『Capítulo 011 - Suas Lágrimas Valem Ouro』

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Não Me Chame De Ômega

»Eren Yeager«

Depois de sentir aquele cheiro de alfa no meu quarto confesso que fiquei com medo, eu moro sozinho, e Levi tem a própria vida para cuidar, porém é quase impossível não sentir medo, eu moro no 5 andar, e mesmo assim alguém entrou no meu quarto, e parece que fez questão de mostrar que esteve lá.

Levi sempre que pode vem aqui em casa me ver, e quando não consegue ele manda a Hange, o que resulta nela voltando para contar como estou cerca de 2 horas depois, fiz uma amizade muito forte com a louca da Hange, conversamos muito sobre minha faculdade, já que eu faço medicina pediátrica. E assim se passou um longo mês, o dia do meu CIO estava próximo, e eu odiava esses dias, eram os piores 7 dias da minha vida, acontecia a cada maldito 3 meses, para a minha infelicidade.

Quando eu estou no período do CIO eu normalmente não fico no meu apartamento, eu fico mais na casa de praia que minha mãe tem, ela disse que como eu sou ômega precisaria de um lugar reservado para esses dias, quais ela chama de "período do satã" porque ela também os odeia, tenho isso a tempo o suficiente para saber que são os piores dias da vida de qualquer ômega.

Eram quase 13:30 da tarde quando saí da faculdade, tive que passar na biblioteca para pegar alguns livros para estudar, estava faltando apenas 1 mês para a semana de provas, eu andava rápido pois sabia que Levi odiava atrasos, e eu estava atrasado 15 minutos, quando fiquei meio sem fôlego comecei a andar calmamente, eu já estava na esquina da lanchonete do Sr. Hannes, quando vejo que tinham 3 caras num beco, eles me encararam e sorriram, revirei os olhos apertando o passo, não estava com paciência para lidar com essa gente hoje.

Eles começaram a andar até mim, juro que pela primeira vez fiquei com medo de algum alfa, e quando apertei novamente o passo, olhei rapidamente para trás e senti minhas costas irem de encontro com a parede, grunhi de dor e raiva ao mesmo tempo, os caras eram todos alfas, e estavam bêbados, o que não é de se admirar já que aqui o que mais tem é alfa bêbado, quando o alfa que me prensou na parede desceu a mão para a minha cintura, dei um tapa forte na sua mão e ele resmungou.

—Que ômega mais atrevido, deve ser bom te comer – falou, os outros 2 riram e eu revirei os olhos. Ele tentou novamente passar a mão em mim, mas eu não deixava, foi aí que os outros 2 se intrometeram, senti meu rosto queimar com o tapa que levei, senti um chute com força na minha barriga, eles rosnavam, mas isso não me afetava nem um pouco, eu acho que nunca me afetou – tira a roupa – ordenou com a voz de comando e eu ri, mesmo sentindo uma dor no abdômen

—Vai para o inferno – falei e vi a surpresa no olhar dos 3 alfas, eles voltaram a me chutar na barriga e pernas, eu protegi meu rosto, mas então eu senti o cheiro do Levi. E uma presença avassaladora, essa presença fez todos olharem para o beco onde o Ackerman estava. Seus olhos estavam brilhando em puro ódio e raiva.

—Saiam de perto dele – falou com a voz raivosa e extremamente de comando – AGORA! – gritou e os caras se afastaram, mas o que estava mais bêbado avançou em Levi.

O Ackerman apenas o derrubou com um soco, mas aquilo não parecia o suficiente para ele, que começou a desferir soco atrás de soco no rosto do homem que estava sangrando totalmente, ele chegava a se engasgar com o próprio sangue. Senti o meu estômago se revirar, e tudo o que eu tinha comido mais cedo saiu, o cheiro de sangue estava muito forte, sem contar nos feromônios que ele espalhava por todo o beco, aquilo me assustava, mas o estranho era que eu não sentia medo do Levi, o que estava me assustando mesmo não era o fato do Ackerman estar quase abrindo a cara do alfa que me bateu, mas sim o que poderia acontecer com ele, bem ou mal isso é crime, ele pode ser policial mas ainda sim pode ser preso.

Era disso que eu sentia medo, só que o cheiro de sangue que estava em todo o beco me deixava zonzo, junto com as pancadas que levei no estômago, me deixando atordoado. Quando eu soltei um gemido de dor, foi quando a consciência de Levi voltou, ele me olhou e saiu de cima do cara semimorto no chão, os outros dois já haviam saído correndo.

Senti as mãos de Levi me levantar com delicadeza, e me carregar até em casa, eu estava paralisado, tudo tinha acontecido muito rápido, Levi entrou no banheiro e depois de alguns minutos saiu do mesmo, limpo e com uma toalha em mãos, essa que me limpou delicadamente, esse nem parece o Levi que quase matou aquele alfa, por mim.

—Desculpa se te assustei – falou baixinho e eu segurei sua mão olhando nos seus olhos – tem o direito de sentir medo, Eren. Acredite, não vou te julgar ou nada do tipo, eu sei que te assustei lá – sua voz saia num tom triste e isso me partia o coração

—Não tenho medo de você, para ser sincero tenho medo do que pode acontecer com você – falei com calma, minha voz saiu rouca, e minha garganta ardia toda vez que falava, sem falar na dor que sinto no abdômen – se você não tivesse chegado lá... Eu não sei... Não sei o que teria acontecido – deixei as lágrimas caírem e ele as limpou com carinho, apesar de eu ver que suas mãos estavam com alguns machucados por conta dos socos desferidos

—Eren, me escute muito bem, não chore, guarde suas lágrimas muito bem, porque elas valem ouro – falou gentil e deixou um beijo na minha testa – vou te levar até o banheiro para tomar um banho, enquanto estiver no banho, eu vou fazer uma sopa para você, está muito rouco e isso pode te dar dor de garganta – falou e eu concordei, ele me levantou da cama com cuidado, e a cada passo eu sentia uma fisgada na minha barriga.

Ele me pôs no banheiro e saiu para me dar privacidade, e assim eu tomei um banho quente, que durou uma meia-hora, saí do box e enrolei a toalha na cintura me encarando no espelho, tinha várias marcas roxas na minha barriga, e se olhasse minhas pernas encontraria o mesmo. Vesti uma roupa folgada e andei até a cozinha, sentindo o cheiro da sopa, que, para algo que eu julgava ser água com sal, estava cheiroso. Vi ele colocando repolho na panela, mexer um pouco para misturar e tampar a mesma, ele se virou e me olhou com um leve sorriso.

—Com dor? – perguntou e eu concordei, ele me entregou uma cartela de remédio e eu tomei com um grande gole de água.

Depois de comer fomos para a sala assistir algum filme, eu escolhi o filme do Jack Frost, por que eu amava esse filminho. Eu não sei quando, só sei que peguei no sono aconchegado no abraço quentinho do Levi.

Sim, eu estou postando capítulo novo sendo que devia estar prestando atenção na explicação do professor de filosofia, mas como eu sou uma péssima aluna, cá estou eu no fundo da sala, mexendo no wattpad, lendo e postando putaria enquanto devia estar estudando sobre a Filosofia Medieval, a próxima aula é Biologia, com o professor Cesar, man, ele parece o Saitama de One Punch Man, adoro as aulas com ele porque até o assunto mais chato ele consegue transformar em algo interessante, mais enfim, era isso espero que tenham gostado e até o próximo capítulo ^^.


1330 palavras

Capítulo postado dia 18/08/2021
Capítulo revisado dia 18/08/2022

𝐍𝐚̃𝐨 𝐌𝐞 𝐂𝐡𝐚𝐦𝐞 𝐃𝐞 𝐎𝐦𝐞𝐠𝐚 𝐈, 𝗥𝗜𝗥𝗘𝗡Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ