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– IZZIE

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IZZIE... IZZIE- sinto uma pontada na cabeça quando escuto uma voz feminina sussurrando o meu nome, olho ao redor a procura da dona da voz mas não a vejo

Estou caída no meio de uma floresta, há muita neblina impossibilitando que eu veja o que há ao meu redor. Sentia o meu corpo esgotado e as minhas pernas pesadas como se tivesse corrido uma maratona

- Izzie... Venha até mim querida!- as dores ficam mais forte ao perceber que a voz está mais próxima

Olho pro lado e vejo uma mulher parada me encarando, mas não consigo vê-la muito bem por conta da neblina

Me ergo do chão praguejando quando a minha visão fica turva por alguns segundos, o suficiente para a estranha desaparecer

Começo a andar pela floresta a procura da voz, mas, no meio do caminho eu escuto um alto grunhido monstruoso que assusta os pássaros fazendo-os voar para a direção contrária

- QUEM TA AÍ?- grito olhando ao redor enquanto dou alguns passos para trás me preparando pra correr, parando assim que bato as minha costas contra algo que faz a minha pele arder

Arregalo os olhos me virando quando vejo uma criatura alta com o corpo queimado e fogo ao seu redor, sentindo a minha garganta secar, começo a dar passos pra trás quando a criatura começa avançar na minha direção, quando ele se prepara pra me atacar

Grito abrindo os olhos sentindo as lágrimas molhando as minhas bochechas e a minha garganta seca

Olho ao redor sentindo o meu coração bater mais rápido no meu peito e suspiro aliviada quando percebo que estou no meu pequeno quarto

- Sem gritos Rhot!- escuto a voz irritante de Mary, a 'supervisora' do orfanato no qual eu vivo e reviro os olhos bufando

"Bruxa"

Inspiro fundo tentando regular a minha respiração e me sento na minha cama sentindo o meu corpo quente e totalmente suado

Todos os anos. No dia um do mês nove. No dia do meu aniversário, eu tenho esse pesadelo no qual estou no meio de uma floresta, e escuto 'essa voz', uma voz feminina tão familiar mas tão desconhecida ao mesmo tempo, e depois aparece essa criatura com a pele carbonizada e tentando me atacar

Olho para o calendário pendurado- uma das poucas coisas que me permitem ter- no canto da parede e suspiro triste ao perceber que hoje é o dia

Geralmente, as pessoas gostam que comemorar o seu aniversário, mas, essas pessoas não tem a minha história

Fui deixada em um orfanato quando tinha apenas dois anos de vida, e desde então, esse tem sido o meu inferno pessoal. Desde que eu cheguei, as crianças tem sido maldosas comigo já que eu sou diferente deles

Mesmo sem querer, quando toco nas pessoas, consigo sentir tudo o que eles sentem ou pensam e ter esse 'poder' é doloroso

Não faço a menor ideia do 'porque' posso fazer isso, ninguém nunca me deu nenhuma explicação. Mary, a supervisora do orfanato é extremamente religiosa e diz que eu sou filha do diabo

Ninguém tem ideia de como as pessoas podem ser cruéis quando querem, principalmente as crianças, que me apelidaram "carinhosamente" de, estranha, esquisita e o meu favorito, anticristo e vários outros apelidos horríveis e asquerosos que podem fazer uma criança criar diferentes traumas

Ninguém tem ideia de como as pessoas podem ser cruéis quando querem, principalmente as crianças, que me apelidaram "carinhosamente" de, estranha, esquisita e o meu favorito, anticristo e vários outros apelidos horríveis e asquerosos que podem faze...

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Já se passavam das oito da noite quando Mary mandou jogar colocar o lixo fora. Mesmo a contra gosto, eu vou, já que ficar perto de uma lata de lixo fedorenta é melhor do que estar próxima de vários adolescente maldosos
Assim que coloco os pés pra fora do orfanato, uma corrente de frio me atinge fazendo os meus pelos se arrepiarem

Caminho apressadamente até a grande lata de lixo jogando o a sacola da dentro sentindo uma sensação estranha

Não me viro pra ver, mas sinto que estou sendo observada. Engulo seco ao constatar pela minha visão periférica a verdade

As minhas mãos que estão cobertas pelas minha luvas pretas de sempre, tremem de pavor sentindo a minha garganta secar e o meu coração acelerar batendo fortemente contra o meu peito

Me viro me preparando pra correr, mas bato o meu rosto contra um peito duro de alguém. Recuo alguns passos para trás sentindo minha cabeça latejar e as minhas mãos suarem frio dentro da minha luva

Ergo a minha cabeça e vejo um homem, ele é alto e está vestindo uma espécie de roupa de batalha com uma grande espada nas suas costas

Encaro o seu rosto e vejo que o mesmo tem uma barba rala bem feita, os seus lábios estão rosados por conta da baixa temperatura e seus olhos claros demonstram insegurança

– P-posso ajudar?- gaguejo nervosamente engolindo seco

– Isobel Rhot?- ouço a sua voz rouca e grossa me fazendo engolir seco e piscar repetidas vezes

Suspiro

– S-sim?- ele olha por cima do meu ombro e da um pequeno aceno como se estivesse confirmando algo

Alguns segundos depois, sinto uma mão tocando o meu ombro por cima do meu grosso agasalho, me viro rapidamente, vendo que se tratava de uma mulher, que devida ter entre quarenta e cinco anos e cinquenta, com o cabelo loiro escuro e com uma expressão dura

– Precisamos conversar Isobel!- diz me encarando seriamente me fazendo engolir seco

O que eles querem comigo?

Primeiro capítulo AAAAAAHHHHEu realmente estava muito ansiosa para postar e espero que vocês gostem!

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Primeiro capítulo AAAAAAHHHH
Eu realmente estava muito ansiosa para postar e espero que vocês gostem!

TOUCH| saul silva Onde histórias criam vida. Descubra agora