capítulo doze.

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Presente ㅣ Louis

Chego no escritório e a primeira pessoa que eu tenho o desprazer de ver é Charles. Não são nem oito da manhã e meu sangue borbulha de raiva. Para minha surpresa, ele sorri e caminha em minha direção. 

ㅡ Fala, cara! ㅡ Ele me comprimenta, mas eu não respondo, apenas continuo caminhando em direção a minha sala. ㅡ Sexta foi pesado, bebi demais… foi até legal você cortar o meu barato. Espero que tenha comido, já que tirou a minha oportunidade de comer a Hannah. 

Não penso quando me viro e empurro Charles na primeira parede que eu vejo. Minhas mãos vão para o seu pescoço e sinto meu rosto queimar de ódio. 

ㅡ Eu só não enfio a mão na sua cara, para não ser demitido por justa causa. ㅡ Eu aperto meus dedos em torno do seu colarinho. ㅡ Mas pode apostar que vontade não me falta. Nunca mais fale assim dela, nunca mais ouse falar qualquer coisa dela, tá me entendendo? Eu não admito! 

Ele me olha e sorri sem nenhum traço de arrependimento pelas palavras.

ㅡ Calma, Louis. ㅡ Ele ergue as mãos para o ar. ㅡ Ela é toda sua. 

ㅡ Ela não é minha e nem de ninguém. Mas eu não admito que fale assim dela.

ㅡ Eu não imaginei que você ficaria puto assim por causa de uma mulher. ㅡ Seu lábio torce em desdém. ㅡ Eu não falarei mais nada, vossa majestade. 

Ele se solta do meu aperto e me dá as costas, caminhando pelo corredor. Tenho vontade de socá-lo, mas apenas assisto, frustrado, ele se afastar. Eu não posso perder o meu emprego porque soquei a cara de um outro funcionário. Meus quatro anos advogando por esse escritório não me permitem que eu jogue minha carreira fora por um babaca como ele, mas vontade não me falta. 

Em vez de ir em direção a minha sala, vou para a sala de Malcom, onde Hannah fica. No final de semana, mandei duas ou três mensagens para ela, que foram totalmente ignoradas, então decidi não insistir. Mas precisava vê-la, precisava saber como ela estava depois do fim de semana, precisava saber como ela reagiria ao me ver. 

Ao me aproximar, percebo a porta aberta. Hannah está em frente ao computador, digitando algo completamente concentrada. Bato na porta de leve e ela ergue o olhar só para saber quem é e logo em seguida o volta para a tela do computador. 

ㅡ Oi. ㅡ Eu digo baixo. 

ㅡ Oi. ㅡ Ela murmura. 

ㅡ Eu vim ver se você está bem. ㅡ Digo a olhando, mas seu olhar não encontra o meu. 

ㅡ Estou. ㅡ Ela responde secamente. 

ㅡ Que bom! ㅡ Eu limpo a garganta e entro na sala, deixando minha pasta em cima de um aparador. ㅡ O seu elevador não estava em manutenção, sabia? 

Ela engole em seco para então me olhar com aqueles olhos verdes cristalinos. Me apoio na mesa e lhe lanço um sorriso de lado. 

ㅡ Eu devo ter confundido. 

ㅡ Eu acho que você sabia muito bem o que estava fazendo. ㅡ Eu a corto, vendo-a me olhar em espanto. 

ㅡ Claro que não. Eu tinha bebido. 

ㅡ Mas não o suficiente para não ter ciência das coisas. 

Ela afasta o corpo da mesa e cruza os braços me olhando. Seu olhar me queima e sei que atingi o ponto que ela não queria que eu atingisse. 

ㅡ O que você quer, Louis? ㅡ Ela pergunta, sem paciência. 

ㅡ  O que você quer, Hannah? ㅡ Eu me inclino, me aproximando do seu rosto. ㅡ Me diga o que você quer. 

Seus olhos pousam nos meus e os meus abaixam para sua boca. Levo meu polegar até os seus lábios e os acaricio de leve. Ela se assusta e se levanta abruptamente indo até a porta e a fechando.

ㅡ O que pensa que está fazendo? ㅡ Ela sussurra. ㅡ Estou no meu ambiente de trabalho, Louis. Na sala do Malcom. 

ㅡ Que pelo o que eu sei, só aparece a tarde nas segundas. ㅡ Me levanto e caminho até estar de frente a ela novamente, com o rosto próximo demais ao seu. ㅡ Me diga, Hannah. O que você quer? 

ㅡ Paz! ㅡ Ela diz rápido e eu solto uma gargalhada. 

ㅡ Tudo bem, Miss Universo. 

ㅡ Estou falando sério, Louis. 

ㅡ Então por que ficou me olhando daquele jeito no bar, ou você acha que eu não reparei? Por que me pediu para subir se sabia que seu elevador estava funcionando? Por que tirou a porra da roupa na minha frente e ficou peladinha só pra eu ver? ㅡ Me aproximo mais do seu corpo e ela me olha com os olhos arregalados. ㅡ Por que, Hannah? Por que me pediu para te dar banho? E me pediu um beijo de boa noite? Uh? 

ㅡ Porque… ㅡ ela gagueja ㅡ porque…

ㅡ Porque você me quer o tanto que eu te quero. Porque você sente saudade do meu beijo, do meu corpo, do nosso sexo. ㅡ Puxo sua nuca e pincelo meus lábios nos dela. ㅡ Porque mesmo me odiando, você não consegue se conter em me querer. Por isso, Hannah.

Sinto sua respiração ofegante bater em minha boca e diminuo a distância, encostando meus lábios nos dela. Ela não reluta e sinto sua língua desesperada invadir minha boca. Aperto sua cintura sentindo a sensação de ter seus lábios colados aos meus depois de tanto tempo. Nossas bocas ainda se conhecem e nosso beijo ainda é exato.

A puxo para o meu colo e caminho até a mesa de Malcom, afasto os objetos com a mão livre e coloco ela sentada sobre a superfície. Meus dedos viajam para o meio de sua sala lápis, e vou subindo aos poucos até encontrar sua calcinha de renda. 

Ela ofega na minha boca e meu pau pulsa ao perceber que ela está completamente melando. Afasto sua calcinha para o lado e meto dois dedos nela, fundo e rápido, com desejo e saudade, sem nem um pudor e cuidado. Ela geme baixinho enquanto sua língua ávida percorre todos os quantos da minha boca. 

ㅡ Louis. ㅡ Ela geme. 

Então eu pressiono meu polegar em seu clitoris inchado e a masturbo enquanto a penetro com os dedos. As coxas de Hannah tremem e ela morde meu lábio com força antes de estremecer, se entregando ao orgasmo.

ㅡ Porra. ㅡ Eu encosto minha testa na dela. ㅡ Que saudade, linda. 

ㅡ Louis, ㅡ ela me olha franzindo a sobrancelhas com a respiração descompassada. ㅡ saia da minha sala!

De todas as coisas que imaginei saindo da boca dela agora, essas palavras não estavam inclusas. Eu a olho confuso e ela desvia o olhar.

ㅡ Hannah...

ㅡ Saia da minha sala. Eu estou trabalhando. ㅡ Ela me afasta e ajeita a sala preta, descendo da mesa em seguida. 

Não tenho tempo para raciocinar e nem de reclamar do quão duro estou quando ela vai até a porta e a abre. Ela não me olha por mais que meu olhar esteja fixo nela. Eu tento abrir a boca mais uma vez, mas leva a mão até a maçaneta, me dizendo sem palavras para sair. Pego minha pasta e coloco em frente ao corpo, e saio, ouvindo a porta bater logo em seguida.

SUBTOM - L.TWhere stories live. Discover now