TE ENCONTREI

O E N C O N T R O

Estou indo para a casa da Dilen, nem acredito que depois do contrato de casamento assinado por ela e o Marcos, irei participar da farsa para enganar sua família.

Tudo porque eu tive a brilhante ideia de falar para o meu amigo que a Dilen era um modelo ideal de esposa para ele, pois por pressão de sua família para casar e por não querer assumir a filial da sua empresa no Rio de Janeiro, aproveitou a oportunidade que a Dilen está lhe devendo dinheiro em troca da dívida ela terá que casar com ele.

Passei a noite pensando como fazer para esses dois se apaixonarem, acredito que a Dilen será capaz de derreter o coração de gelo do meu amigo. Desconfio que ela tem o coração quebrado tanto quanto o Marcos.

Combinamos de nos encontrarmos perto da casa dela, estou levando sobremesa.

-Marcos que bom que chegou, entra!

-Obrigado Mary, trouxe esse arranjo para você.

-Não precisava, mas eu agradeço é lindo, amo orquídeas.

-Esse aqui é o Victor, meu amigo e irmão, a Dilen o convidou.

-Sem problemas, prazer Victor! Vamos entrar.

Finalmente conheci o Ruan, sobrinho da Dilen, filho da Mary, e me apaixonei assim que falou comigo.

Sua família é muito receptiva, me surpreendi vendo o Marcos tão à vontade, parecia conhecê‐los há muito tempo. Após ser apresentado a todos iniciei uma conversa com Tony, irmão da Dilen, e o Marcos.

A Dilen com a Sara, sua mãe, Mary e a Fernanda, noiva do Tony, foram finalizar o almoço, estamos na área gourmet que é muito aconchegante e espaçosa.

-A Dilen sempre fala de você Tony e da sua paixão por carros.

-A minha maior paixão é consertá‐los já que não tenho dinheiro para comprar. -Tony responde enquanto cuida das carnes na churrasqueira.

-Você atende qual tipo de veículo? -Olho para o Marcos, pra não levantar desconfiança de que não sabe nada da vida de sua namorada.

-Ela fala "oficina do Tony," mas não diz que tipo. -pergunto pra o Tony pra não prestar atenção no Marcos.

-É tipo da minha Pequena falar isso. Primeiro aposto que nunca falou que é sócia na oficina. -negamos com a cabeça e novamente olho para o Marcos ficar calado. -Segundo em breve ela não será apenas uma oficina, mas "oficina multimarcas" compramos o imóvel do lado, iremos ampliar nossos serviços.

Ele fala empolgado, tanto que larga os espertos de carne e tira o celular do bolso para mostrar fotos da sua oficina e do novo prédio.

-Já sabe como vai fazer para reformar? -pergunta o Marcos.

-Não. Nem sei por onde começar, tenho muitos planos, mas a Dil vai encontrar um projeto para nós. -Ele diz sem olhar para nós pois voltou a churrasqueira.

Olho para o Marcos parece que entende a minha sugestão. E sorrimos ao olhar para Dil.

-Tony, sabia que a Dil já tem um arquiteto para fazer o projeto? -pergunto.

-Não, ela não tem! Eu pelos menos não estou sabendo. -Ele nos olha por tempo sem entender. - Não gente por favor! A Dil vai me matar.

-Ela está vindo conversem que vou falar com ela. -chamo a Dil para sentar comigo à mesa.

-Está tudo bem depois de ontem? - falo baixo.

-Sim. Não se preocupa e obrigada por ficar ao meu lado.

-Agora somos cunhados e amigos? -pergunto pra que não haja dúvidas das minhas intenções por ela. Que sorri ao me responder.

-Sim. Somos amigos...