Capítulo LII

331 33 282
                                    

Jeong Heyoon POV

Após a transa, Sina e eu passamos algum tempo deitadas entre carícias, até que ouvi seu estômago roncar e ela confessou que a única coisa que fez no período em que estivemos separadas hoje foi dormir. Prontamente, a fiz levantar-se e me acompanhar a um banho rápido, onde tiramos mais algumas casquinhas, e então a deixei sozinha no meu quarto secando o cabelo enquanto eu descia para preparar algo para ela comer.

Voltei não muito tempo depois ao aposento, trazendo comigo uma bandeja contendo um prato cheio de dolsot bibimbap, dois hotteoks, um pouco de kimchi e um copo cheio de suco. A encontrei admirando uma foto antiga minha em uma das paredes do quarto, ela já estava vestida e seu cabelo caía leve sobre os ombros, livre da umidade recente. Ao notar minha presença, se virou para me encarar, o sorriso que ela já tinha adoravelmente no rosto apenas aumentando e sua expressão demonstrando certo espanto ao ver o que eu tinha em mãos.

— Uou! O que é tudo isso? Como conseguiu preparar tanta coisa rápido assim? — perguntou já me ajudando, segurando a bandeja.

— Só uma comidinha pra matar sua fome. Não devia ficar tanto tempo sem comer! — a repreendo, me sentando ao seu lado no chão, nossas costas contra a cama atrás de nós.

— Olha quem fala! Soube que não estava se alimentando direito. Vamos dividir, tem muita comida aqui. — Sina disse suavemente, tentando segurar o jeotgarak firmemente na mão.

— Não, eu já comi hoje, antes de você chegar. E não é comida demais, é só o suficiente! Nós duas sabemos que você e eu temos a capacidade de comer uma porção dessas tranquilamente. E eu fiz especialmente pra você, Sininho! — retruco, observando-a com atenção, esperando que ela começasse a comer.

— Certo... Nossa! Tem kimchi, panqueca, suco...— ia pontuando os elementos animadamente — O que é isso? — apontou curiosa para o prato no centro da bandeja.

— É Dolsot bibimbap. É como se fosse um risoto coreano. Nele vai arroz cozido, carne moída refogada, cebola e legumes como abobrinha, chuchu, berinjela, broto de feijão, nabo. Vai, experimenta! — explico, me sentindo ansiosa para que ela provasse o quanto antes.

Sim, me importava que ela gostasse da minha comida, porque além de querer agradá-la, era uma maneira de expressar meu carinho com as pessoas.

 Com um pouco de dificuldade, ela manuseou o talher oriental, pegando um montante daquele prato e preenchendo a boca. Algumas mastigadas depois numa feição neutra e ela finalmente expressou algo:

— Tá muito bom! — soltou numa voz meio embolada pela comida na boca, meu coração se aquecendo e um sorriso bobo fixado no meu rosto.

— Fico feliz que tenha gostado. — admito ainda assistindo-a, recebendo um olhar divertido dela, provavelmente me achando tola por dar tanta atenção a isso, o que me fez corar um pouquinho.

— Você tem mãos divinas até pra culinária. Todo prato que você faz fica gostoso. Aliás... tudo que você faz com essas mãos é gostoso. — adiciona sugestivamente, dando um rápido beijo na minha bochecha, o que talvez não tenha sido nada para ela, mas que pra mim, junto a forma como ela estava me tratando, só serviu para me fazer ficar ainda mais abobalhada por ela.

— Obrigada... — agradeci levemente corada, minhas bochechas queimando.

Felizmente, não muito depois, notei algo engraçado e desviei a atenção para ela:

— Você também tem muitas habilidades com as suas. Mas aparentemente usar o jeotgarak não é uma delas! — Compartilhamos uma gargalhada gostosa após meu comentário brincalhão.

Siyoon - Acorrentada (Chained Up)Onde histórias criam vida. Descubra agora