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VÊ se tu leu o cap anterior 


[...]


Eu nem ao certo sei como consegui ir para o trabalho, eu estava uma pilha de nervos achando que meu ex doido ia invadir a qualquer momento, meu espaço pessoal e me dá um tiro. Eu estava completamente doido com tudo isso, aquele bicolor maldito fazia parecer tudo calmo com aquele olhar de tedio total.

Nem mesmo toda a fofoca sobre eu chegar em um fucking carro no trabalho fez eu me sentir menos nervosos, okay que eu já estava querendo mandar todo mundo pra casa do caralho, céus, onde já se viu aquilo. Podia ser muito bem um Uber, só que pelo jeito ninguém acreditou quando eu disse aquilo, credo eu tinha tanto assim uma cara de vadia?

Eu trabalhava tentando ignorar todos os meus problemas, ignorar o fato que logo mais eu iria ter um encontro com uma galera no bar na qual eu não estava, lá muito afim. Porra não queria beber na presença do meu chefe ou do amigo loiro zoado dele, eu não ia pagar mico ao vivo e em cores.

Eu tive até que conversar com a senhorita Iida, que não poderia ir na casa dela, fazer um social, afinal, eu estava morrendo de medo de ir a qualquer lugar onde Shoto não estivesse, então eu evitaria um pouco sair sozinho.

Eu estava odiando aquela ideia de socializar entre os sócios e bla bla, Iida tinha tido uma péssima ideia, isso sim, ninguém merece fazer aquele tipo de coisa, fiquei pensando nisso que nem notei a presença da bolacha humana, pior a maldita veio por debaixo na mesa e quando reparei, ela colocou a cabeça no meu colo. Como qualquer ser humano comum, certamente eu gritei e pulei longe.

─Caralho... por um momento eu achei que ia receber um boquete de uma mulher, deve ter até reduzido meu pênis ─ falei tentando amenizar meu pobre coração com aquele susto do caralho, mulher maldita.

─Não fale assim, sou o sonho de qualquer homem ─a bolacha falou se levantando e se apoiando na mesa. ─Então diga meu broto, dê esse cuzinho pra quem? Ganho até carona.

─Sério que eu tenho tanta cara de uma puta? Gente geral está achando isso de mim, que horror. Pode nem ser mais Uber ─ disse voltando a sentar em minha cadeira.

─Sabe como é, falta de assunto, faz com que a gente meio que invente certas coisas ─ de fato, aquele lugar era um tédio de tanta mesmice, vou ser assunto se bobear até o final do ano.

─Infelizmente, estou na seca ainda, tanto quanto o deserto, quanto a sua aranha aí que deve ter virado cacto de tão seca ─ vendo minha amiga me mostrar o dedo.

─Pode ter certeza de que eu transo bem mais do que você, meu caro amigo ─ com um tom irritado ─ otária ─ só que eu vi o sorrisinho de lado. ─E vem cá... cadê seu chefe, afinal, tu berro.

─Ele saiu, para provavelmente fazer algo que não vimos a um tempo ...─falei com um falso drama─ Alguém nu.

─Que informação desnecessária, puta que me pariu ─comecei a rir por conta disso. ─ E mudando de assunto, como estão as aulas de fotografia?

─Estão ótimas, tô me sentindo tão realizado... logo mais posso largar meu emprego e focar apenas nisso, claro quando eu estiver em alguma agência fixa ─ cocei meu cabelo sem graça.

─Eu tenho um amigo de um amigo meu, que talvez possa lhe ajudar com isso, quando você acabar seu curso me fala que ai eu mexo meus pauzinhos ─ eu corri e abracei aquela maldita, dando um belo beijo na bochecha obesa dela. ─Me larga, se for pra te contato físico com macho que seja um de verdade.

Meu chefe é um demonioWhere stories live. Discover now