Until my heart stops beating - Harry James Potter

Capitulo vinte e seis - Noite bem dormida.

-Que porra foi essa, Harry? –Hermione o chama, parando-o antes que tenha chance de ir mais longe.

-O que foi agora, Hermione? –Ele vira na direção dela, com a expressão mais do que impaciente, arrumando os óculos.

-Ainda tem coragem de me perguntar? –Ela se aproxima, cruzando os braços, com um olhar ameaçador. –Que porra foi aquela com a Emma? Como você tem coragem de trata-la daquele jeito? Na frente de todo mundo ainda por cima. –O Potter abaixa o rosto, respirando pesadamente, com um ar cansado.

-Posso saber o que você tem a ver com isso?

-O que eu tenho a ver com isso? Além do fato de você acabar de ter sido um cuzão com a minha melhor amiga? –Ela aumenta a voz. –Que porra deu em você essa semana, em?

-Que porra deu em mim? –Debocha, com uma risada seca. -É você quem está gritando no meio do corredor.

-Sério? –Ela pergunta, com um suspiro. –Esse mal humor, tratando o mundo inteiro com grosseria. –Espera uma resposta que ele não dá.- Tudo bem. Quer saber? Foda-se. Eu não vou ficar te dando sermão. Vai lá, faz o que quiser e acaba perdendo a melhor coisa que já aconteceu na sua vida.

-Hermione, fica na sua. -Ele da alguns passos para trás, voltando para frente. Demostrando agitação, passando sua atenção de um lado a outro, sem foco. -Acha que eu estou me divertindo com essa merda? –Ele abre os braços. –Acha que tem alguma moral para julgar a forma que eu lido com meus problemas ou com meu relacionamento?

-Não. Não, eu não tenho. Mas não é porque você tem problemas que pode descontar isso em nós, principalmente na Emma, depois de tudo o que aconteceu e o tanto que ela admira e defende você, eu não vou permitir que você a trate como uma qualquer,  como você tratava qualquer outra.

-Ela foi reclamar sobre nós para você?

-Tá de brincadeira comigo? –O fulmina com o olhar, em completa indignação. –A única pessoa que não está reclamando do seu comportamento deplorável e desejando jogar você da torre de astronomia é a Emma. Está pedindo para termos paciência com seu luto, e sermos compreensivos com você. Mas sabe o que ela disse para mim? Que achava que você tinha se cansado dela, pensa que perdeu a graça para você. –A máscara de indiferença, que ele achava erroneamente conseguir manter, cai em frangalhos, e o semblante de Harry se torna mais sombrio e abalado. –Deixe de ser egoísta por meio segundo e vai ver a dor que está causando nela.

-Vai se ferrar, Hermione. -Exclama, sem tanta convicção, sua mão se agitando, suando frio. -Você não sabe do que está falando. –A voz dele falha. Sua postura afetada, se torna ainda mais perturbadora, quando ela percebe seu lábio inferior tremer.

-Termina com ela se não consegue lidar com essa relação, antes isso do que fazer aquela pessoa incrível sofrer com a sua falta de noção. –Diz com pesar. Havia apoiado e torcido tanto para que dessem certo. Era terrível notar o mal que Harry estava fazendo a Emma. -Sério, nunca imaginei isso vindo de você.

-Cuida da sua vida, ok? –Ele vira para continuar o caminho para longe da comunal. Mas Hermione o chama de novo, forçando-o a falar com ela. –Acha que eu quero terminar? Logo você acha isso?

-Notou a forma que está agindo com ela? O que acha?

-Eu não consigo. -Harry fecha os olhos em agonia, com a mandíbula cerrada, puxando os fios escuros com a própria mão. –Eu tentei, várias vezes.

-Eu não estou te entendendo...-Ele interrompe a bronca.

-Eu a amo. Acha mesmo que não percebi a porra do desastre que tornei a vida dela? Eu já tentei terminar, a semana toda, mas não consigo. –O semblante da Granger fica ainda mais confuso.