cigarettes never work

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JK POV

Tento me focar nos meus estudos, enquanto o meu celular não para de vibrar.

Não me atrevo a descobrir quem é que está me ligando tantas vezes, pois os exercícios que estou fazendo são super importantes e perder o raciocínio não é opção.

A biblioteca vazia da faculdade é um dos melhores lugares para passar uma quinta feira chuvosa e escura. A bibliotecária de um metro e meio está comendo uma salada fria, o seu jantar, e assiste qualquer coisa no laptop. Apenas, eu, ela e uma menina bem longe de mim ocupamos o recinto.

A tempestade que cai lá fora é bastante forte, por isso muita gente optou por não sair de casa e consequentemente não comparecer na universidade.

E eu também queria estar bem quente embrulhado numa manta agarradinho com Taehy, mas as obrigações chamam.

Me levanto e vou até a uma estante para pegar num livro que me ajude a resolver o exercício. Procuro incessantemente pelos corredores.

Os imensos corredores cheios de estantes recheadas de livro carregam diversas memórias minhas.

Principalmente os beijos que troquei, maioritariamente com garotas, comigo no meio das pernas delas enquanto as mãos pequenas agarravam meu cabelo e mordiam os meus lábios.

Mas nada disso se compara a beijar os lábios macios de Taehyung e aos beijos calmos que saboreamos. A maneira como ele me deixa comandar todo o beijo, mesmo quando ele o inicia e como seu corpo amolece e confia em mim.

Uma semana e meia se passou desde a última vez que o beijei e consequentemente a última vez que estivemos sozinhos.

Entre estudar, resolver as coisas da banda e aulas, não tivemos muito tempo juntos, para além de alguns almoços onde os meninos e Jimin estavam presentes e nada rolou.

Apesar dessa infelicidade, os almoços e lanches eram bem divertidos. Principalmente por Yoongi, que foi perdendo a sua pose de durão com Taehy e agora Kim era o mais novo protegido do nosso grupo.

Yugyeom o chamava de bebê o tempo todo e a ideia de chamá-lo de hyung passava longe. Hoseok ficava conversando com ele e aparecia do nada com lanches insistindo para que Taehy comesse o que ele, com muito trabalho, tinha cozinhado.

E eu ficava admirando as suas bochechas vermelhas e os seus olhinhos brilhantes toda a vez que alguém elogiava qualquer coisa nele.

Ele estava sendo bem recebido pelo nosso grupo, embora Yugyeom e Hoseok não soubessem da nossa situação.

Yoongi sabia. Ele era perspicaz e não demorou muito para levar um sermão de meu hyung baixinho e raivoso, que me julgou friamente e depois comprou leite de banana para se redimir.

Jimin era super sociável e animava as conversas com as suas histórias. Embora as minhas interações com ele fossem mínimas. Não queria alimentar mais esperanças.

E eu bem via como ele me olhava, e sempre me questionava onde eu estava indo, o que ia fazer.

Parecia estranho, um pouco até... obcecado?

Mas estava tudo no caminho certo, tirando Taehyung adiando a conversa com Jimin.

Um suspiro triste escapa de minha boca, talvez chamar Taehy para jantar comigo mais tarde e falar sobre isso seja uma boa ideia.

Quando pela a sexta vez, sinto a vibração do meu celular atendo. Não sem antes admirar o meu papel de parede, que tinha o Kim dormindo na minha cama confortavelmente.

Não sei se ele sabe que é o meu fundo do celular, mas já imagino a sua voz emburradinha me repreendendo por andar com uma foto dele estampada.

Levo o celular ao meu ouvido e, para meu espanto, ouço uma voz bêbada e ofegante do outro lado.

rock; taekookWhere stories live. Discover now