Capítulo 13

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ESTE CAPÍTULO CONTÉM GATILHO DE ANSIEDADE!
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— É-é oi Amren amor da minha vida! Quanto tempo, não?! Menina, nem te conto, eu me atrasei porque fiquei com uma dor de barriga, juro, quase intupi a privada. Mas pode ficar bem que agora eu já tô melhor. — eu disse nervosa. Eu tinha esse hábito de tagarelar em situações como essa.

— Eu não quero saber das suas desculpas esfarrapadas. Vamos começar a ler os livros, antes que eu faça você ter dor não só na barriga.

Foi só aí que eu percebi que estávamos em uma biblioteca. Olhei em volta afobada. Estantes cheias de livros iam até o teto. Aquele lugar era simplesmente o paraíso.

— Luna, os livros já estão aqui na mesa  menina. — Amren disse vendo que eu não estava saindo do meu lugar.

— Me desculpe.

Passamos uma hora na biblioteca. Nesse meio tempo, não achamos nada sobre o que aconteceu com a minha visão da mãe, então Amren me ajudou a controlar um pouco do fogo que eu tinha por conta de minha mãe e algumas outras coisas.

— Achei! — exclamei entusiasmada quando li uma parte sobre a Mãe.

— Então você é Herdeira da Mãe, menina? — Amren perguntou após ler o texto.

— Aparentemente, sim.

— Mas tem algo muito estranho, aqui diz que a mãe dá a sua coroa para sua Herdeira, mas não diz que ela a chama para governar junto com ela. — ela disse franzindo o cenho.

— Talvez ela só tenha me achado legal e me convidou oras, nem a Mãe consegue resistir ao meu rostinho lindo. — eu disse piscando os olhos.

— Igualzinha ao pai. — Amren resmungou revirando os olhos. — Não acho que vamos encontrar muito mais coisa por hoje, então, vou te liberar mais cedo. — eu sorri com isso. — porém, você terá que levar esses outros três livros que estão na mesa. — meu sorriso morreu na hora.

— Tudo o que é bom dura pouco né. Se eu soubesse que ia ter lição de casa nesse mundo, eu tinha parado em Terrasen. — murmurei brava.

— Terrasen? O que sabe sobre Terrasen, menina? — ela parou para pensar. — Quer saber? Não me conte nada agora, estou atrasada já. Me conte na próxima aula.

— Atrasada, Amren? Deixa eu pensar... você vai ir se encontrar com um certo alguém, certo? — eu disse dando um sorriso malicioso.

— Não é da sua conta, menina. Agora vamos, você ainda tem muito trabalho a fazer. — ela disse me empurrando para fora da biblioteca e fechando a porta na minha cara.

— Me conte tudo do seu encontro depois. Quer dizer, nem tudo assim. Tchau, Amren!— eu gritei sabendo que ela ouviria mesmo se eu sussurrasse.

Corri para o meu quarto, para poder colocar meu pijama e passar o resto do dia na cama, lendo.

Acabei me esbarrando em alguém. Rhysand estava em minha frente.

— Putz, foi mal, pai. — eu disse o ajudando a levantar de seu tombo.

— Não tem nada não, filha. — ele disse sorrindo. — Mas o que você ia fazer que era tão importante ao ponto de correr por aí? — ele ergueu uma sobrancelha.

— Eu ia ler.

— Ah claro. Amren e sua mania de deixar alguma leitura para nós. — Ele disse apontando para os três livros que eu carregava.

— Ah sim, claro, pai. Isso mesmo. — eu disse dando um sorriso amarelo. Eu na verdade ia reler acosf, mas ele não precisava saber disso.

— Você vai reler o que? — ele perguntou em dúvida.

— Sai da porra da minha cabeça, Rhysand. — eu disse irritada.

— Tente me empurrar para fora, filha. — senti suas garras agarrando a minha mente.

Era difícil demais. Isso doía, mas não era uma dor comum. Era como se fosse uma violação concedida. Era horrível. Juntei todas as minhas forças e ergui uma parede de escuridão e fogo. Consegui, então, finalmente empurrá-lo para fora.

— Bom, mas você precisa melhorar mais. Por isso teremos aulas sobre escudos mentais. Você sabe o quanto eles são importantes na sua vida.

— Precisava de tudo isso cara? Era só ter avisado porra. — eu disse tentando recuperar as minhas forças.

— Um inimigo de verdade nunca avisa, filha. Me desculpa, mas esse é o modo mais fácil de fazer você compreender isso. — ele disse me olhando triste, mas não arrependido.

— Tudo bem. Eu vou para o meu quarto. — eu disse suspirando.

— Não se esqueça de tomar banho e descer para jantar, querida. — ele disse um pouco mais alto quando eu já estava no meio do caminho.

Gritei um ok e corri para o meu quarto. Tomei banho, me troquei e deitei na minha cama, não sem pegar antes o livro.

Cruzei as minhas pernas e passei o resto da tarde assim, aproveitando a leitura e a minha própria companhia, até a hora do jantar.

O jantar foi ótimo. Lá estavam apenas eu, minha mãe, meu pai e o meu irmão. O resto do pessoal não foi, acho que para nós deixar ter um momento a sós talvez, não sei.

Mas mesmo assim demos muita risada e comemos bastante. Dessa vez, as gêmeas se superaram na comida, então é claro que teve eu e o Nyx brigando pela coxa de frango maior, enquanto nossos pais ficaram rindo, nada fora muito do habitual.

Dormi com um sorriso no rosto, após passar um tempo com q minha nova família.

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Acordei no meio da noite. Eu havia tido mais um pesadelo, mas, dessa vez, ele tinha sido pior do que o normal.

Senti algo tremendo em cima de minhas pernas. Olhei para o local e vi que eram as minhas mãos. Não percebi quando comecei a passar mal.

Meus pensamentos estavam os mais obscuros possíveis agora. Eu não enxergava nada. Só conseguia pensar em como eu era fraca.

Passei as mãos pelo meu cabelo, como se fosse arrancá-lo de minha cabeça. Eu estava tendo mais um ataque de pânico.

Eu não conseguia respirar. Comecei a contar nos dedos "1,2,3,4,1..." para tentar me acalmar.

Quando minhas mãos pararam de tremer um pouco, eu peguei o meu caderno de histórias, que trouxe comigo do "mundo real".

Comecei a fazer a única coisa que me acalmava em momentos como esse, escrever.

Escrevi a história de uma menina que nasceu deslocada com os seus lindos olhos dourados. Ela descobriu que tinha poderes e também descobriu que teria que lutar por conta deles.

Mas eu não terminei de escrever a história, pois, enquanto eu escrevia, ouvi algo, ou melhor, alguém. Era um grito estridente que me cortou o coração.

Senti energias negativas sendo mandadas pelo laço, como se ele estivesse tentando me alertar ou pedir ajuda, não consegui distinguir.

Sai da minha cama e corri. Corri sem nunca parar, pois o meu parceiro precisava de mim.

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Olá, leitores!
Sei que o capítulo de hoje não está muito bom, mas é que eu descobri que vou ter prova daqui a duas semanas e fiquei fazendo faxina aqui em casa, então eu não tive muito tempo de escrever. Peço desculpas por isso.
Funfact: a história que a Luna estava escrevendo, é do meu primeiro livro de uma trilogia que estou escrevendo.
Se vocês gostaram, não se esqueçam de votar e adicionar em suas bibliotecas particulares ou em suas listas de leituras para não perderem nenhum capítulo da história da Luna, a Herdeira da Corte Noturna.
Tchau e até o próximo capítulo!

A Corte do Sol e da LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora