Capítulo 17

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Entrei no meu quarto já indo para o banheiro. Eu precisava tomar um banho rápido para tirar toda aquela neve de mim, antes que eu ficasse atrasada para me arrumar.

Eu estava nervosa. Eu ia para a Corte de Pesadelos hoje e eu não sabia o que esperar, eu só sabia que seria um milagre divino se eu conseguisse me controlar para sair daquele lugar sem ter dado nenhum soco em alguém daquele hospício.

Eu sabia que haviam pessoas ali que, assim como a Mor, eram sonhadores. Claro que com eles eu não faria nada, na verdade, eu gostaria de intervir em suas vidas e conseguir trazê-los para cá, para Velaris, onde os sonhos deles pertencem.

Fiquei perdida em meio de meus pensamentos enquanto me banhava, mas mesmo assim não me atrasei.

Quando sai do banheiro, um cheiro de lavanda invadiu o meu quarto. Era o cheiro do meu condicionador, que aliás, era ótimo.

Avistei em cima da minha cama duas caixas grandes. Abri a primeira e quase não acreditei no que vi. Era o macacão. Aquele mesmo macacão que eu tinha visto de manhã com o Azriel.

— Mas que porra? — murmurei estranhando aquilo.

Peguei a carta que estava amarrada no laço da caixa e a abri, revelando um bilhete de Azriel.

Minha querida Luna,

Percebi o quanto os seus olhos brilharam quando você viu essa linda peça na vitrine daquela loja, por isso tomei a liberdade e comprei para você.
Fique calma, não foi caro. E outra, é um presente e não se devolve presentes.
Já imagino o quão deslumbrante você irá ficar quando usar isso, princesa.

De seu MELHOR amigo,
Az.

Aquele macho ainda me traria muitos problemas. Ele é louco. Onde já se viu comprar um presente assim para mim?

Olhei para a outra caixa e abri sua tampa, encontrando um embrulho e uma carta em cima do mesmo.

Abri a carta e me surpreendi ao ler a mesma.

Filha,

Eu e sua mãe encontramos esse vestido nas roupas que a minha mãe fez para a Feyre. Achamos que ele ficaria deslumbrante em você essa noite e, por isso, queríamos que você aceitasse ele como um presente.
Entenderemos se você não quiser.

Com amor,
Seu pai, Rhys.

Abri o embrulho rapidamente. O vestido era lindo. Ele tinha mangas pretas compridas e duas fendas em minhas pernas, as deixando respeitosamente a vista. Arfei de surpresa. Passamos tanto tempo longe, que não entendo como em poucos dias eles já me conheçam tão bem ao ponto de saberem exatamente o que eu gostaria de usar.

Olhei novamente para a caixa de Azriel. Ele sabia que eu não iria usá-lo hoje. Além de não ser a ocasião mais apropriada, ele sabia que os meus pais gostariam que eu usasse algo especial.

Peguei o vestido preto e o coloquei em mim. Por incrível que pareça, ele me vestiu como uma luva, parecia ser feito para mim.

Escutei a porta se abrir. Dela entraram Nestha, Mor e as gêmeas Nuala e Cerridwen.

— Vejo que o vestido ficou como eu imaginei, agora só precisamos encontrar os saltos corretos. — Mor disse me analisando.

— Viemos nos arrumar aqui. — Nestha disse percebendo a minha confusão com tudo aquilo.

— Tá bom. Chega de blá-blá-blá. Precisamos nos arrumar logo se não quisermos chegar atrasadas. Nuala irá te ajudar com a maquiagem e o cabelo. — Mor disse enquanto me empurrava para eu sentar na cadeira da minha penteadeira.

A Corte do Sol e da LuaWhere stories live. Discover now