Capítulo 83

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Pandora ainda estava fraca e a poção de sono que Dumbledore deu fazia efeito. Ela logo dormiu, Harry a observava enquanto ela descansava. Seria estranho? Ele pensou que estava louco ou isso que pareceria se ela acordasse e visse que ele não dormiu e apenas olhava pra ela enquanto dormia. Mas ele não conseguia desvia o olhar da figura da garota. Estava frio e Pandora estremecia inconscientemente, Harry logo os cobriu. Ele achava adorável que sua bochecha estava corada, que seus lábios rosados descansassem em um sorriso mínimo, que o cabelo prateado repousava uma mecha em seu rosto.


Harry sentiu um nó no estômago ao lembrar do beijo e se pegou querendo que acontecesse mais uma vez.

Não. Ele não poderia.

"Ela namora.", ele disse a si mesmo. "E eu gosto da Cho, é algo recíproco. "

— Oi.– ela sussurrou o tirando dos pensamentos.

— Você acordou.– ele sorriu.

— E você não dormiu nada.– ela o repreendeu. – Você tem que parar de se culpar. Não importa o que você viu, você não fez aquilo com o senhor Weasley. – ela disse tentando o consolar.

— Eu estou tentando me convencer disso.– ele desviou o olhar dela mas a garota segurou seu rosto entre as mãos e se aproximou.

Harry congelou, mas então ela o beijou na bochecha e sorriu para ele. O garoto se viu frustrado.

— Vá se arrumar. Nós devemos ir ao St. Mungus logo.– ela disse e se levantou da cama indo em direção ao banheiro no quarto.

Harry não viu escolha a não ser sair e se aprontar.

Todos estavam animados para ver o Sr Weasley já que ele estava bem. Tonks e Moody escoltaram todos até o hospital. Remus e Sirius ficaram no largo.

– Olá! – falou o Sr Weasley, pondo o Profeta de lado. – Bill acabou de sair, Molly, precisou voltar ao trabalho, mas diz que passa para vê-la mais tarde.

– Como é que você está, Arthur? – perguntou a Sra. Weasley, curvandose para lhe dar um beijo na bochecha, e examinando com ansiedade o seu rosto. – Você ainda está bem abatido.

– Estou me sentindo perfeitamente bem – respondeu o marido animado, esticando
o braço ileso para abraçar Ginny. – Se pudessem retirar as bandagens, eu estaria
pronto para ir para casa.

– Por que é que não podem retirá-las, papai? – perguntou Fred.

– Bom, começo a sangrar como louco todas as vezes que tentam – explicou o Sr.
Weasley animado, apanhando a varinha sobre o armário ao lado da cama e acenando para conjurar seis cadeiras do lado de sua cama, e acomodar todos. – Parece que havia um veneno incomum nas presas daquela cobra que mantém as feridas abertas. Mas eles têm certeza de que encontrarão um antídoto, dizem que já tiveram casos piores do que o meu, nesse meio-tempo só preciso beber uma Poção para Repor o Sangue de hora em hora. Já aquele sujeito ali – disse baixando a voz e indicando com a cabeça a cama do lado oposto, na qual um homem de aspecto verdoso e doentio olhava fixamente para o teto. – Foi mordido por um lobisomem, coitado. Não tem cura.


– Lobisomem? – sussurrou a Sra. Weasley, fazendo uma cara assustada. – Não tem perigo ele ficar em uma enfermaria coletiva? Não devia estar num quarto particular?

Pandora se sentiu ofendida pela forma que a senhora Weasley falou, mas não iria confrontar.

– Faltam duas semanas para a lua cheia – lembrou-lhe o Sr. Weasley, calmo. –
Estiveram conversando com ele hoje de manhã, os Curandeiros, sabem, tentando
convencê-lo de que poderá levar uma vida quase normal. Eu disse a ele, não
mencionei nomes, é claro, mas disse que conhecia pessoalmente um lobisomem, um sujeito muito bom, que acha fácil administrar esse problema.

I still have you - Harry PotterDonde viven las historias. Descúbrelo ahora