cruel summer

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Quase dois meses sem capítulo, os leitores de rock são guerreiros <3 Atenção, capítulo somente parcialmente revisado.

TAEHYUNG POV

O silêncio dentro do veículo é gritante. Ele não está de acordo, com as minhas escolhas, eu sei disso e no entanto nem isso o impediu de me trazer em segurança até ao aeroporto.

Eu dei voltas e voltas nos últimos três dias e cheguei a uma única solução possível. Me afastar tanto emocionalmente como fisicamente de Seoul.

Eu gosto da minha vida calma, leve e pouco conflituosa. E os acontecimentos anteriores foram tudo menos isso. Os olhares raivosos de Jimin, a voz quase que furiosa de Jungkook me pedindo para não o deixar e a malícia do olhar de todo mundo sobre mim, é muito mais do que o meu mundinho de emoções pode levar.

Nunca escondi de ninguém que gosto de calmaria e baseado em tudo o que ocorreu, a minha vida estava andando para um monte de problemas.

O guitarrista tatuado ao meu lado, não enunciou uma única palavra, eu sei o que ele pensa. Que estou fugindo, que estou me escondendo.

Talvez eu esteja mas essa é a única forma que eu encontro de cuidar de mim próprio. Voltando para o meu porto seguro, Daegu.

Onde vou poder estar com a minha família, que me ama. Vou poder estar no lugar onde cresci e cuidar da minha saúde mental.

Repensar em que rumo deve a minha vida levar.

Jeon dá um suspiro alto e me traz de volta para o ambiente frustrado do veículo. Seus olhinhos estão vidrados na estrada e parece estar me ignorando.

— Talvez eu tire a carta de motorista lá e assim você não vai mais ter de me levar para os lugares — brinco, vendo os seus músculos tensos, ficarem ainda mais contraídos.

A sua mandíbula está trancada e sua face é ilegível. Ele me olha rapidamente, duro, e sua língua toca na sua bochecha interna.

Não é um bom sinal. Mas não vou deixar que as suas expressões faciais me julguem e me façam mudar de ideias.

— Levar você para os lugares é o menor dos meus problemas, Kim — dita e a pronúncia enraivecida do meu apelido me faz encolher levemente por dentro, mas não o demonstro.

Se demonstrar que há uma mínima chance de eu não ir, Jungkook vai se aproveitar disso e vai me convencer a ficar. Eu sei disso.

— É, mas deve ser chato, ter que ser sempre você conduzindo — concluo, levando uma mecha de meus cabelos para trás da orelha.

— Não, é. Além do mais você costuma ser um bom copiloto — confessa, e o que parece ser um elogio sai tão rígido que me faz fechar os olhos com força e respirar fundo.

— Jungkook, eu sei que você está chateado, mas você quer mesmo que os nossos últimos momentos por algum tempo sejam assim? — pergunto e não obtenho resposta.

— Você fala como se não fosse voltar.

É a minha vez de suspirar. Toco nas minhas coxas, agarrando a carne com força. Ele é tão difícil, quando quer.

— Eu vou. Eu só preciso colocar a cabeça no lugar e possivelmente de algum apoio psicológico — confesso — Isso tudo não foi fácil para mim, Guk. Nem para você. Isso vai ser bom, você vai ver.

— Você está se escondendo da situação. Eu não acho isso correto, você acha?— pergunta, quase como chateado consigo mesmo.

— Você não tem que achar nada, Jungkook.

rock; taekookOnde histórias criam vida. Descubra agora