cap. 14

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- a professora de adivinhação é uma louca que acha que vê o futuro, mas certeza que ela vê alucinações - Pans comenta maldosa da professora que ela sempre falara mal.

- eu gosto dela, ela diz coisas tão avoadas que pode ser verídico - digo a dando uma pequena cotovelada para que ela pelo menos cogite a minha opção.

- claro que pode ser verídico, "você vai ter dias difíceis" porra, a vida é difícil - ela diz em um tom arrogante andando mais devagar.

- para mim ela dissa coisas mais específicas - digo ainda insistindo na defesa da professora, por mais que muitas coisas de que ela diz não faça sentido nenhum, algumas coisas podem se encaixar.

- ela perguntou se você queria ter filhos, por Salazar, S/n... maioria das garotas sangue puro querem ter filhos para continuar a linhagem, é tão óbvio - ela resmunga realmente irritada com minha insistência.

- ela também disse que eu tenho um coração lindo - digo me orgulhando do que falei, isso eu podia afirmar que era uma adivinhação específica.

- para acreditar nessa velha tem que ter um coração lindo mesmo - ela ainda não se convence, mas não estica o assunto, adentramos o Salão Principal juntas para jantar.

Eu estava cansada do dia exaustivo de aula, passei o dia estudando, e nas horas vagas eu continuei fazendo tarefas e lições para o dia seguinte, eu tinha me esquecido da escola, acumulei quilos de trabalhos escolares.

- vai sentar com a gente? - ela pergunta baixo me olhando parada na frente da mesa da sonserina, eu estava com muitas coisas para fazer e estava avoada pensando nessas coisas, o que me encomodava profundamente, eu me sentia tão improdutiva.

- eu tenho trabalho de poções para entregar amanhã, e tenho detenção mais tarde por causa das faltas - digo batendo minha mão na testa, eu havia me esquecido das detenções.

- leva alguma coisa para comer então - ela diz sujestiva apontando para a mesa cheia de comidas deliciosas.

- não tenho tempo - disse revirando os olhos - eu te vejo amanhã no café da manhã - digo para a garota que me lança um último olhar antes de eu ir em direção a porta novamente.

[...]

Eu estava na biblioteca a duas dolorosas horas, a ponta do meu polegar estava doendo tanto que tive que apelar para feitiços curativos, eu fiz uma lição de herbologia e agora estava finalizando o trabalho poções.

Eu estava me sentindo melhor, eu havia organizado meus deveres para não ficar sobrecarregada, e tentava me convencer de que era normal se atrasar na matéria.

- minha querida, não pode ficar aqui esse horário, terá que ir para sua comunal - Madame Pince aparece com um pilha de livros os recolocando nos lugares com magia.

- oh sim, me desculpe perdi a noção do tempo, obrigada por me avisar - a Madame se retira com gentileza e classe e começo a recolher meu material de estudo.

Eu estava exausta, porém, eu estava implorando pelo controle denovo, eu estava com uma angústia no peito, como se eu soubesse que algo muito ruim está acontecendo, e o pior, eu sentia culpa.

Deitar na minha cama e me embolar nos lençóis seria um calmante, mas essa angústia me deixava inquieta e desesperada, talvez fosse o cansaço, estresse de escola não me era comum por eu nunca ter tido dificuldade nas matérias, mas meu cérebro havia parado de ir pela lógica, e enquanto eu estudava ele sempre deseviava minha atenção para uma coisa.

Ele nem percebe que está provocando ele mesmo, e não eu.

É por isso que eu tenho que manter a civilidade, manter como está e não ceder.

Incapaz - Tom RiddleOnde as histórias ganham vida. Descobre agora