Capítulo II: Heróis

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Yuki andava, alegremente, pelas ruas da cidade, ao lado de Yato

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Yuki andava, alegremente, pelas ruas da cidade, ao lado de Yato. Mais uma vez, os dois iam juntos para suas casas, após sua aula.

Yato era um menino baixinho e que, normalmente, estava com uma expressão engraçada no rosto — como se estivesse maquinando um plano para aprontar com alguém. Ele tinha cabelos bem escuros e olhos azuis claro, com uma individualidade bem útil de fazer com que espadas de energia surgisse em suas mãos sempre que queriam.

— O All Might era bem legal como número um. — Yato comentou, animado. — Mas o Endeavor é bem estiloso, como um herói número um. Ele e o Hawks pararam aquela coisa e se machucaram feio, mas ainda assim ele levantou o braço vitorioso! Foi tão incrível! Ainda não acredito que você não viu...

Yato tagarelava sobre heróis, sua grande paixão, enquanto Yuki apenas sorria para ele, sem entender direito do que ele falava.

Era verdade que o pai tinha falado para ela não mencionar mais sobre o assunto, mas, em sua defesa, ele havia dito para não falar sobre eles em sua frente, e, naquele momento, estava apenas ela e Yato.

Ainda assim, a menina estava perdida sobre o tema. Ela não sabia quem eram esses que Yato mencionava. Na verdade, até sabia quem era All Might, já que já tinha ouvido falar muito sobre o herói número um. Mas Endeavor, Hawks... esses, realmente, ela tinha ouvido falar bem, bem por cima.

— Eu queria uma action figure do Hawks, mas mamãe falou que é muito caro. — Yato ganhou uma expressão triste. — Ele é meu favorito.

— Espero que você consiga comprar. — Yuki falou, se esforçando para parecer bem entendida do assunto.

— Yuki, você não quer uma figura de ação do seu herói favorito? — o menino questionou. — Aliás, eu ainda não sei qual o seu herói favorito.

— É que... bem... — a garota pensou. — Eu gosto de muitos. Acho que não elegi um favorito.

— Ah, vamos! — Yato falou, euforicamente. — Todo mundo tem um herói favorito. Eu gosto bastante do Hawks porque a minha mãe sempre fala que ele é bem bonito. Eu não acho ele bonito, mas é legal e, de tanto ela falar, eu comecei a gostar bastante dele. Qual o herói favorito do seu pai?

Nesse ponto, os neurônios de Yuki estavam fritando mais que a sua individualidade fritava o seu corpo.
Ela queria, urgentemente, fugir dessa conversa. Achava estranho o seu pai não gostar de heróis e, tinha quase certeza, era melhor para os dois que esse pensamento dele ficasse só entre pai e filha mesmo.

— Bem, eu nunca perguntei isso a ele...

Yuki parou, repentinamente, ao ver Yato ficar eufórico.

Olhando para frente, ela viu que alguns heróis estavam patrulhando a cidade. Mais especificamente, um herói alto e forte, com cabelos ruivos e uma roupa que lembrava chamas. Ao seu lado, um loiro baixinho com jaqueta amarela e asas vermelhas. Mais atrás, três jovens, que não deveriam ter mais de dezesseis anos.

— Eu não acredito! — Yato se apressou, com os olhos brilhando. — Eu sou um grande fã!

Ele correu, indo em direção aos heróis. Yuki não teve outra alternativa além de segui-lo.

— Senhor Hawks, eu sou um grande fã!

O loiro sorriu alegremente, afagando os cabelos de Yato — provavelmente, nesse ponto, o menino estava quase desmaiando. Espero que ele não surte e tenha um piripaque, por que não vou levá-lo em meus braços para casa.

— Olá, garotinho. — o herói falou, de forma amigável. — Fico feliz que goste tanto do meu trabalho. Quer um autógrafo?

— C-claro! — ele gaguejou, retirando de sua mochila o caderno da escola. — E-eu nem acredito! Sou a pessoa mais feliz do mundo!

— Pois acredite. Você teve a oportunidade de conhecer o Hawks! — o herói, Hawks, sorriu. — E, claro, o Endeavor. Não que seja tão importante assim...

Yuki olhou para o outro homem. Olhando de perto, ele realmente parecia assustador. Ele era enorme e musculoso, e ostentava uma cara séria e uma cicatriz feia no lado esquerdo do rosto. Assim que o herói grande percebeu que Yuki fazia contato visual com ele, o homem devolveu a olhada, estudando a menina. Ela rapidamente desviou o olhar, pois se assustou bastante com a seriedade do homem.

Realmente, tão assustador.

— E eu também sei quem são vocês. — Yato apontou para os três adolescentes que estavam com os heróis. — São os alunos da UA! Eu vi o festival de esportes. Midoriya-san, Todoroki-san, vocês foram incríveis!

— Obrigada! — o garoto de cabelos verdes agradeceu, com um sorriso tímido, enquanto o menino de cabelos vermelhos e brancos apenas balançou a cabeça, de forma positiva.

— Eh?! — um deles, um loiro de olhos vermelhos gritou, parecendo extremamente irritado. — Por que só menciona esses dois figurantes?!

— Ah, é. — uma gota de suor caiu pelo rosto de Yato. — Você é o Bakugou. Foi muito engraçado como você surtou na hora de entregarem as medalhas.

— O que você disse, pirralho?! Eu vou te matar!

Então os heróis realmente machucam as pessoas!

— Não fale dessa forma. — Endeavor o repreendeu. — O que as crianças vão pensar?

— Eu espero vê-los como heróis no futuro! — Yato ignorou o comentário do loiro, e sorriu alegremente.

Yuki estava calada demais. Tão calada, que chamou atenção para si.

— E, você, floquinho de neve? — Hawks olhou para ela, ainda sorridente. — Também quer um autógrafo?

O maior problema de Yuki é que ela não sabia dizer não. A verdade é que não queria que o pai encontrasse o autógrafo de um herói, mas também não saberia dizer não ao herói.

— S-sim. — ela retirou o próprio caderno.

— Para quem eu assino?

— Yuki. — a menina respondeu.

— Realmente um floquinho de neve. — Hawks comentou, enquanto assinava.

Após mais alguns segundos, eles se despediram dos heróis — e dos futuros heróis. Porém, Yuki não pôde deixar de notar que o herói grande e assustador, Endeavor, ainda a olhava de forma questionadora. Seja lá o que fosse, isso a assustou um pouquinho.

— Eu vou emoldurar esse autógrafo! — Yato falhou, olhando para o autógrafo de Hawks. — Você também vai colar o seu na parede?

— Eu ainda não sei. — Yuki deu de ombros. Na realidade, ela estava tentando imaginar um local onde seu pai não fosse encontrar o pedaço de papel.

Era verdade que ela podia, simplesmente, jogar no lixo. Mas, por algum motivo, queria manter guardado.

Eles foram legais com ela e Yato — com exceção do menino loiro de olhos vermelhos, que ela descobriu se chamar Bakugou. Talvez os heróis não fossem malvados como o seu pai havia lhe dito.

— Eu não acredito que conhecemos os heróis número um e número dois! — os olhos de Yato brilhavam.

— Eles realmente pareciam ter tanto poder. — Yuki comentou. — Parecem tão incríveis.

Que papai não me escute falando isso, completou, mentalmente.

Após alguns minutos mais de caminhada, eles chegaram no prédio onde viviam. Yato entrou em sua casa, acenando alegremente para Yuki.
Ela fez o mesmo e, ao entrar em sua casa, percebeu que o pai ainda não havia chegado.

Suspirou.

Rapidamente, jogou sua mochila no canto da sala e amarrou o cabelo albino em um rabo de cavalo e se dirigiu para o cozinha.

— Quando chegar, papai vai ficar feliz se o jantar já estiver pronto.

the villain's miracle [DabixChildReader]Where stories live. Discover now