43. Não vale a pena

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Era a última noite de julho. O vento quente batia na varanda de Amanda enquanto ela se sentava lá, observando a noite, pensando a respeito no que sua mãe havia dito e no plano que ela deveria começar a colocar em ação.

Suas avós e sua mãe já estavam deitadas, dormindo há algumas horas, já que no dia seguinte, elas partiriam para o Brasil. Suas avós ficariam no país por um tempo indeterminado, enquanto sua mãe as ajudaria na mudança, e aproveitaria o tempo para recrutar novas pessoas para ordem e atualizar o ministério brasileiro sobre o que estava acontecendo na Inglaterra.

Amanda sai de sua varanda, fechando a porta de vidro logo em seguida e se olhando no espelho. Ela estava melhor do que há algumas semanas atrás, mas estava definitiva diferente do que costumava a ser.

Ajeitando sua blusa branco de linho, e dando leve batidas em seus jeans, ela tira o resto de pó que ficou grudado em sua roupa.

Respirando fundo ela pega sua varinha e uma capa que estava pendurada em uma cadeira de seu quarto, colocando o manto em volta de seu corpo, enquanto descia as escadas da sua casa com o maior cuidado possível, com medo de acordar alguém, torcendo que o segundo degrau na escadaria não rangesse como costumava.

Ela passa pelas portas de vidro da sala, olhando para baixo, se recusando a olhar para os portas retratos. Respirando o ar puro do jardim, ela começa a fazer seu caminho pela grama e o caminho de pedra, cortando os canteiros de flores e arbustos de amora, que agora estavam completamente mortos. Amanda faz seu trajeto apressada em direção a cabana no final do jardim, escondidas entre árvores e pinheiros.

Ela abre a porta lentamente, escutando um rangido alto ecoar pelo lugar. Ela fecha os olhos e vira seu olhar em direção a janela de sua mãe, vendo que as luzes continuaram apagadas, e suspira aliviada.

Ela não entrava na cabine já há alguns meses, já que desde que descobriu sobre existência da ordem, seus pais nunca mais a deixaram entrar, falando que eram questões do trabalho. O lugar parecia como um escritório, com uma mesa redonda para conversas com o grupo, uma estante lotada de poções, uma lareira para se esquentar no dias frios, poltronas com mesas de centro e uma estante lotada de fotografias.

Quando Amanda fecha a porta atrás de si, depois de analisar o lugar, que estava começando a dar indícios que havia sido abandonado, ela se apoia na porta de madeira e suspira mais uma vez, se questionando se o que estava prestes a fazer realmente era uma boa ideia.

Na realidade, ela sabia que era uma péssima ideia.

Seu plano não tinha sido muito bem pensado, e articulado, já que quem era boa em pensar nessas estratégias era Hermione, e não ela. Mas Nanda não tinha muitas opções e também não podia pedir muitos aconselhamentos. Ela apenas precisava visitar Malfoy.

A proposta era simples. Ela tinha um lugar de saída, um destino e uma forma como chegar, sem alertar aos outros onde ia, já que ainda não era maior de idade para poder aparatar sozinha.

"Eu preciso falar com ele, cara a cara, e explicar tudo que está acontecendo" Nanda repete a frase inúmeras vezes em sua cabeça, esperando conseguir algum resquício de coragem para chegar até o lugar predestinado.

Nesses últimos dias, já que não podia entrar em contato com Malfoy, decidiu mandar uma carta pra Blaise, perguntando se ele tinha notícias sobre o loiro. Mas infelizmente, nem ele estava vendo ou conversando com o amigo, a deixando mais preocupada ainda. Durante a carta, Blaise a envia informações sobre como chegar na residência Malfoy, e se não fosse por ele, ela não estaria na situação agora, prestes a pegar a antiga vassoura de seu pai.

Accidentally in Love - Draco Malfoy Onde histórias criam vida. Descubra agora