3

1.1K 214 86
                                    

Gente cuidado pra não pula cap... vi em outras fics minhas que a galera ta pulando cap, não sei como se o cap é numero... tem que ser muito cegueta.



[...]

Pensei que o episódio do abraço havia sido mera loucura do meu chefe. Talvez até mesmo um uso excessivo de drogas, e que aquilo nunca voltaria a acontecer. Mas já é o 4º dia. Todos os dias, em horários diferentes, ele me chama pede um abraço e ficávamos em silêncio até ele me empurrar.

Ok, isso era a coisa mais estranha que estava ocorrendo em minha pacata vida. No dia em que saí com a bolacha, refleti muito e vi que não valia a pena contar para ela sobre esta cena. Do jeito que ela é seria capaz de ficar me provocando pelo resto da vida, ou pior, provocar de algum jeito meu chefe.

Meus outros amigos estavam reclamando do meu sumiço, da minha falta de consideração, da falta de amor que eu não estava dando a eles e mais um bando de coisa que no fim, era só drama. Um bando de babacas ricos! Eu e Uraraka somos os mais pobres do grupo. Por enquanto. Afinal, eu ainda serei um puta fotógrafo do caraio, que vai ser muito famoso.

Meus amigos putos que deviam vim até mim, não ao contrário! Eu sou humilde e trabalho como secretário para um cara completamente doido com manias estranhas. Agora ele tem uma nova mania de gosta de carinho, se eu não fizer carinho igual àquela vez, ele reclama e pisa no meu pé! Por qual motivo ele simplesmente não pega minha mão e bota em sua cabeça? Inferno de ser vivo.

Aqueles abraços não estão fazendo nada bem para o meu psicológico, estou cansado de pensar em outras coisas para simplesmente não ficar duro no meio daquela exploração afetiva! Eu preciso urgente transar! Tenho que entrar em contato com algum contatinho meu, um dos meus amigos coloridos que nessas horas acabam sempre me salvando.

Estava tão preso em meus pensamentos, que nem mesmo percebi que já não estava mais sozinho na sala. Escutei inúmeras batidas na porta do meu chefe, me forçando a encarar a porta e dar de cara com aquele ser maravilhoso, que melhor, só morto. Bakugou batia na porta. A pessoa nem pergunta para o SECRETÁRIO se pode entrar, adoro esse comportamento dele.

─ ABRE ESSA PORRA! ─ ele gritou. Sério que ele não sabe dar umas 4 batidas e meia? Oh, mania escrota do meu chefe viu... acho que até entendo ele por não fazer.

Eu fiquei encarando o ser irritado bater na porta incessantemente. Era tão engraçado que eu estava quase filmando, só não o fiz por morrer de medo que ele me processasse por usar sua imagem. Para minha sorte, acabei lembrando que a sala onde eu estava possuía câmeras, depois salvaria aquelas imagens custe o que custar!

Mas como o barulho já estava me dando nos nervos, eu me levantei, fui até ele e gentilmente puxei a droga da mão que não parava de bater. Fiz 4 batidas e meia, fiquei encarando aquela coisa loira, recebendo um olhar de ódio por ter tocado nele. Logo, um barulho de tranca foi ouvido. Sim, aquela porta só pode ser aberta pela mesa do meu chefe ou pelo lado de dentro mesmo... vai entender.

─ Viu? 4 batidas e meia ─ falei como se ele fosse retardado, voltando para minha mesa.

─Seu bostinha ─falou irritado entrando pela porta e a batendo com força.

Voltei para minha mesa, e logo em seguida, um dos telefones tocou. Sim, haviam dois telefones. Um que era usado por todos e um que era SOMENTE para a mãe de Kirishima. Sim, ele tinha um número só para ela, já que a mesma vivia ligando procurando pelo filho. Meu chefe nunca dava bola para a mãe e sobrava pra eu conversar com ela. Acabamos virando amigos por conta disso. Sério, é estranho ser amigo da mãe do meu chefe, mais estranho ainda é ficarmos fofocando quase o dia todo... Eu parecia uma menininha falando com a melhor amiga.

─Boa tarde, minha flor favorita ─falei com um sorriso ouvindo uma risada gostosa do outro lado da linha.

─Oh, querido, como sempre tão amoroso e educado comigo, boa tarde ─ me respondeu com uma voz gentil. ─Como anda meu quase filho preferido? Já que meu filho original não liga para a existência dessa senhora aqui.

Meu chefe é um demonioOnde histórias criam vida. Descubra agora