Capítulo 53

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"Mais perto de mim, me dando consolo"

SELENA FERNANDES

- Não faz mal! E respondendo a sua questão, a roupa é para uma menina sim mas infelizmente ainda não sei o sexo do bebé por isso prefiro roupas mais neutras – disse olhando o vestidinho violeta que fiz questão de voltar ao local onde tirei.

- Oh! Eu também ainda não sei o sexo do meu bebê, mas vou querer esse vestido aí. Tenho uma sobrinha que vai necessitar dele daqui uns meses – disse e peguei o vestido a entregando - Queres conhece-la? – questionou e nem esperou a minha resposta, puxou-me pela mão.

Fomos andando até ao sofá que se encontrava próximo ao provador dos bebés. Amei isso! Chegamos por lá e encontramos um jovem adolescente que poderia ter a mesma idade que a Anastácia com uma bebê nos braços.

- Toma ela, eu preciso ir ao banheiro. Ela acabou babando em mim, que nojento – disse o jovem rapaz entregando a bebé a uma boa distância do corpo dele e ela acabou a segurando-a e o rapaz saiu correndo.

- Aqui está a minha sobrinha, basicamente minha filha – disse mostrando a bebé de cabelos loiros com umas bochechas fofas, que dava vontade de morder. Que acabou ficando agitada quando fiquei próximo a ela a observando.

"Que bebé fofo"

- Calma Rosie, que já darei a mamadeira a você, meu amor!– disse e sentou no sofá pegando a mamadeira dela na bolsa.

"Acredito que deve estar com fome. Affs eu ainda não sei muito sobre bebês! Como saber se ela está com fome?"

- Ela é tão linda! Quantos meses ela tem? – questionei curiosa vendo ela sugar a mamadeira com bastante vontade.

- Ela acabou fazendo três meses a uma semana atrás, ela é uma bebé muito inquieta mas amo muito ela – disse olhando fixo a ela com um amor que até você consegue sentir – Daqui a sete meses terei mais outro bebé, agradeço tanto a Deus por manter a minha mãe e minhas tias por perto, elas dão ótimos conselhos a mim – disse sorrindo – Desculpa estar falando tanto. Você veio comprar alguma coisa? – questionou ela e eu acabei contando sobre a proposta que a Aurora fez a mim. Ela sugeriu que eu fosse escolher e ela ajudaria a pegar a melhor roupa para eu levar pra casa.

- Bom, as minhas primas já devem ter chegado, eu vou indo pois os trinta minutos já acabaram. Foi um prazer passar o tempo contigo – disse pegando as três peças de roupa que acabei escolhendo com ajuda dela – Ia me esquecendo podes passar o seu contacto no meu celular e eu irei passar o meu no seu celular – disse e fizemos tudo do jeitinho que disse.

- A gente passou trinta minutos ou mais conversando e nem falamos o nome uma da outra – disse fazendo nos duas darmos uma gargalhada.

"Deveria sair mais vezes! Sou boa em fazer novos conhecidos"

- Selena, a hora já deu! – apareceu a Anastácia avisando e calou ao encontrar-me com a minha nova conhecida ou talvez futura amiga da loja de roupas de bebés

- Malu! O Davi já ligou e disse que está a nossa espera lá em baix-o... – disse o irmão da Malu concentrado no celular mas quando olhou para frente, direitamente na Anastácia as suas bochechas coraram e a sua voz sumiu bem no final da sua frase.

" Pelos vistos os nossos irmãos, já deixaram claro os nossos nomes"- pensei

- Bem na hora. Pelos vistos a hora deu para todos nós. Ajuda aqui Ronald – disse a Malu entregando a bebé no seu irmão e ela pegou a bolsa do bebé – Obrigada por passar o tempo comigo – agradeceu.

"Sempre achei fofo essas bolsas dos bebés que as mães carregam para onde vão."- pensei animada, sabendo que terei daqui a nada.

- Eu que agradeço por ajudar-me a escolher essas roupas – disse e a Anastácia pegou-me nas mãos sem parar de olhar o jovem rapaz que estava mais tímido do que nunca.

- Então nos vemos por aí! – disse a Malu e deu-me um abraço caloroso e foi caminhando sendo seguido pelo seu irmão.

- Mundo chamando a Anastácia! – disse vendo ela olhar pelo caminho onde a Malu e o irmão foram.

- Você sentiu o calor que está fazendo aqui? – disse se abanando e a puxei pelos braços indo em direção ao caixa encontrando a Aurora bem ali.

...

- Ela parecia legal nem! – disse a Anastácia enquanto a Aurora dirigia a caminho da nossa casa.

- E o irmão dela? – questionei prendendo a minha gargalhada.

- Eu acho que ele é razoável! – rebateu rápida com os olhos arregalados, fazendo eu soltar a minha gargalhada.

- Vocês estão escondendo algo de mim. O que é? – questionou a Aurora curiosa.

- Anastácia fic.... – calei ao ver carros de polícias bem na frente da nossa casa.

" O meu coração errou uma batida"

- O que está acontecendo? – questionou Anastácia com um tom meio preocupada fazendo a Aurora aumentar a velocidade do automóvel.

Ao estacionarmos o carro numa vaga livre ali presente, descemos com bastante pressa correndo em direção a nossa casa, mas os polícias nos barravam, não permitia a nossa passagem. Naquele momento a minha cabeça não estão compreendendo nada, tudo estava confuso.

- Por favor nos digam o que aconteceu? – questionei preocupada, notando o olhar confuso das minhas primas.

- Onde está a minha avó? – gritou a Anastácia se desprendendo do policial e foi correndo em direção a porta da casa mas um outro agente agarrou-a fortemente.

- A casa de vocês foi invadida por estranhos! - disse o nosso vizinho chamando a nossa atenção - Eu ouvi coisas se quebrando, por isso liguei para polícia - disse ele e continuou o caminho supervisionar a área como se fosse um agente também.

No segundo depois, vimos os paramédicos saindo dentro da nossa casa com a minha avó na maca, totalmente ensanguentada, parecia inconsciente.

- Avó! Avó – gritei correndo ao pé da minha avó junto com as minhas primas, já rostos banhados em lágrimas.

- Vocês são familiares dela? – questionou um dos paramédicos.

- Sim! – dissemos em coro com as vozes embargadas.

-Uma de vocês tem de ir com ela – disse o paramédico olhando para nós três.

- Vai a Selena, que eu e Anastácia estaremos a vossa trás – disse a Aurora puxando a Anastácia pela mãos em direção ao nosso carro.

Subi na ambulância nervosa pois olhava para minha avó ensaguentada, com tantos . Meu Deus! O que aconteceu naquela casa?

- Os batimentos delas estão parando– gritou um dos paramédicos deixando todos outros agitados e fazendo o meu coração acelerar.

- Ela está tendo uma parada cardiorrespiratória - declarou o outro sério - Me passa o desfibrilador – disse o paramédico que estava por cima da minha avó fazendo massagem cardíaca inicialmente.

Eu fiquei olhando cada um deles, eu estava assustada, eu estava com medo de ver a minha avó partindo bem na minha frente. As lágrimas caiam e caiam, eu continuava petrificada, sem saber o que fazer ou melhor o que eu poderia fazer nesse exato momento. Por instantes prendi a minha respiração fungando, estava com medo muito medo.

- Tenha fé que tudo vai dar certo – disse um paramédico que estava ao meu lado, me fazendo acenar.

- Tudo vai dar, deve dar! – disse me segurando naquela frase "tudo vai dar certo". Limpei as minhas lágrimas rapidamente com o dorso das minhas mãos.

...

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Se Faz Sentir, Faz SentidoOnde histórias criam vida. Descubra agora