31 - Confronto

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Lena Luthor's Point of View

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[Link da música]

https://youtu.be/JgIwMWo0ygw

Kara Melissa...

Não...

Não é possível!

Ela não mentiria para mim...

Fiquei ali paralisada, fitando a mulher entrar até a perder de vista. Eu fechei os olhos, apertando com força as mãos contra o volante. Uma súbita ira tomou conta de meu corpo, uma espécie de frenesi de ódio esquentou cada célula ali. Meu Deus, isso só podia ser efeito do álcool, não tinha outra explicação! Eu olhei para ambos os lados, a rua estava escura e vazia e saí do carro. Kara iria me dar uma boa explicação para isso.

Eu caminhei em direção à portaria, andando de um lado para o outro tentando me convencer da estúpida ideia de subir e acabar com toda aquela farsa. Olhei entre os vãos da grade não vendo nenhum sinal de Melissa. Eu não podia fazer isso, eu não era impulsiva e emotiva, mas, naquele instante, meu corpo gritava por respostas imediatas, mas eu não podia, aquela não era eu. Muito pelo contrario, eu era fria e extremamente calculista. Caminhei com pressa até o veiculo que estava do outro lado da rua com a porta escancarada, entrando no mesmo e a fechando com força.

— Idiota! Burra! – gritei esmurrando diversas vezes o volante do carro.

Poderia matar alguém naquele instante com a raiva que me consumia. Fechei os olhos, respirando fundo, deixando que o oxigênio chegasse a meu cérebro ou a qualquer momento eu morreria ali mesmo. Olhei mais uma vez para o prédio onde Kara morava, deixando a ideia de desmascará-la para depois.

Liguei o carro, dando partida em direção ao meu apartamento.

O céu continuava dublado e carregado de chuva sendo cortado hora ou outra por raios luminosos. Aquela noite não poderia ficar pior. Saí do carro batendo a porta com força, seguindo em direção ao elevador do enorme prédio.

Maldita Stripper!

Servir-me de um copo de whiskey foi a primeira coisa que fiz ao entrar em casa, tomei o liquido de uma vez, fechando os olhos sentindo-o descer rasgando tudo garganta à baixo, deixando para trás somente a ardência em meu interior.

— Como você pode ser tão burra, Lena?! A filha da puta te enganou esse tempo todo! E ainda fazia o teatrinho de boa moça! Vadia!!

Caminhei em direção a sacada de meu apartamento, deitando em uma das espreguiçadeiras debaixo da cobertura. Tudo estava se completando agora... Por isso Melissa nunca tirava sua máscara para mim, por isso os olhos tão familiares, o corpo tão fodidamente bom, as reações parecidas... Dia, que feitiço aquela mulher havia jogado sobre mim? Justo em mim?!

Dia!

Kara mentiu para mim esse tempo todo... Ela não devia, não devia!!!

Ela não sabia com quem havia se metido. Se havia algo que eu odiava era ser enganada. Kara Melissa brincou comigo durante todo esse tempo, manipulando feito um fantoche de sua pecinha de teatro.

The Stripper | SupercorpWhere stories live. Discover now