Tudo por amor

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Mais de uma semana havia se passado desde que Vincenzo chegara a Coréia. Nesse meio tempo além do reencontro, o almoço frustrado por Jeong hee e a prova do vestido não houveram muitos momentos em que ele tenha conseguido estar na companhia da Hong. 

Com a data do casamento e da mudança se aproximando a advogada corria como louca tentando deixar tudo organizado. Todos se admiravam com seu esforço e comentavam o quanto o Park tinha sorte em haver conquistado o coração de uma moça tão dedicada.

Vincenzo alimentava um crescente desprezo pelos comentários envolvendo a paixão do jovem casal, a lembrança do ciúmes que a Hong não fora capaz de esconder dias atrás o assegurava de que era sem dúvidas alguém com um lugar de destaque em seu coração, porém não podia evitar o tormento que experimentava toda vez que presenciava a amada demonstrando tão efusivo empenho na realização de um enlace com outro homem que não ele próprio, ao imaginar que a inquietação da advogada era fruto dos sentimentos que a mesma nutria por Park Jeong hee o Cassano tornava-se mal humorado pela mágoa.

E logo zangava-se consigo mesmo pela tolice de fraquejar a esta altura do campeonato quando faltavam exatos 10 dias para a mulher de sua vida casar-se com outro. Deveria estar correndo contra o tempo, e era exatamente o que faria.

Naquela noite um evento que nada tinha a ver com o casamento mas que seria de grande ajuda para os planos do mafioso ocorreria. O noivo de Cha young era uma criatura bastante grudenta e relutava especialmente em deixar a mulher sozinha na presença de Vincenzo, o Cassano não ousava culpá-lo por isso, mesmo assim estava claro para quem quisesse ver o quanto o detestava.

Desconfiava que até mesmo Cha Young em meio a sua agitação havia percebido a animosidade que havia entre ambos mas nada havia comentado, talvez para evitar o estresse próximo a data da cerimônia. O Ítalo-coreano no entanto não perturbava-se com a perspectiva de um embate com o rival, pelo contrário a medida que se aproximava o dia em que este tencionava roubar-lhe para sempre parte insubstituível de seu coração, Vincenzo mais ousado e determinado se tornava. Era como uma fera acuada que não aceitaria a derrota sem antes uma boa briga.

E seu primeiro golpe estava preparado. Planejou aquilo em poucos dias mas era tão exímio estrategista que não haviam dúvidas de que daria certo. Apenas precisava que o Park largasse a Hong por somente um minuto e faria-o se arrepender pelo resto da vida pelo descuido.

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Com a chegada da noite o evento havia tido início, tratava-se de uma exposição de arte em uma nobre galeria pertencente a uma amiga de infância de Park Jeong hee.

Pessoas muito ricas e até alguns famosos se encontravam ali posando para os fotógrafos no local.

Vincenzo Cassano era um homem indubitavelmente elegante além de muitíssimo bem relacionado sendo assim não havia sequer suado para conseguir um convite, sua entrada foi aclamada pelos flashes e assim que passou a perambular pela galeria ouviu-se o início do burburinho feminino sobre um cavalheiro trajando smoking que ostentava tamanha beleza que em nenhum lugar encontraria-se outro igual. O moreno já havia se acostumado a elogios semelhantes sobre sua aparência e bons modos por isso sequer se afetou.

Viu aproximar-se uma dama de estatura mediana com cabelos castanhos curtos e ondulados que usava um alegre vestido em tons de alaranjado. 

- Sr Cassano, é um prazer enorme tê-lo em minha galeria esta noite! - Disse a mulher.

- O prazer é todo meu de estar em sua companhia Srta Kim. - Respondeu o moreno vendo satisfeito a mulher sorrir afetada.

Kim bo young era uma artista reconhecida na Coréia, suas pinturas eram graciosas e criativas e volta e meia alvo do interesse de críticos internacionais, apesar do bom gosto presente em suas obras a vaidade exacerbada faziam da pintora uma pessoa de difícil convívio.

Preciso dizer que eu te amoМесто, где живут истории. Откройте их для себя