Capítulo 1 - parte 2

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Oi meus amores!

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Quem leu  as 4 partes na amazon, indico que releia. Fiz modificações e adicionei capítulos, músicas, está mais gostoso e com um final surpreendente. <3

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Olhei para o céu através da janela traseira do carro. Que maravilha de céu azul! Nenhuma nuvem! O sol brilhava, senhor de todo o mundo! Sentia em meu rosto seu calor. Na rádio tocava Is this love, a música da novela que eu adorei assistir com a vovó quando ela passou o mês inteiro, lá em casa! E era para sua casa que estávamos indo agora! Não via a hora de poder fofocar sobre as personagens com ela.

Virei-me, acomodando-me no banco, ajustando o cinto de segurança que havia tirado para olhar o céu e mal tinha ouvido o click, olhei para a estrada a nossa frente e um grito de puro terror escapou de mim! Um carro vinha, em alta velocidade, em nossa direção! Papai freou bruscamente e virou a direção para a direita, na tentativa de evitar o impacto. O barulho de metal retorcendo se misturou à minha voz e a escuridão me tomou.

Um barulho absurdamente alto e estridente me fez despertar. Olhei a minha volta e não pude ver muita coisa, parecia estar em uma lata de sardinhas, meu corpo era uma massa de dor, respirar era tão difícil! Chamei por meus pais, mas eles não reagiram ou não se mexeram. Gritei mais alto, juntando todo o ar que consegui, mas nada. Só chamei a atenção dos bombeiros que tentavam cortar o carro para conseguirem nos tirar de lá. Logo uma máscara de oxigênio foi passada pelo espaço da janela quebrada ao meu lado e alguém a segurou ali, fazendo-me um monte de perguntas, que se esvaíram na escuridão.

Oi minha querida!

Escutei a voz de vovó assim que abri os olhos. Seu rosto preenchia meu campo de visão.

Vovó! Tive um sonho terrível! Sonhei que papai batia o carro... — calei-me diante da expressão entristecida em seu rosto.

Não foi sonho meu amor. Infelizmente eles não resistiram. — Lágrimas quentes escorreram por meu rosto diante de tal desolamento em sua voz. — fiquei com tanto medo de te perder também!

Vovó apertava minha mão e percebi que boa parte de mim estava imobilizada.

Não se mexa, filha. Você passou muitos dias desacordada, tem alguns ossos quebrados.

Perdi a chance de me despedir deles, não é? — sussurrei entre soluços.

Não pense nisso, querida. Você estava impossibilitada, lutando pela sua vida. Quando sairmos daqui a levarei para se despedir. Tudo a seu tempo. Primeiro terá que se recuperar. O acidente foi muito grave, demoraram horas para que conseguissem te retirar das ferragens.

Minha voz estava embargada pelo choro. Parecia que em meu peito havia um buraco negro, que sugava qualquer felicidade que um dia eu tive.

Não querida. Os médicos disseram que morreram no impacto e que é um milagre você estar viva.

Fechei meus olhos e fiz uma oração silenciosa para que eles, lá no céu, olhassem por mim e por minha querida avozinha. Agora seriamos só nós duas e a dor da perda.

Despertei assustada, com lágrimas escorrendo pelo rosto, chorando como criança. Vovó abriu a porta e me abraçou, murmurando palavras de consolo.

— Você gritou meu amor. Vim correndo, pois sabia que estava tendo um pesadelo. Venha, vamos lavar esse rosto e tomar uma aguinha.

Levantei-me e a segui. Ainda bem que eu tinha minha avó em minha vida!


Eu voltarei! _ DegustaçãoWhere stories live. Discover now