67. "Ela vai acordar, certo?"

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Novembro e dezembro de 1997
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Foram dias intensos e mórbidos enquanto Amanda não acordava. Começaram a criar a suspeita de que talvez ela nunca fosse capaz de acordar sozinha novamente. Cartas já estavam sendo preparadas para serem enviadas a família Weasley, que estavam como responsáveis pela garota enquanto Ana Hoffmann estivesse fora do país, para avisar sobre a situação da brasileira.

Durante os três dias seguidos ao acidente, Amanda recebeu diversas visitas, desde professores até seus amigos. Todos extremamente preocupados com o seu bem-estar. Neville – normalmente – era o que passava mais tempo ao seu lado. Conversava com a amiga como se ela estivesse realmente ouvindo e sempre perguntava a cuidadora – que ele veio a descobrir que se chamava Harper – e Madame Pomfrey, sobre o estado de saúde de Amanda.

Hoffmann tinha todos os seus sinais no melhor estado possível. Reflexos precisos, reações a pupila, respiração e batimentos cardíacos fortes, entretanto, a garota parecia estar em um sono profundo.

Mesmo que raro, Madame Pomfrey explicou que era uma coisa normal, pois cada pessoa reage a maldição de uma forma, e como um dos medicamentos para o tratamento é uma grande dose de um relaxante, algumas pessoas podem demorar mais para acordar, principalmente Amanda que havia perdido muito peso e não se alimentava direito.

Amanda estava para completar sua terceira noite ainda desacordada quando Ginny apareceu por lá, para trazer novidades do que estava acontecendo e algumas cartas que colegas haviam feito para Amanda. A mesa ao lado da cama de Hoffmann já estava ficando sem espaço de tantas cartas, flores e doces que enviavam a ela. Mas esse não foi o motivo pela qual Ginerva Weasley ficou em estado de choque quando entrou na ala hospitalar. Seu olhos verdes se arregalaram e uma feição de fúria tomou conta de sua feição, ficando tão vermelha quanto o seu cabelo ruivo.

- O que pensa que está fazendo aqui? – Ela cerra seus olhos, tirando de seu bolso sua varinha e a erguendo. – Não acha que é muita ousadia de sua parte estar aqui? Depois de tudo que você fez para ela!

- Não comece, Weasley. – Malfoy responde entre dentes, com um rosto tão feroz quanto a grifinória. Ele se levanta da beirada da cama de Amanda, ajeitando – antes de se levantar por completo – alguns fios de cabelo que estavam perto do rosto de Amanda., já que ela não usava mais a bandagem em volta da cabeça.

- Não a toque! – Rugiu Gina, andando a apressada até a amiga.

- Apenas quis ver como ela estava. – Malfoy dá um passo para trás, ajeitando a postura. – Eu já estou de saída.

- Não ouse voltar aqui! – Esbravejou. – Pode não parecer, mas isso – ela aponta para a amiga desacordada. – Tem uma parcela de culpa sua! Ela está tão fraca de tudo que passou por sua causa, que seu corpo está demorando para se curar! – Ginny se controla para não aumentar o tom de voz, mas faltava muito pouco para ela começar a gritar, principalmente pelo fato de Malfoy estar caminhando para saída, de costas para ela.

O loiro apenas parou de caminhar por um único segundo quando escutou "É sua culpa", pois no fundo, ele realmente sabia que era isso. Amanda nunca mais foi a mesma desde que o conheceu de verdade, desde que eles começaram a namorar, e principalmente desde o primeiro término, em sua mansão.

Ele saiu da Ala Hospitalar as pressas, fechando a porta com mais força que o necessário, fazendo todo a estrutura ao redor ranger. Ele caminhou até algum corredor vazio, justamente um que ainda tinha resquícios da tinta encantada que Amanda havia usado. Seu coração batia acelerado, e sua respiração queimava, como se o oxigênio que entrava em seu pulmão estivesse entrando em combustão com a culpa que carregava em seu peito.

Accidentally in Love - Draco Malfoy Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang