Capítulo 4

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-Oi Liv. Carla fala
-Oi.
-Senta ai preciso conversa com você.
Ela diz mim olhando fixamente, sei que o assunto é sério por que ela não está com aquele habitual sorriso.
-Como você sabe vai acontecer o campeonato de dança da América do sul e do norte em três meses, de lá vão escolher cinco casais para participar do mundial e eu queria que você representasse a escola.
Ela diz tocando na minha mão.
-Onde vai ser?
Pergunto mesmo sabendo que não ia gosta da resposta.
-Los Angeles.
-Los Angeles, Califórnia. Falo espantada
-Sim,você conhece outra cidade com o mesmo nome?
Carla brinca.
-Eu não sei se eu posso,tenho a faculdade e outras coisas importantes que eu não consigo resolver em três meses.
Argumento .
-A escola está contando com você. Você é a melhor aluna que já tive e consegue dançar do funk ao bale clássico sem problema nenhum.
Enquanto ela fala, fico repassando a proposta na minha cabeça.
-Te dou uma semana para pensar tudo bem?
-Sim,tudo bem. Respondo anestesiada saindo da sala. Eu gostava de dançar e amaria participar de um campeonato desse porte,mas só a possibilidade de pegar um avião me assusta.
Pego meu celular e ligo para Vitória que atende no primeiro toque.
-Até que fim,você resolveu fala comigo.
Ela diz e pelo tom da voz sei que está brava.
-Onde a empresa quer abrir uma filial?
-Há? O que ,que isso tem haver?
-Onde Vitória?
-Numa pequena cidade a vinte minutos do centro de long beach. Por que?
Ela pergunta confusa.
Eu explico a Vitória sobre o concurso, e ela diz que qual for a minha decisão ficará feliz por mim.
Eu tinha uma semana para pensar sobre isso,e se eu decidici ir teria teria pouco mais de dois meses para fazer coreografia, e escolher um par.
Chego em casa as cinco da tarde e não encontro Uriah, fico feliz por isso.
Arrumo um pouco a casa ,e para relaxar decido fazer biscoitos e bolo.
Prendo o cabelo e acabo sujando meu rosto de farinha de trigo, como eu tinha sujado toda cozinha decido limpar antes de tomar banho,mas assim que ligo a torneira começa a sair água por todos os lados ,e a minha reação é tentar conter a água com as mãos, e gritar por socorro rezando para alguém me ouvir.
Então a porta abre num baque e Uriah entra correndo, ele estava com uma camisa branca e uma bermuda de basquete.
Ele entra na cozinha correndo e leva uma bela de uma queda o que me faz  começar a rir.
-Você tá bem?
Pergunto ainda rindo.
-Acho que quebrei um osso da bunda.
Ele responde com cara de dor o que me faz rir ainda mais.
-Onde fica o registro?
Ele pergunta tirando a camisa que estava molhada e me dá uma bela visão do seu corpo bem feito.
-Eu não sei. Respondo tirando o olho do seu abdômen definido
-Como assim você não sabe?
Ele me olha como se tivesse crescido um chifre de unicórnio em mim
-Não sei Uriah.
Enquanto eu respondo,ele abre o armário embaixo da pia e deita de costas para o chão mexendo nos canos,então o fluxo da água sessa.
-Obrigada.
Digo relaxando o corpo, tento me mover para pega um pano mas acabo escorregando e caindo de bunda no chão.
-Ai caramba.
Choro quando a dor me alcança. Uriah da uma gargalhada tão alta que me assusta.
-Pega um pano pé de valsa.
Falo fingindo raiva.
-Vem cá. Ele estende a mão para mim,e eu pego para levantar mais o puxão que ele me dá é tão forte que eu caiu por cima dele,que perde o equilíbrio e nós leva para o chão de novo.
Como cai por cima podia sentir todo o seu corpo, contra o meu.
O que faz toda minha pele arrepiar.

O Sabor do Problema.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora