cap. 27

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S/n ia em direção a sala de refeições, vestida em um conjuntinho de seda, era seu pijama favorito, naquela manhã era diferente, ela sabia que não conseguiria evitar ele, mas na frente de sua família, era preciso.

- bom dia, irmã - Theo diz olhando cansado para ela, mais do que só uma ressaca, ele realmente parecia cansado.

- bom dia, Theo, onde está o papai? - ela pergunta vagando seus olhos pelo salão, a mesa estava posta, mas nem seu pai e nem Tom estavam ali.

- fechando negócios com Voldemort, não sei se viram para o café da manhã - Theo diz tomando seu café puro.

S/n não tinha levado a sério aquilo de ser esposa do Tom, mas agora parecia que era real, se ele tiver oferecido essa proposta ao seu pai, tudo poderia dar certo.

Ela se sentou na mesa, comendo algumas uvas verdes e um chá, os elfos recolocavan o que ia acabando, ela estava se segurando para não comer demais.

- bom dia, querida - Cantankerus dá um beijo no topo da cabeça de sua filha, ela se assusta levemente com a surpresa e com seu toque.

Ela vê Riddle sentad na ponta da mesa, sem direcionar nenhuma palavra a ninguém, ela volta a comer seu café da manhã, desistindo da ideia do casamento, não deve ter sido o assunto.

- sabe... eu recebi uma proposta um tanto interessante hoje - Cantankerus corta o silêncio da mesa, com um sorriso ladino no rosto - Voldemort queria uma aliada, uma presença feminina cautelosa ao seu lado, e como somos um tanto próximos, ele pediu a minha permissão para pedir a sua mão, querida - ele diz em um tom de deboche, S/n fica em um estado de choque, ela não estava com um bom pressentimento - mas, você sabe... eu amo minha filha, e não quero que nada a coloque em perigo, uma Lady é um ponto fraco de um Lorde, os inimigos a veriam como uma isca, uma refém, um prêmio, não acho que estaria segura - as palavras cortavam como facas.

- deixe-me interromper por um instante, Nott - Riddle diz sério - eu tenho a melhor segurança em minha residência, ela não seria meu ponto fraco, mas sim meu ponto forte, me ajudaria e seria minha companheira no trabalho e em casa, ela não seria uma refém, mas sim uma líder - ele diz com um timbre forte e rígido, que fez todos na mesa estremecerem - portanto... com nossa discórdia, é válido deixar S/n dar a sentença final - o coração dela palpitava tão rápido que ela podia sentir o sangue circulando demais em seu corpo.

Ela não podia discordar de seu pai na presença de outras pessoas, aquilo a custaria caro.

Não tão caro quanto a dor de negar Tom...

- eu aceito - ela diz baixo - eu aceito ser a Lady do Milorde, aceito todos os prós e contras de ser sua esposa - ela diz temerosa, porém em bom tom para todos ouvirem, Theodore estava com os olhos arregalados como dois pratos de sopa.

Cantankerus ficou em silêncio, em completo e agonizante silêncio. E foi assim por mais 10 minutos, quando ele se retirou terminando sua refeição, assim como o restante.

A ansiedade cortava o peito de S/n como uma faca, deitada em sua cama tentando fazer seu cérebro ficar em silêncio por alguns segundos... ela ouve uma batida na porta.

Ernie entra com algumas velas aromáticas para deixar de decoração.

- está tudo bem, senhorita? - ele pergunta gentil.

- sim, Ernie, obrigada por perguntar - ela diz em uma respiração profunda.

Ele organiza as velas na penteadeira, se dedicando a deixar bonito.

- sabe onde está Lord Voldemort, Ernie? - ela pergunta curiosa.

- Na sala de banhos, senhorita, fui levar velas aromáticas, e ele me pediu para trazer para cá também, para a senhorita - ela sorri, ele era fofo com ela, ela gostava de o ver assim, fazendo coisas bobas de apaixonado.

Incapaz - Tom RiddleOnde as histórias ganham vida. Descobre agora