Capítulo 36

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Olga estava em casa sozinha e, como fazia a dias, chorou ao se lembrar que seu filho em poucos dias estaria em outra casa. É claro que torcia muito pela felicidade de seu filho, sabia que ele e Baby se amavam, mas, mesmo assim, era difícil, seria uma mudança muito grande, Olga começou a pensar em como seria ficar sem Diego durante o dia:

- Torço tanto pela felicidade do meu menino. Como ele já deve ter sofrido. Como eu queria que ele conseguisse superar os traumas da infância dele. Como deve ser difícil se lembrar daquela cena.

Ela foi tirada de seus devaneios quando o celular tocou:

- Simone me ligando? Depois de tantos anos? Será que aconteceu alguma coisa?

Das duas perguntas que fizera a si mesma não conseguia responder nenhuma, porisso, só lhe restava atender e, descobrir o que estava acontecendo:

- Olá, bom dia Simone!

- Olga?

Simone perguntou.

- Sim, sou eu.

A mãe adotiva de Diego respondeu.

- Fico muito feliz por ter conseguido falar com você. Como estão as coisas?

Simone perguntou.

- Tudo muito bem, parece que foi ontem que eu vi Diego no orfanato e, hoje já se passavam seis anos. As vezes nem acredito que ele já está quase para se casar.

Olga confessou.

- Ah, sério? Tão jovem, mas, que ele seja feliz ao lado da da esposa. Mas, na verdade, eu liguei por que preciso tratar de um assunto delicado que envolve a mãe biólogica de Diego.

Simone começou.

- Meu Deus! Ela morreu?

Olga perguntou com receio.

- Não! Eu queria conversar com ele, pode ser?

- Bom, até poderia, mas, ele não está em casa, posso passar o número de celular dele se você quiser.

- Eu quero sim!

Simone disse e logo estava anotando o número de Diego.

- Muito obrigado pela ajuda!

A direitora do orfanato agradeceu.

- Por nada!

Olga respondeu e a ligação foi interrompida. A mãe adotiva de Diego pensava em como o filho reagiria ao ler essa carta. Como seria voltar a ver Elizabeth depois de tanto tempo. Em seis anos via como ele ficava arredio e tinha mágoas quando se falava de sua mãe biólogica, mas, o que lhe interesava era ver o filho feliz, e sabia que para isso acontecer, ele precisava se acertar com o seu passado.

Enquanto isso, na clínica, Baby realizava o ultrassom:

- Já sabe se é menino ou menina, doutor?

Ela perguntou.

- Sim.

O médico respondeu.

- É uma mocinha.

O casal se entreolhou e soriu.

- E já tem nome?

O doutor perguntou.

- Ainda estamos pensando.

Baby respondeu.

- Ah, entendo.

O médico respondeu.

- Está tudo ótimo com ela. Vocês não tem com o que se preucupar

- Que bom doutor!

Baby disse aliviada.

- Agora é só se cuidar, se alimentar bem e não deixar de fazer as consultas do
pré-natal, tá?

O médico pediu.

- Tudo bem doutor.

A moça concordou e logo estava saindo do escritório junto com Diego

- Fiquei tão aliviada quando o médico disse que está tudo bem com a bebê. Tinha tanto medo dela está abaixo do peso por causa dos meus enjoos.

Confessou Baby.

- Você acha que a gente vai conseguir cirar ela?

Perguntou Diego preocupado.

- Sim. A gente vai ter auxílio, e vamos aprendendo o que tem que aprender ao longo do tempo, dia após dias. Mas, não parece que é só isso que está te preucupando. O que está passando pela sua cabeça?

Perguntou a namorada do rapaz.

- É que eu estou com medo. Com medo de não ser um bom pai para a nossa filha, de não ser um bom marido para você, etc... Tenho medo de sermos para ela o mesmo que meus pais foram para mim...

Disse o homem.

- Calma meu amor, calma, tudo vai dar certo.

Disse Baby tentando encorajar Diego.

- Tomara que sim.

Respondeu o homem e os dois foram para casa. Já em casa, Diego estava pensativo e Olga veio até ele:

- Oi meu filho!

Ela cumprientou.

- Oi mãe!

Ele respondeu.

- Você e a Baby já estão pensando em algum nome para a bebezinha?

Perguntou a mãe adotiva do menino.

- Ainda não, mas, não é nisso que eu estou pensando.

Ele disse.

- E no que está pensado então?

Olga perguntou.

- Eu não quero que nem você, nem o papai fiquem bravos comigo, mas, eu quero ir ver a minha mãe na prisão...

Ele disse e focou esperando uma resposta de Olga.

- Meu filho, eu ia mesmo tocar nesse assunto com você, hoje a Simone me ligou, ela disse que um funcionário da penitenciária entrou em contato. Eles deixaram uma carta da sua mãe biológica lá no orfanato.

Olga terminou de falar e Diego estava trêmulo, de seus olhos caíam lágrimas incontroláveis:

- Ca-Carta? Que carta é essa?

- Eu não sei meu filho. Só você pode saber quando estiver com ela em mãos.

- Eu vou comprar uma passagem, vou até o orfanato amanhã, eu tenho que saber o que ela quer comigo.

Disse Diego.

- Você faz bem meu filho, você tem que se resolver com o seu passado.

Disse a mãe adotiva do menino. Naquele resto de dia, Diego ficou inquieto, só de pensar em ver Elizabeth depois de tantos anos já lhe despertava um misto de emoções:

Saudade, medo, remorso, tristeza... No dia seguinte, o homem acordou e mandou uma mensagem para Baby:

" - Bom dia meu amor! Então, hoje eu não vou estar em casa, vou até a cidade vizinha. Dizem que no orfanato onde morei tem uma carta da minha mãe biológica. Você sabe que não gosto de tocar nesse assunto, se pudesse apagaria toda a minha infância da minha memória, mas, é a minha mãe e eu não posso e nem quero ficar sem saber o que ela quer falar comigo. Não quero me arrepender depois.

Ele terminou de digitar e enviou a mensagem para Baby, que pouco tempo depois respondeu:

- Bom dia meu amor. Que bom que você tomou essa descisão, acho que te fará muito bem. Faça uma boa viagem. Te amo muito.

Logo depois Diego já estava na rodoviária de sua cidade:

- Será que é certo o que estou fazendo? Será que não é melhor deixar tudo como está?

Ele se perguntou.

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