Capítulo 26

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Com muito cuidado, foram até as costas da estátua da bruxa de um olho só.

Harry olhou no mapa e puxou a varinha:

– Dissendium! – sussurrou Harry, dando uma nova batida na bruxa de pedra.

Na mesma hora, a corcunda da estátua se abriu o suficiente para admitir uma pessoa bem magra.

Ele passou pelo buraco e segurou a mão de Pandora a ajudando a fazer o mesmo. Deslizaram um bom pedaço, descendo o que parecia um escorrega de pedra e aterrissou na terra úmida e fria.

Levantou-se, então, olhando a toda volta. Estava escuro como breu.

— Não estou vendo nada, Jay.

– Lumus!  Acho que assim está melhor – E pôde ver que se encontrava em uma passagem muito estreita, baixa e terrosa. Ergueu, então, o mapa, tocou-o com a ponta da varinha e disse baixinho: – Malfeito feito! – O mapa ficou imediatamente branco. Ele o dobrou cuidadosamente, enfiou-o dentro das vestes, depois, o coração batendo rápido, ao mesmo tempo excitados e apreensivos, Harry começou a andar ainda segurando a mão da garota que a apertava por medo do escuro.

A passagem virava e tornava a virar, mais parecendo uma toca de coelho gigante do que qualquer outra coisa. Harry caminhou depressa por ela, tropeçando aqui e ali no chão acidentado, segurando a varinha com firmeza à sua frente e como um escudo tomando cuidado para que Pandora não caísse.

Depois do que lhe pareceu uma hora, a passagem começou a subir.

Dez minutos mais tarde, chegaram ao pé de uns degraus de pedra muito gastos, que subiam a perder de vista. Tomando cuidado para não fazer barulho, começaram a subir. Cem degraus, duzentos degraus, perdeu a conta, olhando para os pés... Então, sem aviso, a cabeça de Harry bateu em alguma coisa dura.

Parecia um alçapão. Ficaram ali parados. Não conseguiam ouvir nenhum som em cima. Muito devagarinho, empurrou o alçapão e espiou pela borda.

Deparou com um porão, cheio de caixotes e caixas. Harry subiu pelo alçapão, puxou Pandora pra cima, que caiu desastradamente em cima dele, e tornou a fechá-lo – ele se fundiu tão perfeitamente com o soalho empoeirado que era impossível saber que estava ali. Eles avançaram lentamente até a escada de madeira que levava ao andar superior.

Agora decididamente conseguiam ouvir vozes, para não falar no tilintar de uma sineta e no abre e fecha de uma porta. Pensando no que deveria fazer, Harry, de repente, ouviu uma porta se abrir muito próximo; alguém ia descer a escada.

– E traga mais uma caixa de lesmas gelatinosas, querido, eles praticamente levaram tudo... – disse uma voz feminina.


Dois pés desceram a escada. Harry pulou para trás de um enorme caixote puxando Pandora e colocando a mão na boca da garota para impedir que ela emitisse qualquer barulho e esperaram os passos se distanciarem. Ouviram o homem deslocando caixas na parede oposta. Talvez não tivessem outra oportunidade...

Rápida e silenciosamente, os garotos saíram abaixados do esconderijo e subiu as escadas; ao olhar para trás, viu um enorme traseiro e uma careca reluzente enfiada em uma caixa.

Encontraram-se  atrás do balcão da Dedosdemel – abaixaram-se, saíram quietinhos de lado e por fim se levantaram.

A Dedosdemel estava tão cheia de alunos de Hogwarts que ninguém olhou duas vezes para Harry e Pandora.

Ron e Hermione estavam bem embaixo, examinando uma bandeja de doces. Harry e Pandora sorrateiramente, foram parar atrás dos dois.

— Pandora adora chocobolas– Ron disse– Já peguei pra ela e sapos de chocolate também.

I still have you - Harry PotterWhere stories live. Discover now