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TESSA CHANNING, point of view Seattle, Washington DC - USA
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Sabe quando você está em uma piscina, nadando, e alguém te chama do lado de fora? É assim que escuto o meu nome. A diferença é que ao invés de estar nadando, eu estava apenas dormindo.
Abro os olhos lentamente, me acostumando com a claridade do quarto que ultrapassava as cortinas que eu me lembro muito bem de ter fechado antes de dormir.
Finalmente percebo minha mãe na ponta da cama, com os braços cruzados e uma cara feia.
─ Você sabe que horas são, Tessa? ─ ela pergunta, sem nem um bom dia.
Mas, olhando o despertador, me lembro que não se dá bom dia a alguém às três da tarde.
─ Ops. ─ sorrio fraco e esfrego os olhos. ─ Fui dormir tarde hoje.
─ Eu imaginei. Da próxima vez leva aquele seu namorado pela porta, porque se ele lascar uma madeirinha que seja daquela parede, ele vai pagar a reforma da casa toda. ─ reviro os olhos.
─ Anotado. ─ me sento. ─ Por que a visita no meu quarto?
─ Porque eu pensei que minha filha super responsável já estaria, pelo menos, começando com os preparativos para o último baile da vida dela. Mas imagine a minha surpresa quando eu entro e te encontro babando no travesseiro. Às três da tarde.
Reviro os olhos mais uma vez. É uma coisa que eu faço muito quando minha mãe está por perto.
─ Vou sair daqui às oito, mãe. Qual é a necessidade de começar a me arrumar cinco horas antes? ─ resmungo, prendendo o cabelo em um coque muito embaraçado.
─ Você tem maquiagem, cabelo e unhas pra fazer. Quanto tempo você acha que isso leva? ─ ela questiona.
Já estou acostumada com minha mãe querendo viver a minha vida por mim. Ela teve Katie aos dezesseis e eu aos dezessete, e acabou perdendo boa parte da adolescência para cuidar das filhas. Cinco anos depois, ela e meu pai se separaram, ele levou Katie e eu fiquei com ela.
