Capítulo 59

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"Bonito mesmo é essa coisa da vida: um dia, quando menos se espera, a gente se supera. E chega mais perto de ser quem - na verdade - a gente é"

CHRISTIAN BROWN

Cheguei próximo a ela, e peguei o seu cabelo, embora que já se encontrava num coque com rabo de cavalo e pus as minhas mãos nas suas costas com delicadeza, enquanto ela vomitava e ficava arfando.

— Estou aqui contigo – disse dando um beijo castro na sua cabeça, vendo ela apertar a lateral da sanita, a cada contração que o seu estômago fizer.

Depois de tanto ficarmos naquela posição, ajudei-a a ir até a pia. Peguei um copo de água levando para ela e ajudei-a a voltar para o escritório a metendo sentada no sofá.

— Eu acho melhor ir, a minhas primas devem estar a minha espera – disse levantando rapidamentente o que a fez ficar tonta.

— Que tontura! - reclamou

— Melhor você sentar, e ficar calma. Eu acho melhor você não ir visitar a sua avó por agora – disse sabendo que isso não era uma boa ideia.

— Não, eu vou sim visitar a minha vó – disse determinada, mostrando que não estava afim de seguir o que disse.

— Você não estás disponível para visita-la nessas condições. O seu rosto está tão pálido, e precisas hidratar-se, olha o tanto de líquido que já tiraste no seu organismo – disse chateado vendo-a sem reação – Pare de pensar somente em ti, no que as pessoas vão dizer por não ir vê-la. No momento você tem de pensar no bebé, que está em seu ventre – disse irritado com a sua decisão.

O escritório ficou em silêncio por um bom tempo, até que a ouvi fungando.

"Falei alguma coisa errada!?"

— Eu sou uma péssima neta, a minha avó está mal naquele hospital, ela precisa que a sua família esteja lá, que eu esteja por lá. Eu estou me sentindo mal, pois acredito que aquela agressão toda que ela sofreu era mais pra mim do que pra ela, e-eu-eu só quero vê-la, ter certeza que está tudo bem com ela – rebateu chorando e levantou do sofá chegando bem próxima de mim  – Se eu tivesse dado ouvido a você sobre a quantidades de Tacos que comi, não estaria tonta, enjoada e muito menos com essa dor de cabeça horrível. Que saco, estou sentindo tanta raiva de mim – gritou chateada consigo mesma o que me fez abaixar a guarda.

— Não, não, não! Olha pra mim – levantei o rosto dela com o meu indicador para encarar o meu rosto – Você não é culpada por nada do que esteja acontecendo agora! Entendeu – ela assentiu ainda vendo lágrimas percorrendo para seu queixo – Você não precisa ir visitar a sua avó agora, pois estás indisposta para tal, eu vou conseguir exceção de uma hora para irmos visitar ela antes de anoitecer. Agora, você vai para o quarto continuar a dormir, pois não passa nem quatro horas desde que subiste naquela cama – disse limpando as suas lágrimas com carinho – Depois trarão algo para você comer, e mandarei uma mensagem a você avisando o momento que virei pega-la logo que sair do trabalho – disse determinado a deixando mais aliviada.

— Você promete? – questionou mordendo os lábios inferior.

"Que saudades!"

— Prometo sim! – disse vendo-a descansada e dei um beijo castro na sua testa – Nada de stress por favor – disse passando as mãos na sua barriga que ainda não possuía nenhum vestígio que o nosso bebé estava se desenvolvendo aí.

— Eu vou voltar ao quarto – disse se distanciando de mim.

— Vamos, que eu acompanho você – disse e fui seguindo-a por trás.

...

Após deixa-la no quarto, fui caminhando para área de lazer, encontrando o pessoal terminando de comer.

— Onde você estavas Christian, praticamente todos já comeram! – informou a dona Dolores ajudando a recolher os pratos seguindo pra cozinha.

— Christian a gente estava a sua espera – disse a Tessa puxando a minha atenção pois parecia que eu não estava ali, como se estivesse presente-ausente – O que aconteceu? – questionou após ver-me meio aéreo e aproveitei sentar-me a mesa.

— A Selena não vai poder ir visitar a avó – informei chamando atenção de todos.

— Por que? – questionou a Catalina antes de todos.

— Acordou mal disposta – disse não dando muito detalhe.

— Todas as grávidas acordam mal dispostas, eu acho que ela ...- interrompi ela antes de falar qualquer coisa desnecessária.

— Ela está mal, vomitando a uns minutos atrás, o seu rosto estava tão pálido e sentia um pouco de dor de cabeça. Ela praticamente não dormiu, o que já é prejudicial para ela e o bebé. Por isso preferimos assim, deixa-la na cama para terminar o sono, e depois virei pega-la para irmos visitar a avó Anna – disse esclarecendo tudo.

— Então acho melhor a gente ir logo, pois temos de passar na nossa casa para pegar algumas roupas nossas – disse a Aurora levantando da mesa.

— Avó, você poderia cuidar da Selena enquanto estiver fora, não quero deixa-la aqui sozinha mas também não posso faltar hoje. Tem alguns assuntos pendentes a tratar na empresa – disse apreensivo – Quando ela acordar, por favor faça com que ela coma alguma coisa – disse solicitando e fui levantando-me igual aos outros.

— Pode deixar filho! - respondeu a minha avó. Agradeci já caminhando em direção ao meu carro.

— Christian, espera! Esqueceu que trabalho contigo? – questionou a minha irmã correndo atrás de mim.

— Ainda não estou acostumado, desculpa – disse sincero.

— Melhor se acostumar logo maninho – disse divertida.

— Onde vão sem a verdadeira rainha? – questionou a Catalina.

— Estás linda! – fui realista ao reparar na roupa formal que usava.

— Amo quando os homens me olham assim! – disse entrando dentro do meu carro junto com a Natasha.

— O caminho vai ser longo – disse ao entrar no carro.

...
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Se Faz Sentir, Faz SentidoWhere stories live. Discover now