Capítulo 30

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*Capítulo impróprio para menores*

ELAINE

Preciso de uns minutinhos no banheiro — comentei assim que chegamos ao quarto.

Fillipo me deu um beijo e sentou-se na cama, ligando a TV.

Peguei a pequena mala de mão que havia trazido e levei comigo, fechando a porta. Abri-a e puxei uma camisola que ainda exibia a etiqueta, a qual prendia uma calcinha minúscula que fazia conjunto. Quando ganhei no amigo secreto de final de ano pensei que nunca a usaria, mas esse seria o momento perfeito.

Eu estava um pouco dolorida, tinha até tomado um remedinho leve em casa, mas queria mais, mais dele, de seus beijos, de tudo! Sabia que ele voltaria para Deus sabe onde na noite seguinte e queria que se lembrasse de mim com aquela belezinha, a cada vez que fechasse os olhos.

Usei o banheiro, tomei banho, passei hidratante e um pouquinho de perfume em lugares estratégicos. Coloquei a camisola e a calcinha, conferindo minha imagem no espelho. Mal me reconheci! Senti-me poderosa e cheia de energia! Decidida, abri a porta.

Fillipo estava meio adormecido, mas quando escutou o barulho da porta, abriu os olhos, sonolento por alguns instantes, até que em um movimento ágil, ficou de pé e passou a mão pelos cabelos.

— Jesus, Borboletinha! Assim você me mata! — Deu uns passos em minha direção e parou, me admirando. — Uau!

Sorri e retribui, deixando que meu olhar percorresse seu corpo, guardando na memória todo e qualquer pedacinho dele.

Percebendo minha intenção, desabotoou a camisa devagar, revelando um abdômen trincado, cheio de gominhos; bíceps esculpidos, braços fortes repletos de veias saltadas. A camisa foi ao chão e foi a vez do jeans sair da jogada. Quando abriu o botão e abaixou o zíper, suspirei ao ver seus músculos, aquele "V" que indicava o caminho da minha felicidade! E, então, calça e cueca se foram.

Ali, na minha frente, ele estava nu e despido de tudo, sem passado, apenas nós, nosso amor e uma promessa luxuriosa declarada por seu pa;u duro e empinado, que sofria pequenos espasmos, balançando levemente, me chamando.

Cobri o pequeno espaço que nos separava e me estiquei, beijando de leve sua boca. Descendo por seu peitoral, segurei seu p.au, lambendo descaradamente a cabeça rosada, matando minha vontade! Suas mãos foram para meus cabelos, tirando-os do caminho e o levei para dentro da minha boca, sugando e brincando com a língua em seu comprimento, indo e vindo, levando-o cada vez mais fundo e mais rápido. Fillipo ge.mia e chamava meu nome, me fazendo ter a certeza de que o poder ali era todo meu!

Contrariando minha certeza, em um movimento rápido, me afastou e puxou-me para seu colo, beijando-me com selvageria! Afastou minha calcinha para o lado e me possuiu, caminhando e me apoiando contra a parede.

Sua boca passeava, lambendo, mordiscando e beijando, enquanto metia sem dó! Agarrei-me a ele, as emoções e sensações me tomando, assim como uma vertigem e um te.são louco! Mantendo-me empalada em seu pa.u, se afastou apenas o suficiente para arrancar a camisola por cima de minha cabeça e tomar meus se.ios em suas mãos.

Nossos olhares se prenderam e pude ver, refletido no verde de seus olhos todo o amor que me tomava.

— Segure-se!

Foi tudo o que ouvi e logo senti a maciez do colchão sob minhas costas.

— Cheirosa, macia e toda minha! — sussurrou antes de meter fundo e forte.

Meu corpo escorregava à medida que ele investia e estendi as mãos para cima, me segurando a cabeceira da cama, respondendo com o mesmo ardor. Nessa selvageria, não duramos muito e goz.amos juntos sussurrando promessas e palavras de amor.



— Bom dia meu amor!

Abri os olhos lentamente, esfregando-os enquanto me espreguiçava. As recordações do que fizemos na noite anterior me tomaram e sorri, satisfeita.

— Bom dia! Dormiu bem?

— Maravilhosamente bem, como não dormia há quinze anos. Está dolorida?

— Não muito, ontem tomei um remedinho em casa. — Pisquei para ele, travessa.

— Safadinha!

Beijou-me rapidamente e o abracei, descansando a cabeça em seu peito.

— Você tem que voltar hoje à noite mesmo? — perguntei, traçando círculos com as pontas dos dedos em seu abdômen.

— Tenho. Não quero, mas tenho.

— Não dá para pegarmos o Júnior e sumirmos por esse mundo? — Recostei-me em seu ombro, elevando o olhar.

— Bem que eu queria! Mas eles têm gente por todo canto e, com certeza, tem alguém te observando o tempo todo e ao Júnior também. Não me deixariam solto, sem ficar de olho em vocês.

— Que grande mer.da! — praguejei fazendo com que ele risse.

— Há anos aceitei meu destino, fazendo o que fosse preciso para mantê-los em segurança. Tenho certeza de que um dia sairei de lá, do modo certo, e nesse dia me vingarei por todos os anos que essa pessoa... — Respirou fundo e continuou — Ainda vou descobrir quem me colocou nessa, tenha certeza disso! E que Deus tenha piedade da minha alma ou do filho da pu.ta que fez isso com a gente e me roubou todas as alegrias de uma vida com você e nosso filho!

— Não pense nisso, Lipo. Sei que é pedir demais. Entendo perfeitamente tudo o que sente, mas não pense nisso hoje. Não dê a essa pessoa o poder de interferir nos nossos momentos juntos.

— Me conte mais de você, de tudo!

Comecei a contar detalhes de como tudo aconteceu, de como descobri a gravidez, da chegada de Cristóvão em minha vida e de como tinha se mostrado um amigo maravilhoso.

— No dia em que voltei para casa, depois do nascimento do Júnior, encontrei uma rosa amarela sobre meu travesseiro. Ali tive a certeza de que você estava vivo!

— Ah, então foi isso! Eu senti uma agonia tão grande e senti, em meu coração, que alguma coisa estava acontecendo. Pedi a um dos caras para que fizesse chegar até você uma única rosa e ele o fez. Esse cara é o único em quem confio lá dentro.

Beijei-o e continuei a contar sobre meu tempo na faculdade, como tinha aberto meu próprio negócio, a morte de vovó, que tinha sido mais uma apunhalada em meu coração, e como isso me deixou mais forte para conseguir fazer com que minha simples escola de idiomas virasse uma franquia de sucesso. Fillipo era curioso e me perguntava mais e mais sobre o Júnior e sobre todos.

Meu estômago roncou fazendo com que nós ríssemos.

— Vamos para o banho e depois tomarmos café! Você está rugindo para mim!

Levantou-se e estendeu a mão para que me levantasse também.

O dia passou em um piscar de olhos, passeamos por lugares que eu não conhecia, que segundo ele, era mais seguro, pois, não correríamos o risco de sermos vistos, até que o crepúsculo tingiu o céu.

Havíamos acabado de fazer amor de despedida e estávamos juntando nossas coisas. A hora de Fillipo estava chegando.

Uma batida na porta arrancou dele um suspiro triste.

— Vou te apresentar ao cara que me ajudou a permanecer vivo até hoje. — Abriu a porta e um rapaz exótico entrou, cumprimentando-o com um aperto de mão e um tapa no ombro. — Laine, esse é o Alexandre, meu único amigo.

Eu voltarei! _ DegustaçãoWhere stories live. Discover now