de terem estudado todos aqueles anos juntos em Hogwarts, Rony não era uma pessoa com a qual Draco tinha muito contato. Haviam se reencontrado num momento de dificuldade do loiro e naquele momento ele se questionava se não estava deixando as coisas saírem de controle rápido demais.

Mas em meio aos seus pensamentos mal percebia que o ruivo o conduzia de mãos dadas até o andar o superior.

As mãos de Draco agora suavam e o barulho da porta do quarto se fechando o trouxe de volta do mundo dos pensamentos para a realidade daquele quarto.

– Você está bem? – Rony se aproximou e acariciou o rosto dele com tanto carinho, que ele se permitiu jogar as incertezas de lado.

– Estou – ele tentou soar firme, embora sua voz saísse um pouco trêmula.

Draco vestia um camisa e calça pretas, e Rony o olhou com um sorriso por alguns segundos. A cor preta sempre combinou com aquele Malfoy.

Ele acariciou o pescoço de Draco com a mão direita enquanto com a mão esquerda levantava levemente a camisa dele acariciando suas costas, e o beijando com intensidade.

Draco sentiu um arrepio com aquela mão que agora descia muito devagar pelas suas costas.

De repente, sentiu as mãos do ruivo se movimentarem rapidamente, abrindo os botões de sua camisa preta e a deixando escorregar no chão.

Ele viu Rony se afastar alguns centímetros, o suficiente para olhá-lo.

–  Quero que diga pra mim se estiver de alguma forma se sentindo desconfortável – ele disse a sério e Draco apenas assentiu, seu rosto vermelho, exatamente como Rony esperava que estaria.

Sem saber como agir, o loiro beijou Rony novamente, virando-se de costas para ele.

Mas Rony o desvirou.

– Não... Quero você olhando pra mim o tempo todo – o ruivo disse num tom grave, mas sem soar agressivo.

Ele pegou Draco novamente pela mão e o ajudou a se deitar, rapidamente retirando a calça e a roupa de baixo que ainda estavam em seu caminho.

– Vem... – foi a única palavra que Draco murmurou, enquanto sentia uma sensação estranha em sua barriga. Ele estava se sentindo muito exposto. Seu coração batia tão forte, que ele procurou controlar a respiração, a fim de também controlar a ansiedade que o castigava.

Draco viu Rony, até então sempre tão desastrado, se livrar das próprias roupas com uma agilidade que ele desconhecia no ruivo.

– Gosto de você, Draco... – Rony disse com suavidade, ao se deitar sobre ele.

– Também gosto de você... – o loiro disse, envolvendo o ruivo em seus braços.

– Não esquece o que eu te falei... de me dizer a qualquer momento se não se sentir bem...

– Vou ficar bem... – Draco assegurou.

Ele não sentia mais medo. Viu nos olhos de Rony tanto afeto, que estava mais certo ainda do que estava fazendo. Dolohov, sua mágoa com a falta de apoio do pai, tudo estava caindo no limbo do esquecimento enquanto unia seu corpo ao daquele Weasley.

Draco então fechou os olhos, agarrando o lençol com força, enquanto sentia aquele amontoado de sensações novas, desconhecidas, mas não necessariamente ruins. Confiava em Rony e sabia que tudo ficaria bem.

Perdido naquelas sensações a que estava sendo apresentado, sentiu o outro braço de Rony passar pelo seu pescoço, erguendo de leve sua cabeça.

– Olha pra mim, quero ver os seus olhos – o ruivo demandou e Draco se esforçou para abrir os olhos.

– Ron... – ele sussurrou..

– Meu ômega manhoso e lindo... – Rony murmurou.

Tudo era muito diferente e parecia que sua mente não conseguia acompanhar o ritmo dos movimentos de Rony nele.

Uma lágrima escorreu de seu rosto, quando contorceu seu corpo. Rony não disse uma palavra, seu corpo tremia e ele beijou Draco com certa fúria antes de desabar ao lado dele.

– Meu alfa... – Draco murmurou, sorrindo, seu corpo ainda trêmulo.

E naquele momento o loiro percebeu que jamais poderia voltar a sua vida de antes.

Rendido ele estava.


Notas finais:

Não sou de escrever hot e prefiro mesmo focar nos sentimentos dos personagens. Sou da turma do fluffy, confesso. rs

Até o próximo!

Água marinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora