── "Não deixe que nos encontrem ou estamos mortos."
ㅤㅤㅤO Reino de Saphir se vê em meio uma crise quando um justiceiro misterioso decide agir com as próprias mãos, efetuando diversos assaltos sem deixar rastros.
ㅤㅤㅤPrincesa Caroline, intrigada com os...
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NARRADORA Reino de Saphir
O centro comercial de Saphir começa a se agitar logo cedo. Comerciantes acordam mais um dia para tentar sobreviver de suas vendas, plebeus vêem os preços aumentarem e o alimento em suas mesas diminuírem. Uma população inteira que não recebe nenhum suporte daquela que os reina.
O mais incoerente em toda a história é que dentro dos limites do Reino de Saphir há inúmeras jazidas de safira, que deram nome ao reino, e grandes minas carregadas de muitas riquezas naturais. Um reino rico em recursos mal distribuídos.
Mason Floyd, um dos plebeus, entra na ferraria, fazendo o sino acima da porta soar.
─ Vim buscar o meu arco ─ anunciou ele.
─ Bom dia para você também, Mason ─ retrucou seu amigo Gregório, filho do dono da ferraria, que moldava um machado.
─ E o que há de bom?
─ Me pergunto se algum dia ainda o verei de bom humor... Bem, seu arco ainda não está pronto ─ ele colocou seus óculos na cabeça e se apoiou na mesa em que trabalhava.
─ O quê? Gregório, você me disse que estaria pronto hoje pela manhã.
─ Eu sei, mas fiquei ocupado com as coisas da ferraria. Estou tocando tudo aqui sozinho ─ explicou, voltando a atenção ao machado.
─ Sua mãe ainda não melhorou? ─ pela primeira vez, Mason não reclamou desde a hora que acordou.
A mãe de Gregório havia adoecido há alguns dias e seu pai estava em casa cuidando da esposa, deixando todo o trabalho da ferraria para o filho.
─ Não completamente, mas ela já está melhor.
─ Sabe que pode contar comigo para o que precisar ─ Mason o lembrou.
─ Quer ajudar? Então continue o que está fazendo. Você é a única esperança deste fim de mundo ─ Gregório levou mais metal para o fogo. ─ E eu vou terminar seu arco assim que as coisas se acalmarem um pouco, está bem?
─ Tudo bem. Eu sei que está ocupado e eu não pretendo tomar muito mais do seu tempo, mas só queria que soubesse que esta noite darei início ─ sussurrou Mason.
─ Tome cuidado, não quero você morto na minha porta amanhã ─ Gregório brincou.
─ Você não vai se livrar de mim tão fácil ─ um pequeno sorriso convencido apareceu nos lábios de Mason. ─ Preciso ir. Volto depois.