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Não sabia que tinha saudades do sol, até estar aqui e sentir este calor na cara. Uma das razões para o Lewis ter aqui uma casa e cá passar maior parte do tempo, é a falta de sol em Londres... e cada vez mais percebo o porquê de o Mónaco ser tão bom.

- A vista daqui não podia ser melhor - ri-me assim que ouvi a voz dele, não saindo do meu sítio. Ele tinha acabado de chegar da sua corrida matinal, à qual me recusei a juntar por estar a dormir demasiado bem.

- Daqui também – estava junto do vidro da varanda, debruçada sobre o mesmo, vendo a paisagem maravilhosa que tenho à minha frente.

- Estiveste a treinar? - tinha vestido uma roupa de treino quando acordei... mas desisti de ir treinar assim que vim aqui para fora.

- Era bom demais – virei-me para trás, constatando que ele se tinha deitado no enorme sofá que tem aqui fora. É quadrado, sem costas, ficando encostado à parede da casa com enormes almofadas a fazer de encosto. Já aqui passei várias horas a dormir, em algumas tardes de verão que aqui passámos – mas sem o meu treinador, a preguiça vence-me – ele riu-se, ficando apenas a olhar-me. Está completamente deitado de barriga para baixo, sem camisola e coberto de água a sair-lhe do corpo.

- Sabes que és notícia no mundo inteiro?

- Ninguém me manda andar a beijar campeões de Fórmula 1 – fui ter com ele, sentando-me em cima do rabo dele, com os joelhos de cada lado do seu corpo – bom dia – deitei-me em cima das costas dele, dando-lhe um beijo na bochecha.

- Bom dia – passou com a sua mão por toda a minha coxa – sabes o que é que o campeão de Fórmula 1 ia gostar agora?

- Diga lá.

- Uma massagem nessas costas – voltei a dar-lhe um beijo na bochecha, regressando à minha posição sentada para lhe começar a massajar as costas.

Ele sabe que, ao pedir-me isto, faz com que fique largos períodos de tempo a delinear as linhas da enorme tatuagem que lhe cobre as costas. Sobretudo a grande cruz no centro e das letras de Still I Rise por cima dela. 

- Há muitas notícias? – perguntei assim que as minhas mãos começaram a massajar as costas dele.

- Algumas... sabes que eu não vejo muito essas coisas, mas a Angela não parava de falar nisso na nossa corrida – ele riu-se – eu ainda não acredito que me conseguiram enganar as duas.

- Mulheres quando se juntam são capazes de tudo! – deslizei as minhas mãos até ao seu pescoço, sabendo perfeitamente que ele fica mais dorido nesta zona – os meus pais é que vão apanhar a maior surpresa da vida deles.

- Em relação a nós?

- E a eu estar fora de Londres...

- Não lhes disseste?

- Sou capaz de me ter esquecido de o fazer – com a sua rapidez tão surpreendente, fez com que o meu corpo caísse ao lado do seu.

- Be...

- Lew, eu estava focada em ir para Portugal e estar a mentir-te que nunca me lembrei dos meus pais.

- Sabes que eles não vão gostar nada... - ele virou o seu corpo para o meu, passando com o braço por cima do meu corpo e ficando com a sua mão no fundo das costas – sobretudo o teu pai.

- Acho que sabemos muito bem que eu não me preocupo muito com isso...

- Mas eles são teus pais.

- E nunca vão aceitar que eu namore contigo, tal como não aceitam a nossa amizade. Mas, surpresa total, eu tenho 30 anos e sou eu que faço as escolhas para a minha vida. Boas e más, e tu és das melhores escolhas que fiz há seis anos.

Always, BeWhere stories live. Discover now