⭟ | 𝐣𝐞𝐚𝐥𝐨𝐮𝐬𝐲

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partridge

s/n não voltou para a escola naquele dia. todos os professores perguntaram por ela. eu disse que ela havia tido um compromisso com os pais, só para limpar sua barra. nunca a vi tão preocupada, não a ponto de sair correndo da escola sem se importar com as consequências disso.

quando sai da escola, os amigos de s/n vieram até mim.

---- ela não está atendendo o telefone - a ruiva disse. então olhou para mim e colocou uma mão no meu braço. ---- você pode ver se ela está bem, por favor? já que vocês são vizinhos acho que é mais fácil.

---- claro - eu respondi. acenando com a cabeça, eu atravessei a rua e caminhei devagar até em casa. talvez se eu andasse devagar s/n pudesse me acompanhar, mas quando cheguei à minha casa ela ainda não havia chegado.

nem o carro do irmão dela, nem os sapatos do lado de fora estavam lá. dei a volta na casa e fui em direção à "garagem". o carro de joe não ficava na garagem, pois antes aquele lugar pertencia à mãe, e lá a mãe deles montou uma área de lazer que consistia em um piano, um sofá com mesinha de centro, discos, aquarelas, quadros brancos, uma tv antiga, computador com caixa de som e vários brinquedos de criança.

sentei no sofá e suspirei ---- onde está você, s/n?

eu estava dividido entre querer e não querer saber onde ela estava. ela havia ido atrás de diego, logo após ficar agarrada à finn em público. eu sabia que eles eram amigos, mas para mim aquele não era comportamento de amigos. e o jeito que diego olhava para ela não era o jeito que um amigo olharia para uma amiga. eu podia estar cegado pelo ciúme mas tinha motivos para o sentir.

suspirei outra vez e joguei a cabeça pra trás no sofá, passando a mão no cabelo. foi quando eu olhei para o teto da garagem, e vi lá em cima, vários retratos. não perfeitos, alguns embaçados outros de nós dois em memórias do verão, fotos de mim. nunca tinha percebido aquilo, nunca tinha notado que ela havia colado fotos nossas e fotos minhas no teto. aquilo significava algo? vi uma foto nossa no gramado do meu jardim, ela sorria tão intensamente que seus olhos se fechavam, eu sorria olhando para ela. havia ainda mais uma que era a mais linda que eu já vi: eu e ela, parecia que estávamos deitados na espreguiçadeira, ambos olhavam para a câmera mas nossos olhos estavam fechados, não me lembro da piada exata, mas me lembro que s/n riu tanto que soltou um peido, nos fazendo rir ainda mais, a foto estava tremida. tirei a mochila e o sapato e subi nas costas do sofá, me inclinando até chegar às fotografias.

---- o que você está fazendo, seu idiota? - de repente meu pé saiu do encosto, me fazendo cair com tudo do outro lado do sofá. minha bochecha acertou o chão e senti a visão borrar.

***

---- o que você tava fazendo na nossa garagem, cara? - steve perguntou me entregando um saco com gelo. passei água no machucado, gemendo de dor, coloquei o saco em cima. sabia que issie ia me encher depois, mas não importava muito naquele momento.

---- s/n ligou para você?

---- por que?! - de repente a cara de diversão de steve se transformou em pura preocupação. ---- aconteceu alguma coisa?

---- não sei... - achei que não teria problema contar para seu irmão já que ele cuidava mais da s/n do que sua própria mãe. e se s/n estivesse mal, eu sabia que steve ajudaria. ---- ela saiu correndo da escola, nem terminou o almoço. quando uma das amigas dela disse que diego havia saído da escola, ela nem pensou duas vezes, só saiu correndo da escola.

steve parou, passou a mão no queixo, olhando para a ilha da cozinha. eu estava sentado em uma das cadeiras, steve permanecia em pé diante da pia.

---- se ela correu quando disseram que o diego saiu, então ela está bem, louis. s/n só foi ajudar um amigo. ela é assim.

---- não acho que diego esteja em apuros, ele saiu da escola dirigindo o carro. se ele estivesse mal, teria deixado o carro, você não acha?

---- é complicado, louis - steve deu um tapinha no meu ombro, antes de subir as escadas, e disse : ---- e não é dá minha conta.

***

sai da casa de s/n e o sol já começava a desaparecer. eu podia ligar para diego, mas não tinha seu número. então sentei na calçada da minha casa e esperei. esperei. esperei.

esperei.

o sol já havia sumido fazia tempo e ela ainda não aparecera. issie chegou em seu carro recém-comprado e me chamou pra entrar. estava frio e eu ainda usava o uniforme da escola.

---- o que você tava fazendo na calçada? - issie perguntou quando entramos.

---- esperando.

subi as escadas que levavam ao meu quarto. sem o paletó do uniforme, me joguei na cama e suspirei outra vez. aquele dia parecia feito de suspiros meu.

levantei e abri a cortina. olhando sua janela. nossas casas ficavam praticamente coladas uma na outra, se eu fosse para a sacada, podia entrar em seu quarto pela janela. a luz permanecia desligada.

até que eu vi, no gramado: s/n e diego correndo em silêncio, como se estivessem tentando entrar de fininho. ela abriu a porta enquanto ele esperava a centímetros dela. a porta da casa dela se abriu e eu não vi mais nada. até eles chegarem no quarto de s/n.

rapidamente apaguei a lâmpada do meu abajur. s/n acendeu a luz de seu quarto, a cortina ainda aberta. eles se entreolharam por um tempo, ela sorriu para ele e ele sorriu de volta. pensei que fossem se beijar, mas se abraçaram forte.

s/n usava uma blusa de banda que se estendia até sua coxa. imaginei que fosse dele, esse pensamento me fez ter raiva de diego, por que ela usaria uma camisa dele se antes estava com a blusa branca da escola? cenas que eu torcia para que não tivesse acontecido iluminaram minha mente. s/n pegou uma camiseta e uma bermuda da gaveta e se trocou no banheiro.

diego se sentou em sua cama. senti ciúmes. eu nunca estive em seu quarto, muito menos em sua cama. kishimoto tirou o tênis, e permaneceu sentado onde estava, olhando nervosamente para todos os lados. ele tinha estado ali outrora mas sempre com outros amigos de s/n.

quando ela voltou, seu cabelo estava amarrado em um coque. me achei um stalker. a vi chegar bem perto dele que ainda estava sentado, e o abraçar. ela ainda em pé, enquanto ele revesava as mãos entre sua cintura e sua costela. senti ciúmes outra vez. apertei a mandíbula. queria gritar com ela. s/n não queria estar em um relacionamento comigo, mas levar um garoto para o seu quarto estava tudo bem?!

diego e s/n se soltaram do abraço, notei as mãos de diego permanecer um pouco a mais em sua cintura, mantendo ela perto. s/n deu a volta na cama e se deitou. diego fez o caminho contrário e se deitou do outro lado. eles se olharam. ela levou a mão para acariciar seu cabelo, eu não podia ver o rosto de diego.

eu tinha medo de que se desviasse o olhar eles fariam algo ali, mas também temia continuar olhando e ver algo que não queria.

não. não.

eu confiava em s/n. estava apenas cegado pelo ciúmes. ela não faria nada com diego enquanto ainda me desse esperanças. eles eram apenas amigos, ele precisava de ajuda e ela ajudou porque é uma boa pessoa.

NOTAS - como pular do primeiro para o último ano em dois, google pesquisar

owbddisbndososbejdk alguém me tira da escola pfv ela tá me matando wheres my fucking teenage dream eu tô---- IF SOMEONE TELLS ME ONE MORE TIME ENJOY UR YOUTH IM GONNA CRYY---- juro bozonaro vc prometeu

girlfriend.  louis partridgeحيث تعيش القصص. اكتشف الآن