⭟ | 𝐞𝐯𝐞𝐫𝐲𝐨𝐧𝐞 𝐢𝐬 𝐫𝐮𝐧𝐧𝐢𝐧𝐠 𝐚𝐰𝐚𝐲

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harris.

---- s/n voce viu minha... - pulei de cama e arrastei o cobertor comigo, fazendo com que eu batesse de cara no chão. com certeza ia ficar uma marca.

me levantei depressa, mas meu irmão já estava de braços cruzados olhando pra mim e pro garoto deitado na minha cama, ainda dormindo.

---- mas que p...

---- não é o que você tá pensando! eu juro! quer dizer, eu tô com roupa, né? e ele tá de roupa... huh

suspirei audivelmente. passei a não no rosto amassado pelo travesseiro e disse:

---- diego não estava bem, tá bom? então eu o trouxe pra casa, porque não queria que ele fosse pra casa dos pais. você sabe como o sr e a sra kishimoto são...

---- tudo bem - steve passou a mão no rosto, ainda receoso. ---- você vai pra escola? fiz café.

---- vou - olhei pra trás, para o garoto deitado na minha cama. ---- só vou... huh... acordar ele.

steve foi até minha cabeceira e pegou uma gravata que eu havia pego emprestado para uma peça de teatro na escola.

ele olhou para mim, ainda em pé usando shorts velhos e meias de hora de aventura, e saiu do quarto com sua gravata vermelha. não sei por que exatamente, mas eu suspirei de alívio. quer dizer, eu nem estava fazendo nada de errado, mas parecia que sim.

olhei de diego para minha janela com cortinas abertas. a janela de louis ficava de frente para a minha, mas sua cortina continuava fechada.

---- um...huh - diego murmurou, ainda sonolento. fui até a cama e balancei ele.

---- acorda - o balancei de novo. ---- diego, acorda!

---- você parece uma mãe - eu ri.

---- cala a boca.

---- uma mãe gostosa.

---- idiota.

me levantei e peguei a primeira roupa que vi pelo caminho. meu cabelo tava um lixo. ficaria surpresa se não estivesse, depois de um dia todo na praia.

---- você fica ainda mais feia quando acaba de acordar - diego cumprimentou quando veio ao banheiro escovar seus dentes. eu também escovava os meus.

---- você não fica diferente - mostrei a língua cheia de pasta de dente e ele me mostrou o dedo do meio em resposta.

terminamos nossos afazeres e descemos. steve não estava mais em casa, um post it azul colado na geladeira dizia "tem panqueca e café em cima da ilha. volto pro almoço. juízo! bj".

---- essa panqueca tá horrível - diego fez uma careta e bebeu café para aliviar o gosto na boca. ---- esse café também! podemos passar em algum lugar e comprar algo comível?

---- ele tá tentando, diego - mordisquei um pedaço da panqueca e conclui que estava realmente horrível.

---- seu irmão é incrível - sorri e ele também. ---- mas esse café da manhã tá terrível e merecemos coisa melhor.

---- você tem razão.

pegamos nossas mochilas e saímos de casa. finn não ia passar pra me buscar, ele havia se mudado para longe da minha casa, então não dava para dar a volta na cidade pra me pegar.

olhei para o outro lado da cerca, lá estava louis. me observando. aquele idiota bagunçado e complicado.

---- ei, louis! - meu amigo acenou para meu ex perto de seu carro. ---- pode nos dar uma carona? a gente tá atrasado.

diego passou um braço por cima do meu ombro e sorriu. alheio à tudo. e mesmo depois de tudo, louis podia recusar e nos deixar ir a pé. ou podia apenas dar uma carona para diego e me deixar, mas mesmo assim ele abriu a porta do motorista, e disse:

---- claro.

meio desconfortável, eu entrei no banco de passageiros com o diego, minha mochila em cima do colo. pelo espelho, eu podia vê-lo me encarando. será que se ele pular do banco da frente pro de trás e me estrangular diego vai para-lo? torcia para que não. só de estar naquela situação constrangedora perto dele já me fazia querer morrer.

ficamos em silêncio profundo até chegarmos ao estacionamento da escola. eu desci primeiro e diego veio atrás de mim.

---- valeu, cara.

---- é, obrigada! - eu disse antes de dar as costas para ele e sair andando.

---- s/a! s/a! - escutei alguém gritando de algum canto da escola. ---- s/a! - era sofia, vindo correndo igual um vulto em minha direção. ---- amiga, você não vai acreditar no que aconteceu. o que é esse roxo no seu rosto?

---- não é nada... o que aconteceu? - perguntei. esperava que não fosse nada muito ruim.

---- will. ele. me. mandou. uma. foto - sofia deu gritinhos antes de continuar, eu abri um sorriso. ---- do cachorro dele! sabe? aquele husky bonitão.

---- serio? assim, do nada?

---- é, ele falou, bem assim: "sabe, tava pensando em levar meu cachorro pra passear qualquer dia" e eu, fazendo a kátia, perguntei de que raça era e ele me mandou uma foto, s/a! e eu disse que ele era bonito como o pai e ele falou que puxou a beleza da mãe e mandou uma figurinha tipo, indicando que era eu!

sofia parecia prestes a desmaiar de tão eufórica.

---- peraí. ele disse que um cachorro era bonito como você? - diego perguntou sobre o meu ombro.

---- não dessa forma, né? quando voce fala assim parece que ele me comparou com um cachorro.

---- e o encontro ainda tá de pé hoje? - parecia impossível, mas assim que eu toquei no assunto sofia pareceu ainda mais animada.

---- sim! voce vai, né? por favor, não me dá um cano.

---- claro! claro - eu respondi meio sem graça. eu não queria ir pra começo de conversa, mas agora que louis e eu terminamos de verdade, é ainda pior. ---- mas eu pensei que... já que ele te mostrou até o cachorro dele... vocês, sei lá, poderiam ir num date sozinhos. só vocês e o romance, nada de duas velas ambulantes. sem louis ou eu pra atrapalhar a sua vibe. que que cê acha?

---- eu acho que ele tá tão nervoso quanto eu, por isso convidou o louis. e você vai vir comigo. pra arrastar o partridge pra longe. talvez dar uns amassos nele se você quiser. e me deixar sozinha com o will.

---- eu não vou dar uns amassos nele!

----- dar uns amassos no louis ?! - diego e eu dissemos em conjunto.

---- eu pensei que você quisesse, já que naquela vez que nós fizemos aquele desafio pra você sair com o nerd você disse que ele beijava razoavelmente bem.

----- eu não di...

---- espera, você beijou o louis partridge? - diego perguntou, a boca entreaberta como se estivesse... decepcionado?

---- quê? não. eu...

---- foi o que você disse pra gente - sofia falou.

---- por que eu sou sempre o último a saber das coisas?

vi de relance lágrima em seus olhos, mas ele desviou, olhou em volta e saiu pisando forte.

---- o que... exatamente aconteceu aqui?

---- eu... eu não sei - do outro lado do corredor eu vi louis partridge olhando para mim. ele bateu a porta do armário e também saiu andando na direção oposta. parece que as pessoas vivem fugindo de mim.

sofia apertou meu ombro e também seguiu seu rumo para sua aula de física.

girlfriend.  louis partridgeWhere stories live. Discover now