Chapter 7

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             1930, Geórgia

- O DINHEIRO? – ouvi alguém a perguntar, esgueirei o olho para ver o que estava a acontecer, e uma outra pessoa viu-me e puxou-me pelo cabelo.

- SOLTA-ME! – tentei gritar, mas parecia novamente que a minha voz tinha desaparecido.

- Soltem a minha filha por favor, ela não tem nada a ver com isto! – o meu pai começou a dizer num tom de voz de desespero.

- Ela é o brinde ou me dão o dinheiro, ou levo esta beleza – o homem que me estava a amarrar beijou-me no pescoço e eu continuava a tentar soltar-me.

- Mas nós não temos dinheiro, já reparou bem na nossa casa? – os homens ficaram a olhar – Esta casa está toda degradada quase não temos dinheiro para comer! Nós os 3 trabalhamos muito.... – A minha mãe tentou explicar.

- Vocês têm aqui um belo tesouro – um deles que tinha barba (que era o que me segurava) disse enquanto olhava para mim.

Enquanto eu tentava não pensar no pior só houve imagem de uma pessoa que me veio à cabeça... o Elijah poucos minutos antes, enquanto nós caminhávamos ele falou-me de defesa pessoal e que quando um homem me voltasse a amarrar eu saberia me defender, e ele também me tinha dito que a melhor maneira de deitar um homem ao chão ela dar-lhe uma cotovelada no meio das pernas! E então era isso que eu tinha de fazer para salvar a minha família. Mas tinham o outro homem que eu teria de distrair de qualquer forma e então só me acorreu uma coisa na cabeça, fazer exatamente o que eles queriam.

- Eu tenho dinheiro! – disse alto

- Hum além de bonita é uma caixinha de surpresas! – o homem de barba encarou-me e então eu continuei.

- Eu tenho na minha caixa de costura com algum dinheiro! – e como planeado eles acreditaram então o homem que me segurava mandou o capanga procurar o dinheiro, disse que a minha caixa de costura estava na cozinha e lá foi o outro homem procurar.

Era a hora certa para pôr em prática o que o Elijah me ensinou então assim que o capanga saiu pela porta eu dei uma cotovelada no meio das pernas do homem de barba que logo caiu ao chão a gritar o que ia chamar atenção do outro! Os meus pais estavam perplexos a olhar então eles levantaram-se rápido para fugirmos pela janela, eles foram à frente e eu logo atrás, o meu pai já tinha passado pela janela, e estava a tentar ajudar a minha mãe, para eu ir logo em seguida só que o homem me segurou no pé.

- LARGAR-ME! – gritei e não o devia ter feito, porque o outro homem apareceu com uma arma na mão e apontou para mim.

Parecia que agora tinha ficado tudo em câmara lenta, assim que ele me apontou com a arma, a minha mãe veio a correr e logo o homem disparou. Eu só tive tempo de fechar os olhos, não acredito que a minha vida se tinha resumido a isto...

Assim que abri os olhos reparei que quem tinha levado com a bala foi a minha mãe que agora estava caída no chão, parece que eu tinha perdido todos os sentidos a partir do momento em que tinha visto a minha mãe no chão. Logo as lágrimas caíram não só por ver que a minha mãe tinha levado um tiro em cheio no coração, mas também pelo facto que a bala tinha atravessado o corpo da minha mãe e tinha-me acertado na barriga, eu coloquei as mãos à frente da barriga e só via sangue, caí para o chão mesmo à beira da minha mãe mas sem me conseguir mexer.

Os homens tinham saído a correr pois o meu pai estava a fugir e logo ouvi o segundo tiro... o que me fez doer mais no coração, eu ainda estava caída no chão, eu não me conseguia mexer nem gritar a bala ainda estava dentro do meu corpo eu só conseguia chorar. Era por minha culpa que os meus pais estavam mortos e também era minha culpa o facto de que eu ia morrer, porquê que foi burra ao ponto de não ter pensado direito?

Cerca de alguns minutos depois ouvi alguém bater na porta, ainda tinha esperança, mas de que adiantava se eu nem quase falar conseguia...

- Stella? – não consegui reconhecer a voz, só consegui dizer baixinho "ajuda-me".

Logo um vulto em supervelocidade veio ter comigo e vi que era o Elijah, como é que ele anda tão rápido?

- Stella, o que aconteceu? – enquanto ele falava desviava a cara parecia que não podia ver o sangue.

- Eles... eles... mataram os meus pais... - tentei dizer.

- Pega tens de tomar isto – ele pegou no seu pulso e mordeu-o fiquei confusa, ele queria o quê? Fazer uma transfusão de sangue? Quando ele mordeu o pulso e saiu sangue, ele levou-o à minha boca – Tens de beber, eu depois explico, mas isto vai te curar!

Não pensei muito, só comecei a beber sangue até que me comecei a sentir melhor! Eu estou confusa como assim o sangue do Elijah me cura, eu não sei se estou a delirar ou não... será que isto é o céu?

- Ouve Stella, eu vou te contar uma coisa, mas depois vou ter de fazer outra coisa, por causa da coisa que te vou contar! – fiquei cada vez mais confusa, mas mesmo assim ele continuou – eu meio que sou uma aberração da natureza- ele exitou - Stella eu sou um vampiro com mais de um milénio.

Ele só podia estar a contar uma piada, para eu esquecer o facto que a minha mãe estava morta ali ao meu lado e que o meu pai estava morto algures lá fora.

- Isso é impossível!!

- Não é Stella, e eu gostava muito que um dia percebesses, mas agora eu vou ter de fazer uma coisa – olhei para ele e então ele colocou a mão no meu ombro o que me fez olhar nos olhos dele e então ele começou a dizer alguma coisa ...

Minutos depois eu estava a chorar pela morte da minha mãe sem sequer fazer ideia de como é que eu sobrevivi, será que tinha sido Deus? Que tanto a minha mãe rezava todos os dias para ele me proteger?

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E é assim que a história do Elijah e da Stella acaba... por enquanto!

1930 deixa bastante dor pelo caminho e uma possível paixão também, já que a Stella não se vai lembrar do Elijah...

Não se esqueçam do voto e do comentário que me ajuda imenso a perceber se vocês estão a gostar da história 🦋❤

𝐔𝐦 𝐪𝐮𝐚𝐝𝐫𝐚𝐝𝐨 𝐚𝐦𝐨𝐫𝐨𝐬𝐨Donde viven las historias. Descúbrelo ahora