Cada Detalhe, Part. 2

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Terça-feira, 08:45h – Casa de Praia, Arraial do Cabo – Rio de Janeiro

Aos poucos, os raios solares daquela manhã, ultrapassavam a sacada e banhava o único corpo ainda deitado. Cada curva sinuosa da mineira, contava com toque especial: o brilho do sol que seguia a trilha, encerrando nos olhos verdes e a fazendo despertar manhosamente.

Mesmo com pequeno incômodo de luz, Rafa estava tão relaxada, que até mesmo o movimento natural de abertura das pálpebras, era com lentidão.

A noite anterior, tinha sido extremamente gostosa e agradável, flash de cada toque, cada sussurro, cada beijo e cada movimento, estava deixando a imaginação palpável e por esse motivo, o despertar levou menos tempo do que o esperado.

Esticou-se o suficientemente ao outro lado da cama e sentiu o vazio, até mesmo o lado não tão quente

Lembrou-se que adormeceu com o pequeno corpo junto ao seu e estava esperando acordar da mesma forma. No momento que iria questionar o paradeiro de Bicalho, escutou aquela voz rouca que causava calafrios por todo seu corpo, independente do que estava sendo dito.

G: Estou aqui, Deusa! – Gi aparecia no campo de visão de Rafaella – Bom dia!

R: Bom dia, Titchela! - Se espreguiçava não cama - Dormiu bem?

G: Melhor impossível... - Lhe deu um riso bobo.

R: Essa sua mania de levantar da cama e ficar observando até que eu acorde, me deixa levemente brava. – Mesmo com o pequeno incômodo, não evitou o sorriso.

G: Em minha defesa, se tivesse a oportunidade de se olhar através dos meus olhos, entenderia que é inevitável deixar essa oportunidade passar! – Deu-lhe uma piscadela – E também acordei com sede, fui atrás de algo e felizmente a boazuda trouxe um suco, acertou em cheio no sabor.

R: Nossa... - Pegou o celular na mesinha de canto, para verificar o horário – Não é nem nove da manhã e já tá cheia de charme pra cima de mim desse jeito. Continua que eu amei! – Gargalharam juntas. – Agora, deixa eu escovar meus dentes pra poder beijar ocê. - Levantou-se totalmente nua e com o olhar castanho queimando sob sua pele.

Por alguns segundos, a capixaba ficou hipnotizada no movimento que o corpo da mineira fazia, além dos pequenos avermelhados espalhados, resultado da noite anterior, existia um charme que só ela carregava e isso vidrava Gizelly.

G: Ei, vem cá! Para com essa bobeira, em? – Agarrou fortemente o corpo da maior – Que mania de escovar os dente pra beijar.

R: Gi, deixa eu ir... - Rafa nem tinha força, pois além de rir, recebia milhões de beijos – Titchela... - disse manhosamente quando Bicalho a prensou contra a parede.

G: Oi? Pode falar, estou te escutando... - Deixava mordidas leves entre os ombros e pescoço da mais alta.

R: Eu tô em desvantagem assim. – Conseguiu se virar de frente rapidamente, mas ainda presa entre os braços da menor – Tira... - Sussurrou enquanto encarava de cima a baixo o roupão da outra.

G: Oras, não seja por isso...

No momento que a médica começou desatar o nó daquele pano branco, Rafa apenas pensou em como queria dar pause naquela cena.

A mulher fazia questão de fazer tudo de forma lenta e sensual.

Aliás, nesse tempo que estiveram juntas, a mineira já havia notado em como tudo que a capixaba fazia e até mesmo sem intenção, existia sensualidade. Poderia julgar que era seu olhar apaixonado, mas não estava tão louca em sua tese: Gizelly Bicalho, é uma mulher extremamente fora de órbita.

Duas Escolhas (GIRAFA) Onde as histórias ganham vida. Descobre agora