SPIN-OFF DE TWO SOULS.
Com os cabelos de um tom dourado que lembrava o sol e um sorriso fácil, Aurora Morris fazia justiça ao nome que carregava, dado pelos pais em homenagem a deusa do amanhecer.
Ela atravessava a noite em um acervo de luzes brilha...
"E se o sol começa a se pôr e o céu fica frio Então, se as nuvens ficam pesadas e começam a cair Eu realmente preciso de alguém para chamar de meu Eu quero ser alguém para alguém" — Someone To You, Banners.
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Ele voltou nos três dias seguintes.
Depois da sua aparição repentina no Legião de Honra na terça-feira, por algum motivo, Bryan reapareceu dia após dia, cada vez mais obstinado em encher o meu saco. Falo sério, o cara não é apenas uma pedrinha no sapato. Ele é a droga do sapato inteiro, aquele que machuca seu tornozelo logo no dia em que você está usando uma meia curta demais e precisa atravessar a cidade a pé.
E o maior problema é: você não tem outro sapato!
Não tenho o que fazer, além de tentar me esconder e falhar miseravelmente.
Dia. Após. Dia.
— Oi — dou um pulo no lugar, me virando para encarar um rosto familiar. — Tá meio parado hoje, né?
Em falar no diabo...
Estreito os olhos.
— Isso é perseguição, sabia? — me afasto da parede, de onde estava observando a, admito, pouca movimentação. Nada de vômito dessa vez, pelo menos. — Na verdade, acho que posso te denunciar por perturbação à tranquilidade.
O loiro franze a testa, o divertimento de sempre permeando seus olhos claros.
— Não pode, não — ele hesita. — Pode?
Aceno com a cabeça.
— Veja bem, de acordo com a lei — pontuo enfaticamente —, perturbar, molestar a paz de espírito e o sossego alheio, causando preocupações e inquietações propositalmente, é uma infração criminal.
Ele solta uma gargalhada.
— Você pesquisou isso?
Cruzo os braços, arrastando os pés e me preparando para se afastar. Biii, o navio da paciência já está zarpando. Bryan parece notar isso, pois faz questão de fechar o meu caminho com seu corpo alto, obrigando-me a dar alguns passos para trás.
— Eu te deixo inquieta? — Ele pergunta então, e tudo que faço é revirar os olhos teatralmente.
