Julgamentos

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Domingo, 09:30 – São Paulo, Parque Ibirapuera

Na manhã seguinte, Gizelly iniciou o domingo com seus habituais exercícios físicos, correndo no Parque Ibirapuera.

Sempre que sua rotina permitia, se exercitava de alguma forma com corrida, academia ou até mesmo fazendo uma caminhada em torno do condomínio.

Capixaba se sentia mais leve, principalmente por fazer espairecer.

Aproveitava o verde do parque que escondia um poucos os inúmeros prédios da capital paulista.

Sempre preferiu paisagens naturais, o que não faz sentido por morar em um lugar onde se tem maior número de área urbana do Brasil, mas sabia que o motivo de estar ali, era profissional.

Sentia falta do seu amado Espírito Santo.

Mesmo com inúmeros traumas que viveu em terras capixabas, amava aquele estado. Não negaria que em quesito beleza, seria um dos lugares mais lindos do mundo para ela.

Convento da Penha, em Vila Velha era um dos seus locais preferidos e sem contar as praias maravilhosas.

No entanto, onde era sua casa e sempre o melhor lugar para estar, é em Iuna e Piaçu.

Nessa pequena cidade e distrito do ES, estavam seus aconchegos e melhores abraços, sua Mãe Márcia e sua Avó Madalena.

Até tentou trazê-las para perto, ou pelo menos para própria capital capixaba, mas preferiram ficar em suas respectivos locais.

Sempre que lhe sobrava um tempo maior em sua vida, ia visita-las ou buscaria as duas para passar alguns dias em São Paulo.

Precisava de mais dias livres na agenda para dedicar toda sua atenção nelas, o que além de suas férias, acontecia pelo menos umas três vezes no ano.

Se sentia péssima por ser tão pouco tempo para quem lhe deu tudo, seus maiores apoios e exemplos da vida. Então compensava com ligações durante a semana com inúmeras fofocas, novidades e amenidades.

[...]

Gizelly tinha uma respiração mais acelerada enquanto terminava outro KM percorrido, testava seu limite correndo volta do parque, só parava quando percebia que se não encerrasse, não daria conta de voltar para casa e deitaria ali na grama mesmo. Então, sentou-se encostada em uma árvore para descansar e controlar seus batimentos.

Aproveitou-se da sombra e ar fresco que permanecia ali. Bebeu água, fechou os olhos, inspirou e respirou.

Sua cabeça lhe bombardeava com informações vistas na noite passada, resultando em nem um "OK" respondido para mensagem de "Cheguei bem" da mineira.

Assim que enviou áudio para Rafaella, a capixaba não se conteve em dar uma olhada no perfil da mesma. E claro que encontrou inúmeras fotos lindas de momentos da vida dela. Viagens, família, trabalho, festas, cachorros e amigos.

Exalava uma energia leve e gostosa através até de imagens, mas que lhe chamou atenção e ascendeu um alerta na sua cabecinha complicada, foi seus inúmeros admiradores e admiradoras que tinha.

E era de se esperar por ser uma mulher absurdamente linda, óbvio que teria muitas pessoas aos seus pés implorando uma chance e Gizelly não queria ser uma delas.

Não julgava a mineira por aproveitar a solteirisse de jeito nenhum, na verdade era uma insegurança própria mesmo e as vezes essa questão pessoal, fazia com que criasse algum tipo de ideia e levasse aquilo como verdade.

Então vejamos bem, aquela Rafaella conquistadora e cheia de artimanhas estava apenas aproveitando sua liberdade e desapego, logo o pensamento de Gizelly era que ela seria apenas mais uma de suas conquistas.

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