Talvez essa seja a minha maior mágoa.

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Eu ainda me lembro
das vezes em que você surtava
e nada do que eu dizia adiantava,
me sentia inútil por não conseguir
ajudar quem eu mais amava.
Você costumava me atirar palavras
que cortavam a minha alma,
desejos incontroláveis e sombrios
pelos que são sangue do meu sangue.
Meus amigos me alertavam
do seu comportamento doentio
ao dizer coisas terríveis sobre
quem eu me importava
com uma naturalidade assustadora.
Incontáveis vezes
que eu suplicava pra você parar
porque aquilo tudo me machucava,
só que nunca fez questão de
me escutar.
Milhões de vezes silenciada,
eu apontava seus erros,
tentava te explicar
pra no final você me fazer
ser a culpada.

Eu abri mão dos lugares que eu
queria estar com a minha família
só porque queria te ver bem,
mas o seu ódio era maior do que
seu amor por mim.
Todas as vezes em que eu me senti
obrigada em esconder o quanto
eu queria que viesse na minha casa,
falasse com a minha mãe
e você desprezava.
Eu desisti de me abrir pra você
quando percebi que nada do que dizia
era levado à sério,
do que adiantava eu gastar meu tempo
tentando te fazer entender
as dores que me causava?

Você mentiu pra mim tantas vezes
enquanto eu sempre fui clara
e quando liguei os fatos
daquela sua amiga
com a forma como você agia
e as mentiras descobertas,
eu fui taxada como a paranoica
digna de um cargo de diretora
da Netflix.
Quando eu conto nossa história
as pessoas nem conseguem acreditar
no quão paciente eu fui pra aguentar
por tanto tempo
um grande filha da puta
igual você.
São tantos momentos pra recordar
e toda vez que isso acontece,
me prova ainda mais que a única
coisa boa que fez por mim
foi me abandonar.

As galáxias que habitam em mim.Where stories live. Discover now