Capítulo 16

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No orfanato, Simone comunicou feliz:

- Amanhã um casal virá aqui para visitar vocês.

- Eles vão adotar alguém?

Perguntou uma criança.

- Eu não sei. Eles vem para uma visita mas, quem sabe,  pode ser que adotem sim uma criança.

Todas as crianças se animaram, e Diego  também estava animado, mas, logo essa animação foi trocada por um semblante de preucupação:

- O que voce tem Diego

perguntou Simone.

- Nada!

Ele tratou logo de dizer.

- Se não quiser falar eu entendo, mas,  se quiser conversar, todos  nós estamos sempre a disposição para  te escultar e te ajudar. 

- Eu sei disso, obrigado.

- Por nada!

Respondeu Simone e saiu de perto das crianças indo em direção a sua sala. Chegando lá, ela pegou seu celular e tentou ligar para uma amiga sua que era pscóloga, mas, não obteve sucesso, então descidiu deixar uma mensagem para ela:

Oi amiga, tudo bem? Então, como você sabe, eu sempre te procuro para conversar, mas, também quando preciso de ajuda com as crianças, afinal, além de tudo o que passam, eles não podem ter uma infancia normal, como as demais, e hoje não foi diferente. A uns dias atrás, um menino chamado Diego entrou aqui no orfanato, e para ser sincera eu acho que é a criança com o semblante mais triste que eu já conheci em todos esses meus anos como diretora... Ele presenciou a mãe asassinando o  próprio pai e depois que o pai morreu, ele ficou com a tia, pois, a mãe estava presa, e foi ai que a tia disse para ele que o pai mereceu morrer por ter traido a esposa, e o coitado do menino que não tinha culpa de nada do que houve, e era a maior vítima de toda história,  fugiu da casa dela na mesma noite, e agora que um assistente social o achou dormindo na rua e o encaminhou para cá, eu já percebi o quanto ele é arredio em relação a nós aqui do orfanato, porisso eu queria saber se você pode marcar uma visita aqui ao orfanato, tentar conversar com ele,  sabe? Acho que será muito bom para ele. Espero por sua resposta.

Simone terminou de digitar a mensagem e aguardou pela resposta da psicóloga, que em poucos minutos respondeu a mensagem:

Olá amiga! Tudo bem sim e com você?  Bem, em relação ao menino que você me falou, eu acho que você fez bem em me procurar, é bem provavel que ele esteja adquirindo um quadro de depressão.  Farei a visita em alguns dias, mas, peço que não comente nada com ele, e nem com nenhuma outra criança, quero chegar ai como uma visitante, como uma amiga, para que assim ele se abra com mais facilidade comigo... Não se preucupe, tenho certeza que dará tudo certo.
Um beijo.

Simone leu a mensagem e num alivio, respondeu:

Muito obrigada amiga!

Ela pensou consigo mesma:

"Paola precisa ajudar esse menino!"

As crianças depois do aviso de Simone sobre a visita do casal ao orfanato, foram dormir:

Diego se sentou na cama sem saber no que pensar:

- Se por um lado, quero sair daqui logo, por outro, estou morrendo de medo do meu pai ficar bravo comigo por que eu vou ter outra familia... Mas, eu quero sair daqui logo...

Mas e se algum dia alguém vir aqui me ver? A tia Marina não, por que ela não gosta mais de mim, mas e o Gustavo? E o tio Sérgio? Estou com tanta saudade deles... Será que se eu pedir a Simone, ela deixa eu ligar para o tio Sérgio? Tomara que sim.

Diego saiu do quarto, e foi até a sala de Simone na esperança de encontrá-la, apesar de já ser tarde.

Ele bateu na porta da sala de Simone, e ela ficou um pouco preucupada:

- Será que é uma criança? O que será que está acontecendo?

- Pode entrar!

Permitiu Simone vendo Diego surgir na porta.

- Diego? O que você faz aqui? Está se sentindo mal?

Perguntou ela preucupada.

- Não, quer dizer estou...

Ela percebeu o quanto ele estava confuso.

- Você está passando mal?

Perguntou ela.

- Não!

Respondeu Diego.

- É que eu queria falar com o meu tio, eu sinto muita falta dele, sabe?

Entendo.

Respondeu Simone.

- Bom está meio tarde, amanhã a gente liga para ele, tudo bem?

Diego se aboreceu, mas, compreendeu o que Simone quria dizer.

- Ah tudo bem!

Respondeu ele.

- Agora volte para o quarto, que já está tarde.

Diego saiu da sala de Simone e voltou para o quarto, deitou em sua cama, e em pouco tempo já havia dormido e estava sohhando.

Papai, você vai ficar bravo se eu for adotado?

Perguntou ele a Gilberto no sonho.

- Bom meu filho, agora que eu não posso mais cuidar de você, sua mãe e sua tia, aquelas duas imprestáveis, também não, o melhor que pode te acontecer é ficar com uma família legal, e se esse casal for mesmo legal, será muito bom você ser adotado.

A ultíma lembrança do sonho de Diego foi um forte abraço que recebeu de seu pai, um gesto tão forte, que chegou a sentir aquele abraço, como se fosse tudo real, e acordou já no dia seguinte, feliz por ter visto seu pai, mesmo que em sonho, e isso o revigorou muito.

- Poxa, que pena que a mamãe não estava no sonho também. Sinto tanta falta dela

A lágrima que correu pelo rosto de Diego o entristeceu, mas, mesmo assim, se levantou e foi se arrumar para a chegada do casal que visitaria o orfanato, com um único pensamento:

" Será que eles vão me adotar? "

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