Você é real?!
Sou mais real do que imagina!
Os olhos, achavam que eram fantasmas, por terem se visto no pior momento de suas vidas, mas ao se encontrarem novamente percebem que são mais reais do que imagina, só não imaginam que o passado de ambos f...
Touch me, yeah I want you to touch me there Make me feel like I am breathing Feel like I am human — A little Death, The Neighbourhood.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
La déesse de la vitesse - Laurah Lkayios Marchioro Ribs
7 de setembro de 2019 Itália, autódromo nacional de Monza.
Duas horas de carro de Grisignano di Zocco até Monza, não foram tão cansativas essas duas horas, a vista e a música tocando no rádio ajudava, mas mesmo assim era estranho ir para uma corrida e não ver uma das pessoas que você mais amou junto com você na hora das corridas.
Eu e Davi fomos em carros separados, assim não precisavamos depender da carona um foi outro, ele queria conhecer Monza, enquanto eu, só queria ficar trancada no meu quarto e não sair de lá, só para ir no circuito e voltar correndo pra cá.
Ainda era difícil, acordar todos os dias e perceber que eu não iria mais acordar com alguma mensagem de Anthoine, dele me dizer que está orgulhoso de mim, dos seus abraços...eu não conseguia mais dormir, todas as noites tinha pesadelos com aquele acidente, e o fantasma dele vinha me assombrar, acordava em pulos, suando frio e sempre corria para o banheiro, enfiava a cabeça dentro do chuveiro e tomava um banho frio, eu saía sem encarar o meu reflexo no espelho, por medo que ele aparecesse atrás dela. Acho que é o efeito de tantos remédios controlados que estava tomando.
Eu acordei, viro para o lado, a cama está vazia, sento e olho para o lado, na mesa de cabeceira havia um bilhete, junto com um girassol e café da manhã.
''Bom dia vida, espero que tenha acordado bem, sai com Robert e Marcus para conhecermos Monza, não quis te acordar, e sei que você não esta com vontade de sair do hotel, e só sai para ir ao autódromo, mas tenta dar uma saidinha para respirar um ar fresco pelo menos. Beijo, te amo. Davi.
Enquanto tomo meu café, vou folheando o jornal, meu coração para, a xícara de café cai e então eu olho as fotos que estão estampadas em 5 páginas de jornal. Não tinha indícios que teria uma metria desse tipo, a raiva vai me consumindo aos poucos, eu rasgo o jornal, meus travesseiros e cobertas voam pelo quarto, livros são jogados e objetos são quebrados.
Era uma crise de raiva.
Havia tempos que eu não tinha uma, procuro evitar espelhos, evitar tudo que refletisse a minha imagem, nesses momentos eu me odeio com todas as minhas forças.
O espelho que havia no quarto, o único foi quebrado, quando arremessei um vaso contra o mesmo. Precisava parar...precisava parar antes que me machucasse, então não teria mais volta.
Pego o primeiro short e casaco que vi pela frente, diante aquele caos todo, pego as chaves de meu carro, e saio sem rumo por Monza.
Eu deveria parar de fazer isso, poderia sair e nunca mais voltar, talvez era isso que quero, o tempo todo.
