um irmãozinho para Tama

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O jovem ômega desejava com todas as suas forças estar em qualquer outro lugar que não ali na sala de sua casa. Primeiro por ter vivenciado um dos momentos mais constrangedores de sua vida graças ao alfa moreno que obviamente fizera toda aquela cena de propósito. Segundo que o momento constrangedor ainda era revivido por sua mente e aparentemente seu coração era estúpido demais para não aceitar que era só uma maldita encenação sádica para fazê-lo passar vergonha frente a seus irmãos. 

Assim como seu corpo ainda não superara os toques gentis e afagos, mantendo quente seu peito palpitante e seu estômago fervilhando em empolgação. 

— Quem diria que o nosso irmãozinho é um pervertido e está saindo com um alfa quarentão às escondidas — provocou Thatch sentado no sofá, o sorriso completamente debochado sendo acompanhado por uma risada de pura malícia.

— E-eu não... Vocês entenderam completamente errado — rebateu o ômega sentindo as bochechas queimarem de vergonha.

— Entendemos errado? Não precisa ter vergonha, maninho, todo mundo tem suas paixões proibidas — comentou Haruta  com um largo sorriso provocativo — por isso não saia com gente da sua idade? Você prefere os daddys é? 

— Chegou todo todo de carona, estavam tão íntimos. Desde quando estão saindo? Não sabia que ficava escondendo sua vida amorosa da gente. 

— A gente não está saindo, Thatch. Céus, vocês entenderam totalmente errado... Ele é o pai de uma das minhas alunas.

— Então resolveu dar os primeiros passos? Que orgulho, você está crescendo tão rápido — brincou Jozu dando um afago nos fios loiros.

— N-não é isso, ele só me ofereceu uma carona porque... A gente tinha que conversar sobre a filha dele — replicou o loiro, bufando baixo, sentindo seu rosto se esquentar a cada segundo, querendo se mesclar ao sofá ou se enterrar ali mesmo — foi algo profissional...

— Uhum, profissional... Acha que engana a gente é? Vimos sua cara de apaixonado, não tente negar — comentou Thatch entre risadas.

— Esse é o alfa que você nos falou? Não é de se jogar fora, agora entendo o que viu nele — disse Rakuyo dando um joinha para o menor — está aprovado.

— Eu não... Vocês podem parar com isso? Eu não posso me relacionar assim com ele, seria errado de tantas formas... 

— Por que não? Você é maior de idade, ele não é seu aluno e além do mais ano que vem a filha dele não vai ser sua aluna, não é? — pontuou Rakuyo.

— Mesmo assim... Ah... Vocês não entendem... — murmurou o loiro massageando levemente as têmporas — não posso fazer algo quanto a isso... Tenho que pensar na Tama também... O que ela sentiria ou pensaria sobre seu professor saindo com o pai dela? Já pensaram nisso? E além do mais seria totalmente não profissional... 

— Que eu saiba ela gosta de você, não? Não vejo o porquê ela acharia ruim que saísse com o pai dela.

— Haruta tem razão, além do mais, ele cuida dela sozinho pelo jeito, deve querer algum companheiro para ajudar a cuidar da filha, você é perfeito pro cargo — afirmou Thatch dando leves tapinhas no ombro do irmão — vai com tudo, campeão.

— Pare com isso... Não é tão simples assim e talvez ele não queira alguém nesse sentido... E se quiser, que chances eu teria? 

— Desculpa, não falo na língua dos pessimistas, não entendi uma palavra do que disse — brincou Haruta, colocando um de seus dedos em sua orelha, fingindo limpá-la. 

— Deveria aproveitar para jogar verde pra cima dele — retrucou Jozu.

— Pergunta sobre a mãe ou o outro pai da Tama como quem não quer nada e depois vai conduzindo até o ponto se ele quer algum namorado — explicou Rakuyo movendo as mãos de um lado para o outro, dando seus pontos.

literalmente daddyOnde histórias criam vida. Descubra agora