Capítulo 10 - Gizelly makes me feel things no one has ever done

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               "você está bem? E o jantar?"

  Era a décima vez ou talvez vigésima mensagem que eu mandava pra Rafaella. Sentada no meu sofá eu esperava uma resposta que nunca chegava. Já era cinco horas da tarde, eu já havia até mesmo tomado banho pra ver se o tempo passava mais rápido. Tudo que eu queria era uma resposta da morena que ignorava todas as minhas mensagens. Será que ela não vai querer mais nada comigo? Não, isso não é possível. Ela disse que ia pensar.

   – Hey, Bicalho!

  A voz do meu melhor amigo fez com que eu levantasse o olhar para encara-lo. Júlio sempre aparece assim do nada, já me acostumei.

   – Milagre não ver você com a Rafa.

  Sentou ao meu lado, suspirei com sua fala.

   – Brigaram?

  Tomei um pouco de coragem e comecei a contar tudo a ela, desde a vinda de Bruna até Rafaella saindo do meu apartamento dizendo que ia pensar. Júlio ouvia tudo atentamente. Era sempre assim, eu desabafava tudo e depois Júlio dava sua opinião. Claro que dessa vez não foi diferente.

   – Mas ela tá te ignorando até agora? - assenti. - talvez ela realmente precise de um tempo ou...

   – Ou...

   – Você vai ter que correr atrás, Gizelly. Se eu fosse você levantava desse sofá e ia atrás dela, se realmente gosta dela acho que é o certo a se fazer.

   – E se ela não quiser falar comigo ainda?

   – Ela vai querer, Gi. Porque pelo menos você está se esforçando, entende? Mulheres gostam de atitudes e não que fique mandando mensagem. Você deveria saber disso.

   – É praticamente meu primeiro relacionamento, Júlio. Me dar um desconto aí.

   – Okay, mas então? - arqueou as sobrancelhas.

   – Então o quê?

   – O que está fazendo aqui parada ainda


                                                     ***


  Respirei fundo. Havia seguido o conselho de Júlio e no momento estava parada em frente ao apartamento de Rafaella. Nas minhas mãos tinham um buquê de flores vermelhas. Tudo que eu queria agora era me acertar com a morena e ir no jantar conhecer seus pais. É só nisso que eu consigo pensar, que a quero do meu lado. Toquei a campainha, sentido minhas mãos soar e meu coração começar a bater de uma forma acelerada. A porta abriu, revelando uma ruiva... Manu.

   – Oi.

Sorri sem graça.

   – Rafa está lá em cima. Boa noite.

  Desejou, dando dois tapinhas em meu ombro logo saindo do apartamento. Adentrei o apartamento da professora, em passos lentos me direcionei até às escadas subindo as mesmas sem pressa. Parei na porta do seu quarto, Rafaella estava de costas pra mim haviam várias roupas espalhadas por sua cama. No momento ela estava apenas com um short e um moletom.

   – Quem era, Manu?

  Ela pergunto ainda sem virar, provavelmente achando que era a Manu.

   – Era eu.

  Respondi. A professora virou seu corpo com rapidez, fazendo com que nossos olhares se encontrassem. Verde no castanho e castanho no verde. Me aproximei dela, dando passos curtos em sua direção.

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