◈ Capítulo 30 - Odio/Amore◈

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"Mas tu alucina minha mente
Seduz e me encanta
Me deixa sem amparo, cheio de esperança
De algum certo dia eu poder te ter"

- Eu Sei
Cai Sahra

Sabato, 5 ottobre 2019

Sabato, 5 ottobre 2019

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- Mas que porcaria. - digo logo após jogar o prato de comida no chão. - Aqui não há nada que preste. Credo.

Levanto-me da cadeira e aproximo da janela. Ninguém está a passar por aqui neste momento. Estou a passar mais tempo nesta espelunca, porque não posso andar por aí, como se estivesse a passar férias. Deveria ter indo bem mais longe, mas a fronteira está de olho em mim.

Por estar sozinha, muitas coisas dificultam. Ter uma ajuda ao estar foragida, desenrasca-se bem melhor. Deveria ser bem mais esperta e ter algum aliado. Mas não, tinha que ser burra.

Também, quem iria ter? "Minhas amigas" são todas medrosas, sem dizer que é mais fácil elas entregarem-me do que me ajudarem. Não tenho um filho que preste, correto demais para o meu gosto. Desligou na minha cara, sem me dar atenção para nada. É isso que eu sofro. Passo a minha vida, a começar desde os 9 meses a carregar no meu ventre, aquela dor insuportável no parto, para depois não respeitar a mãe. Tudo bem que eu nem queria ser mãe, mas fiz aquilo pelo fato de prender o Vincenzo a mim, naquela época esta estratégia resultava.

O problema é que ficou mais apegado ao pai, do que a mim. Nem com o meu próprio filho, eu posso contar.

Após a fuga, vim direto para Sicília. Hospedei num hotel que não possui luxo algum, algo que eu não estou acostumada. Eu mereço muito mais, uma cama bastante confortável, com lençóis egípcios, comida refinada, bons champanhes, não o que eu acabei por ingerir, nem uma cerveja que preste. Mas as pessoas sofrem neste mundo.

Ainda não me encontraram, o que pode ser bom para mim. Nada acabou, não coloquei em prática nem a metade do que eu quero fazer. Tenho que vingar, uma boa vilã não fica de braços cruzados à espera que algo de mal aconteça, eu tenho que fazer por mim mesma, senão ninguém faz.

Com certeza estão lá, felizes. Ainda mais a Antonella, que agora que eu não estou mais lá presente, deve estar a dar em cima do meu marido, algo que tanto esperava, só que não posso deixar que exista uma felicidade entre a "família". Eu vou ser a vossa ruína. Estou a planear cada passo que devo dar, para que tudo possa ocorrer da melhor forma. Não posso errar nem um só detalhe. Já tenho quase tudo na minha mente, falta só colocar em prática.

Que me aguardem. Eu tenho que conseguir, se for do contrário, o meu nome não é Graziela Rizzi Galli D'Angelis.

Parada na entrada do prédio onde encontra-se o apartamento da Tina, estou, juntamente com o Dante

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Parada na entrada do prédio onde encontra-se o apartamento da Tina, estou, juntamente com o Dante. A mesma está atrasada, e até sinto-me envergonhada por causa disto. Não tínhamos saído juntas antes com o irmão do Teo, pelo menos, na primeira vez, poderia ser um pouco mais rápida. Disse que não precisava de ajuda alguma, que já estaria a descer, na última vez que a liguei, e isto já faz uns 5 minutos, mas estamos à espera há quase 40 minutos.

Por designar o Dante como o "irmão do Teo" ainda é estranho para mim, porque, aliás, tudo está a ser uma confusão que deve ser resolvida. Ontem à noite que eu soube disto. Se para mim está a ser assim, imagina para o meu irmão mais velho. Ele ainda não soube de nada, porque estava a trabalhar ontem à noite, e só hoje o nosso pai irá o dizer.

Só estou a pensar em como vai ser quando o Dante descobrir que possui um irmão, ainda mais uma mãe como a Graziela. Este é o lado mais negativo de tudo, porque do que eu tenho a certeza, é de que irá gostar de saber que tem um irmão, um irmão como o Matteo. Eles podem não ser parecidos fisicamente, mas psicologicamente sim. Muito.

Eu não sabia que ao chegar em Turim, muita coisa poderia mudar. O telemóvel vibra no meu bolso de calça, e quando pego, vejo que é uma mensagem enviada pelo Paulo, a perguntar se eu já estava quase a chegar. Nem imagina ele que nem demos a partida, por causa de uma certa pessoa.

- Se a Tina não aparecer agora à minha frente...

- Não precisas terminar esta frase, porque eu já cheguei. - diz logo ao sair do prédio, com uma mala de mão.

- Por que tanto desta demora?

- Tive algumas coisas a resolver. Desculpam-me por qualquer coisa. - diz a observar o Dante.

Eu posso imaginar o que são "estas coisas". Com certeza estava a demorar apenas para escolher roupas, ou como deveria estar arrumada.

Decidimos que não iremos ao Milão pelo transporte mais rápido, que é o avião, mas sim, pelo carro, para podermos aproveitar melhor a viagem. Dante ofereceu-se para dirigir, e nós aceitámos de prontidão. Só Deus sabe como vai ser esta viagem, pelo menos vão ser apenas 3 pessoas, e melhor que a Tina possa passar vergonha de frente à pessoa que conhece, do que várias desconhecidas dentro de um transporte aéreo.

Não é que eu estou a falar o demasiado em relação a minha amiga, mas pelo tempo que formámos a nossa amizade, conheço-a bem. Dante só não fica corado com o que ela fala, porque leva tudo na brincadeira, mas nem sabe ele que nem tudo é.

Entramos todos no carro, para agora sim, seguir ao destino. Ainda bem que escolhemos ir por esta tarde, porque se fosse amanhã, bem capaz que pudéssemos chegar quando o jogo já tivesse terminado.

Ir à cidade da moda distrair-me-á, o que eu preciso. Eu não poderia negar o pedido do Paulo, se bem que se eu negasse, ele iria existir tanto até conseguir.

- Dante, conte um pouco da tua história. Desculpe pela minha curiosidade.

- Não, não é nada demais. Mas às vezes acho que nem eu mesmo sei da minha própria história.

- Por que dizes isto?

- É algo que nem sei mesmo dizer.

Ele pode não saber da real história, mas está a desconfiar. Nem sabe qual é a verdade, mas tem o seu direito de saber.

Começa a dizer que a sua mãe faleceu quando ele nasceu, e por isso, não a conhece. Eu penso em como o Sr. Michele poderá ter mentido para ele, e quando ele pediu uma foto da mãe? Esta situação não é fácil para ninguém. Esconder o Dante naquele momento, pode parecer até o ideal para se fazer, porque Graziela é capaz de tudo quando quer algo, e ter o filho perto, não era uma das opções.

Tina começa a perguntar acerca de várias coisas, e sei que quer chegar no ponto do relacionamento. Qualquer pessoa percebe o que ela sente, porque a mesma não sabe fingir, e nem mesmo se querer.

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O que será que a Graziela poderá estar a tramar? Como disse a Lia, ela é capaz de tudo, e não se sentirá satisfeita enquanto não se vingar.

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Bjs da Lia
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Più Che Speciale ϟ Paulo Dybala ✓✅Onde histórias criam vida. Descubra agora