Você é um doce

Te odeio

Cap 12

Os primeiros raios de sol da manhã apareciam começando a iluminar a rua em que os dois se encontravam olhando um para o rosto do outro. O único som que era possível ser ouvido no momento era uma moto que devia passar pelas grandes ruas da cidade.

— Por que você entregou informações do Hide à polícia?

— Tá brincando, não é?

— Acho melhor parar com isso antes que as coisas piorem para você.

A ruiva começa a respirar cada vez mais rápido, sentindo que o ar não estava sendo o suficiente para se manter de pé. Colocando a mão em sua boca como se fosse colocar tudo que tinha em seu estômago para fora, já sentindo lágrimas se juntarem no canto de seus olhos. Então a garota se agacha mordendo sua mão com força, em uma falha tentativa de se acalmar. Todo seu corpo tremia e sentia suas mãos começarem a suar, mesmo que parecessem frias.

Ela levanta sua cabeça e olha para Ryuzaki, que havia se abaixado, ao sentir a mão do moreno em sua cabeça. Sua mão quente fazia-a sentir um grande conforto, isso acalmou um pouco sua respiração e seus olhos pararam de lacrimejar.

— Diga "aaa". — Ele diz mostrando entre seus dedos um pequeno comprimido branco. Ela apenas faz o que ele disse e abre sua boca, sentindo o remédio ser colocado em sua língua. Ele tinha um gosto um pouco amargo que faz a garota fazer uma careta. — Pronto, pronto. Já foi. — O moreno batia de leve na cabeça da dona dos olhos azuis como se fosse um cachorro.

Elizabeth apressadamente seca suas lágrimas com a palma de sua mão sentindo-se envergonhada por alguém ter presenciado aquela cena de pura fraqueza.

— Vamos ao mercado comprar os doces. Aí você pode me contar tudo.

Ela acena positivamente e se levanta tomando novamente uma postura séria, vestiu as mangas do casaco que se encontrava em seus ombros e o fechou. Vestiu também sua touca para esconder seu rosto que estava um pouco vermelho. Após isso começaram a andar calmamente pelas ruas vazias.

— O que era aquele comprimido que você me deu?

— Era um remédio apenas para te acalmar. Estava nas suas coisas.

— Você mexeu nas minhas coisas?! - A garota pergunta indignada sentindo uma veia saltar de sua testa.

— Não entendi o porquê da sua raiva.

— Humpf.

Os dois continuaram a caminhar até chegar no mercado que L havia citado. Era um mercado simples, mas bem arrumado e tinha um certo charme. A ruiva entra atrás do moreno pegando uma cesta, logo indo até o corredor onde encontrava os doces. Ryuzaki começa a pegar alguns pacotinhos colocando-os na cesta em que a outra levava.

— Para irmos mais rápido, vamos começar com algumas informações básicas. - O garoto fala olhando para os pacotes de doces coloridos atento.

— Você não tem medo de que eu fuja ou atire em você?

— Você não pode. Precisa de mim para a sua segurança e de mais alguém, não é? - A ruiva franze o cenho em raiva por o moreno ter conseguido lê-la tão bem. - Mas então, você tem irmãos?

— Hm, tenho um irmão...

— Não minta! — Ele diz jogando outro pacote na cesta.

— Não estou mentindo! Eu tenho mesmo um irmão!

— Omitir é uma forma de mentira.

— Humpf, tenho um irmão...e uma irmã.

— Entendi. Com quem aprendeu a atirar?