── "Não deixe que nos encontrem ou estamos mortos."
ㅤㅤㅤO Reino de Saphir se vê em meio uma crise quando um justiceiro misterioso decide agir com as próprias mãos, efetuando diversos assaltos sem deixar rastros.
ㅤㅤㅤPrincesa Caroline, intrigada com os...
"Eu estou cansado e estou perdido Eu não quero ser encontrado [...] Você não irá lutar por aquilo que você quer?"
(Sleeping with Sirens.)
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CAROLINE HARRIS Princesa do Reino de Saphir
Eu entendo minha mãe não querer que eu saiba o que está acontecendo, provavelmente ela pensa que ainda não sou madura o suficiente. Mas, apesar de entender, não prometo deixar esta história para lá.
Ela saiu há poucos minutos com Eratos para resolver alguma questão que desconheço, então essa é a hora perfeita para, finalmente, descobrir o que estava escrito naquela carta que deixou mamãe tão irritada. Só tem um problema: o escritório sempre fica trancado e apenas minha mãe tem a chave.
Ainda é um mistério para mim o motivo da rainha não deixar que nem mesmo eu, sua própria filha, entre naquele escritório sem a supervisão dela. São raras as vezes que sou permitida entrar naquela sala e todas as vezes não posso mexer em nenhum arquivo, nenhum livro. Pelo menos sou permitida de sentar nas cadeiras. Que gentileza...
Caminho rapidamente pelos largos corredores do castelo.
A única coisa que sei é que ela esconde a chave no quarto. Talvez eu tenha sorte hoje.
Cheguei ao quarto dela e fechei a porta.
── Onde está você? ── perguntei retoricamente, me referindo a chave.
Começo pelo o que é mais óbvio para mim: a mesa de cabeceira.
Abro a primeira gaveta e não encontro nada. Na segunda não há nada também. E na terceira menos ainda.
No outro móvel, encontro jóias e mais jóias, mas nenhum sinal da chave.
Reviro o armário, tentando ao máximo não bagunçar tanto para não mostrar que alguém esteve aqui. Só encontrei vestidos glamourosos.
Embaixo da cama há uma caixa e pensei que já tivesse achado a chave, mas abri a caixa e eram só mais algumas jóias. Decepção. Exceto pelo barulho que soou quando pousei a caixa no chão novamente. Era um barulho de metal em contato com pedra, e o chão era de pedra.
Peguei a caixa novamente e quando olhei embaixo dela, a chave estava lá presa no fundo da caixa. Satisfação.
Com a chave em mãos, corri para escritório e, pela primeira vez, eu estava dentro daquele cômodo sozinha. Meus olhos fazem questão de observar cada canto daquela sala. As enormes estantes que vão do chão e tocam o teto, cheias de livros e arquivos deste reino, de partes deste mundo.
Minha vontade é passar a tarde inteira aqui, lendo tudo que minha mãe esconde de mim e de todos que passam por este castelo, mas não sei quando tempo ela vai ficar fora, por isso, preciso ser rápida.
