Exatamente como pensei

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Cap 2

_ Sábado _

Eu estava me arrumando, pois, como aquele dia era minha folga, eu iria sair com o Ryuzaki.

Coloco uma calça jeans azul escura, uma blusa social branca com gravata vermelha, um casaco marrom largo, uma bota de salto cano baixo preta e um chapéu de lenhador marrom (como o da Wendy de Gravity Falls), que eu sempre uso, em honra ao meu avô que era lenhador.

Acho que nunca falei muito sobre minha aparência, não é? Bom, eu sou ruiva, tenho algumas sardas nas bochechas e nariz, não costumo tomar sol, mas não chego aos pés do Ryuzaki em questão de palidez, tenho olhos azuis bem clarinhos. Ah, meu nariz parece sempre estar rosado. Mesmo tendo o busto grande e curvas bem definidas eu prefiro não ficar me mostrando igual outras pessoas, cof, cof, Abigail.

Chego na doceria vendo o homem pálido, que lia um pequeno livro. Ele para de ler e olha pra mim, dando um sorriso e acenando. Vou até sua mesa e me sento.

- Oi.

- Olá.

Começo a olhar fixamente para ele e pergunto:

- Por que você senta desse jeito?

- Se eu sentar de outro jeito, a minha habilidade dedutiva é reduzida em 40%.

- Hm. - Tiro meus sapatos sentando do mesmo jeito dele. - Estou curiosa pra ver se funciona comigo.

O moreno me olha interessado no que eu faria em seguida para testar.

Vejo que na televisão relatavam um caso de roubo de cadáveres, em que a polícia estava com dificuldades em avançar. Era um caso sobre o qual eu havia pesquisado, por achar bem interessante.

Minhas pernas se cansam de ficar naquela posição, então eu caio no banco, sentando por cima de minhas pernas.

- Ai, não faço ideia de como você fica tanto tempo sentado assim.

- Acho que é costume. Mas, me diga, você ia tentar deduzir algo sobre aquele caso? - Ele pergunta apontando para a televisão.

- Sei lá. É que eu dei uma olhada nas informações dele e fiz umas teorias na minha cabeça. Nada demais.

- Qual sua teoria?

- Que o caso dos cadáveres e um outro caso de assassinatos em que os corpos foram encontrados abertos são os mesmos casos. - Ryuzaki passava o dedo em seu lábio com um pequeno sorriso.

- Você é exatamente como eu achava.

- Hã? Como assim?

- Mas acho que você não gostaria de ir para a Wammy's house com 17 anos.

- Quê? Wammy's house? Como você sabe a minha idade se eu não cheguei a comentar nada?!

- Acho que aqui não é lugar para se falar sobre isso. Se quiser podem te levar até a Wammy's house e o L te explicará melhor.

Admito que entrei em conflito sobre o que eu devia fazer naquele momento, mas...

- O que é a Wammy's house? E... o L?

- Um orfanato. E sim.

- Isso está me deixando muito confusa. Posso ter um tempo pra pensar?

- Claro. Quando tiver uma resposta é só ligar para o número que te dei antes.

- Está bem.  - Falo pensativa. - Só que, o que você quis dizer com " Você é exatamente como eu achava"?

- É que o L chegou a mesma conclusão.

- Entendi. - Começo a brincar com meus dedos me sentindo muito confusa.

Até que o garçom aparece e pedimos uma fatia de bolo pra cada.

No final pagamos e saimos do local. Eu andava com Ryuzaki pelas ruas até que passamos em frente a um parquinho que eu costumava ir com meus pais quando era pequena.

- Ryuzaki, podemos parar naquele parquinho?

- Claro, eu gosto de balanços. - Assim vamos lá e o moreno senta no balanço daquele jeito estranho dele e eu no outro.

- Humf.

- Elizabeth.

- O quê?

- Você já pensou em ser detetive?

- Não. Mas eu sempre gostei de assistir séries de mistério e detetive, também porque meu pai era policial sempre trabalhando em casos divertidos.

- Divertidos?

- É que era divertido ajudar ele com casos que me botavam para pensar.

- Entendo. Você ajudaria a polícia com o caso dos cadáveres?

- Eu não sei. Eu tenho meu emprego e ainda preciso estudar...

- Eu recomendo você ajudar, já que você é uma das suspeitas.

- Hã?! Por que eu sou suspeita?

- Soube que o L está trabalhando nessa investigação. Ele é o único que acredita que você não é culpada, mas é a palavra dele contra a de uma equipe inteira.

- O L de novo? - Pergunto surpresa. - Eu ouvi lendas desse cara. Meu pai trabalhou com ele um pouco antes de morrer.

- Então, você trabalharia com o L?

- Sim, mas como você sabe tanto sobre ele?

- Isso é bom. Eu avisarei o L sobre isso. - Ele fala se levantando para ir embora. - Não se esqueça da resposta sobre o orfanato. Pense bem ni-

- Eu vou! - Digo confiante olhando diretamente nos olhos de Ryuzaki. - Alguma coisa dentro de mim me diz que é para eu ir. E também, não tenho nada a perder mesmo. Mas você não respondeu minha pergunta! Como você sabe tanto sobre o L?

- Te contarei quando for necessário. - Ele fala já andando. - Um carro irá te buscar amanhã para ir a Wammy's house.

- Estarei pronta!

- Você é mesmo como pensei.

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Notas da autora:

Oi, pessoal. Eu fiz um desenho de como a Elizabeth seria, tipo eu não desenho incrível, mas dá pro gasto:

 Eu fiz um desenho de como a Elizabeth seria, tipo eu não desenho incrível, mas dá pro gasto:

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Obrigada por chegar até aqui, um beijo e até a próxima. 🍩

Você é um doceWhere stories live. Discover now